Caso isolado foi registrado no dia 15 de maio; autoridades afirmam que alimentos cozidos não oferecem risco e reforçam medidas de prevenção sanitária
Em 15 de maio de 2025, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), confirmou o primeiro foco de gripe aviária H5N1 em granja comercial no Brasil. Além disso, as autoridades brasileiras, logo após a confirmação, notificaram a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), conforme exigem os protocolos sanitários internacionais. As instituições responsáveis trataram rapidamente o caso, que ocorreu na cidade de Montenegro, situada no Rio Grande do Sul. Dessa forma, embora a situação seja preocupante, as medidas adotadas seguem as orientações globais, garantindo assim, o controle do surto. Embora o registro tenha gerado atenção, o Mapa informou que não há risco associado ao consumo de carne de frango ou ovos bem cozidos. Especialistas do Instituto Butantan e da Fiocruz explicam que temperaturas acima de 74 °C eliminam, o vírus. Assim, os alimentos preparados de maneira correta continuam sendo considerados seguros pelas autoridades de saúde e vigilância sanitária.
Contato direto com aves infectadas representa principal forma de transmissão
Segundo nota técnica do Ministério da Saúde, a gripe aviária é transmitida apenas por contato com aves contaminadas ou suas secreções. A pesquisadora Marilda Siqueira, da Fiocruz, reforçou que não existem registros de contágio humano por meio do consumo de frango ou ovos devidamente cozidos. A Anvisa afirma que, para evitar riscos sanitários, é essencial cozinhar bem os alimentos, além de higienizar todos os utensílios corretamente. Além disso, recomenda-se conservar os alimentos de forma adequada, pois, com isso, é possível reduzir significativamente os perigos à saúde no ambiente doméstico. Dessa forma, o consumidor pode manter o consumo normal desses alimentos, adotando os cuidados básicos de manipulação. Além disso, essas orientações se aplicam a qualquer produto de origem animal, não apenas àqueles relacionados à gripe aviária.
Medidas sanitárias foram ativadas imediatamente após confirmação do foco
Após identificar o foco, o Mapa decretou emergência zoossanitária por 60 dias, conforme publicação no Diário Oficial da União em 16 de maio de 2025. A medida permitiu o abate sanitário de aves na granja afetada, além da instalação de bloqueios sanitários e reforço na vigilância de propriedades vizinhas. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, todas as ações seguem o Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária, que padroniza as respostas a surtos. Equipes da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) também atuam em pontos estratégicos para impedir a propagação do vírus entre outras regiões produtivas. Até o momento, segundo o Mapa, não há evidências de circulação do vírus em outras granjas comerciais no Brasil.
-
Aquicultura: Renda de até R$ 2.500 em 6 meses: Quanto preciso investir para montar uma criação de tilápia em caixa d’água
-
Você sabia? 6.000 fazendeiros dividem a mesma rua em uma vila bizarra que enlouqueceu a internet
-
Os tratores Hurlimann: a lenda da durabilidade suíça que faz máquinas de 50 anos ainda operarem
-
Os tratores John Deere: da parceria histórica à ‘guerra’ pelo direito de reparo que muitos proprietários só descobrem quando a máquina para
Gripe aviária impacta exportações, mas mercado interno segue abastecido
Em 16 de maio, a China comunicou a suspensão temporária da importação de carne de frango do Brasil como medida preventiva diante do registro do caso em território nacional. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a suspensão afeta cerca de 20% das exportações, principalmente aquelas com destino ao mercado asiático. O presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse que a entidade atua com o Itamaraty e a ApexBrasil para entregar relatórios técnicos às autoridades internacionais. Mesmo com a medida, o Ministério da Agricultura assegurou que o abastecimento segue normalizado e não houve mudanças no fornecimento ao consumidor brasileiro. Com isso, os órgãos federais reforçam que as ações adotadas garantem controle epidemiológico sem comprometer a segurança alimentar no país.
Prevenção da gripe aviária: orientações para manter segurança no preparo dos alimentos
Para garantir que a população adote práticas seguras no manuseio de alimentos, as autoridades sanitárias divulgaram recomendações objetivas, alinhadas às diretrizes da Anvisa e do Ministério da Saúde. Cozinhar frango e ovos até o ponto ideal, com temperatura mínima de 74 °C. Evitar o consumo de produtos crus ou mal ados de origem animal. Lavar mãos, facas, tábuas e superfícies após contato com carnes cruas. Acionar órgãos de vigilância local ao encontrar aves mortas ou doentes. Evitar contato com aves silvestres sem uso de equipamentos de proteção. A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, afirmou que essas ações mantêm a segurança alimentar mesmo quando há registros isolados do vírus H5N1. Portanto, a população pode manter sua rotina alimentar normalmente, desde que siga as recomendações técnicas já consolidadas pelas autoridades competentes.