De pedras rudimentares a símbolos de fé e tecnologia naval: a jornada milenar da âncora revela sua importância técnica e simbólica na história da humanidade
A âncora é uma das peças mais antigas da navegação. Desde os primeiros barcos da humanidade até os navios modernos, ela esteve presente, evoluindo com o tempo. Seu papel vai além da função técnica. Carrega também significados simbólicos, religiosos e históricos.
Pedras no fundo do Nilo
As primeiras âncoras eram simples. Eram pedras lançadas no fundo do rio para manter os barcos no lugar. No Egito Antigo, por exemplo, os navegadores usavam esse método no rio Nilo.
Com o ar do tempo, as pedras aram a ter furos para amarrar cabos. Mais tarde, receberam pedaços de madeira para ajudar a fixar no leito.
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Madeira com chifres e barra transversal
No Sudeste Asiático, por volta do terceiro milênio antes de Cristo, surgiu um novo modelo. Era feito de madeira e tinha dois chifres e uma barra transversal.
O design lembra as âncoras atuais. Essas peças eram eficientes e se espalharam entre diferentes povos. A metalurgia melhorou essa tecnologia. Os chifres aram a ser feitos de chumbo, aumentando a capacidade de penetração no fundo.
A chegada do ferro
O uso do ferro na construção de âncoras começou por volta do século VIII a.C. Fontes da época, como Pausânias e Plínio, o Jovem, citam o rei frígio Midas e o grego Evlampius como inventores desse tipo de âncora. Naquele tempo, o ferro era caro. Por isso, essas âncoras eram raras e muito valorizadas.
Símbolo de esperança
A âncora não servia somente para manter os barcos no lugar. Também ou a ter significado simbólico. Na Grécia Antiga, era chamada de “ankura”, derivada da raiz “ankh”, que significa “gancho” ou “curva”.
Para os primeiros cristãos, ela se tornou um símbolo de esperança. Representava firmeza e também a cruz.
Tesouro no mar
Em 2018, arqueólogos encontraram uma âncora de ferro perto da costa da Inglaterra. Ela tinha cerca de dois mil anos. Acredita-se que pertenceu a um navio romano de grande porte. A descoberta reforça a presença do Império Romano em regiões fora do Mediterrâneo.
Modelos modernos
Hoje, existem diversos tipos de âncora. Cada modelo é feito para uma condição diferente. A âncora Danforth, por exemplo, tem duas patas paralelas e pontiagudas. É eficiente em fundos de areia ou lama. Já a âncora Bruce é mais versátil. É fácil de usar e funciona bem em diferentes tipos de fundo.
A ajuda do molinete
Para levantar a âncora, usa-se o molinete, também chamado de guincho. Esse equipamento tem um tambor e uma manivela. Antes, era feito de madeira. Hoje, os modelos são de metal e, muitas vezes, motorizados. Há versões elétricas e hidráulicas que facilitam o trabalho a bordo.
Escolha certa, segurança garantida
A escolha da âncora depende do tipo de barco e do local de fundeio. É preciso avaliar o fundo do mar, a profundidade e as condições do clima.
Tudo isso garante mais segurança. Também é essencial cuidar da manutenção da âncora e dos sistemas de amarração.
Presente e futuro da âncora
Mesmo com os avanços da tecnologia, a âncora continua essencial. Ela representa segurança em alto-mar. Também é um símbolo de estabilidade em meio às incertezas da navegação. Após milênios de uso, segue firme como um dos pilares da vida marítima.
E muito interessante está matéria sobre as âncoras tão importante hoje e durante milênios já era utilizada. Achei legal também saber sobre o simbolismo da fé e firmeza representados pelas âncoras. Isso nos faz pensar. Quanto mais caminhamos para o futuro . O ado nós acompanha. Att Beltrão.
Reportagem interessante sobre um item que persiste no tempo ha milenios.