O deputado Federal Túlio Gadelha, do Partido Democrático Trabalhista, PDT, entrou com uma ação no STF pedindo que seja suspenso o leilão de blocos de petróleo e gás em Fernando de Noronha. O deputado e o partido entendem que caso isso prossiga, haverá um verdadeiro desastre ambiental. O governo federal, junto com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), são os responsáveis pelo leilão.
A ação de Túlio Gadelha no STF visa impedir que o leilão de blocos de petróleo e gás de Fernando de Noronha aconteça. A ação também abrange a Bacia de Pelotas, no sul do país. O PDT entende que o leilão que deve ser feito pena ANP e o governo federal não teve nenhuma analise sobre os impactos ambientais com a exploração de petróleo e gás.
A exploração da Bacia Potiguar, que fica a cerca de 100 KM da costa brasileira, atingirá o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a reserva biológica Atol das Rocas. Essas duas áreas fazem parte do patrimônio natural e histórico do Brasil. São 14 os locais indicados para a exploração de petróleo e gás na bacia Potiguar. Porém, o mesmo local existe nada menos que 89 espécies que são ameaças de extinção. 32% dessas especiais estão em uma situação critica de perigo de extinção, 20% em perigo e 48% espécies vulneráveis.
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Risco ao meio ambiente com a exploração de petróleo e gás
Túlio Gadelha ainda afirmou que as ações levariam a risco de vazamento, prejudicando não somente o meio ambiente, mas também outras áreas econômicas: ”O risco de vazamento em grandes proporções pode prejudicar atividades econômicas como turismo e a pesca, bem como causar um desequilíbrio ambiental imensurável. Em 2019 tivemos o maior desastre ambiental nas águas marinhas brasileiras, gerando prejuízos imensuráveis para o meio ambiente, economia e turismo. Não podemos permitir que isto aconteça novamente”.
A ação do deputado Túlio Gadelha também leva em consideração ações civis publicas federais dos estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul. Elas apontariam erros no processo da 17ª rodada de concessão da ANP para a exploração de petróleo e gás. ”É imprescindível evitar danos irreversíveis e que poderão causar centenas de bilhões em prejuízos’‘, ressaltou Juliano Bueno de Araújo, diretor do Instituto Internacional Arayara e do Observatório do Petróleo e Gás.
Desde que surgiu a notícia de que as áreas citadas acima poderiam ser exploradas em busca de petróleo e gás os ambientalistas cobraram a falta de estudos sobre o impacto ambiental temendo um desastre naqueles local. O diretor ainda fez criticas as falhas nos estudos e até a falta deles. Ele acredita que essa situação cause um risco até junto a investidores e financiadores, bem como prejudica as relações internacionais do Brasil.
Vídeo sobre ambientalistas preocupados com a exploração em Fernando de Noronha
”As falhas nos estudos e a falta deles nos traz uma situação de riscos inclusive junto aos investidores e financiadores, bem como coloca as relações internacionais do Brasil em xeque mais uma vez”, disse o diretor. O Brasil participará da cúpula do clima e o governo será cobrado por ações contra o desmatamento ilegal e mais cuidados com o meio ambiente. Hoje, os Estados Unidos já começam a pressionar o governo em busca de uma mudança de posicionamento nesta questão. Caso não faça nada, certamente algumas ações começarão a ser tomadas contra o atual governo.
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