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Governo de Israel ameaça tomar áreas de Gaza se reféns presos pelo Hamas não forem libertados

Publicado em 27/03/2025 às 09:32
Benjamin Netanyahu, Hamas, Israel, Reféns presos pelo Hamas, Gaza
Créditos da imagem: JINI via Xinhua

A tensão no conflito entre Israel e Hamas aumentou após o governo israelense ameaçar tomar setores da Faixa de Gaza caso os reféns mantidos pelo grupo não sejam libertados

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quarta-feira (26) que poderá ocupar setores da Faixa de Gaza se os reféns presos pelo Hamas não forem libertadores. O Hamas respondeu, alertando que a vida dessas pessoas está ameaçada pelos bombardeios israelenses.

A declaração de Netanyahu ocorreu durante uma sessão no Parlamento. Ele afirmou que, diante da recusa do Hamas em negociar, a pressão vai aumentar. “Quanto mais o Hamas persistir em seu repúdio para libertar nossos reféns, maior será a pressão que iremos exercer. Isto inclui a captura de territórios, junto com outras medidas sobre as quais não vou me estender aqui“, disse o premiê.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, também comentou. Na semana ada, ele afirmou ter ordenado ao Exército “tomar mais território em Gaza, evacuando a população”. Ele acrescentou: “Quanto mais o Hamas se negar a libertar os reféns, mais território vai perder, que será anexado por Israel”.

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Atualmente, 58 reféns presos pelo Hamas ainda permanecem em Gaza. Eles foram sequestrados durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Segundo o Exército israelense, 34 dessas pessoas teriam perecido.

Nova escalada após fim da trégua

Desde o fim da trégua, os combates se intensificaram. A pausa na guerra durou quase dois meses, de 19 de janeiro a 18 de março. Quando terminou, Israel retomou os bombardeios e as operações terrestres na Faixa de Gaza.

Segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, ao menos 830 palestinos pereceram desde o fim do cessar-fogo. O território segue sitiado e devastado após 15 meses de conflito contínuo.

O Exército israelense informou também que dois projéteis foram disparados de Gaza nesta quarta-feira. Um deles foi interceptado, enquanto o outro caiu no sul do país. Não houve vítimas nem danos.

Esses ataques ocorreram um dia após manifestações populares no norte de Gaza. Centenas de pessoas foram às ruas para protestar contra o Hamas e pedir o fim da guerra com Israel. Novos atos foram convocados para esta quarta-feira, por meio da plataforma Telegram.

Reféns sob risco e críticas internas ao Hamas

O Hamas divulgou uma nota nesta quarta-feira, afirmando que está tentando manter os reféns vivos, mas que os bombardeios israelenses colocam suas vidas em risco. O grupo acusou Israel de agir de forma arbitrária. “Toda vez que a ocupação tenta recuperar seus [cidadãos] cativos à força, acaba trazendo-os de volta em caixões”, declarou.

A trégua encerrada em março havia permitido a libertação de 25 reféns presos pelo Hamas e a repatriação dos corpos de oito cativos. Em troca, Israel libertou cerca de 1.800 prisioneiros palestinos. Agora, com os diálogos paralisados, Israel diz que a nova ofensiva busca forçar um novo acordo.

O ataque inicial do Hamas em outubro de 2023 matou 1.218 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo levantamento da AFP com base em dados oficiais.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra Gaza, que resultou na morte de 50.183 pessoas até agora, também em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A ONU considera os dados confiáveis.

Cresce o descontentamento entre os palestinos

Na terça-feira, a cidade de Beit Lahia foi palco da maior manifestação contra o Hamas desde o início da guerra. Os manifestantes gritavam frases como “Fora, Hamas” e “Hamas, terrorista”. Um deles, identificado somente como Majdi, afirmou: “O povo está cansado”.

No sábado, o movimento Fatah, rival político do Hamas, também se posicionou. O grupo, liderado pelo presidente palestino Mahmud Abbas, pediu que o Hamas deixasse o poder. Em tom de alerta, afirmou que, se isso não ocorrer, “a batalha que se avizinha levará ao fim da existência dos palestinos em Gaza”.

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Romário Pereira de Carvalho

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