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Hidrogênio verde: MS recebe sua primeira usina com previsão de atrair R$ 2 bilhões em investimentos para o setor de energia limpa

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 28/04/2025 às 10:11
Hidrogênio verde MS recebe sua primeira usina com previsão de atrair R$ 2 bilhões em investimentos para o setor de energia limpa
Foto: IA

A planta de hidrogênio verde na UFMS é marco estratégico para energia limpa no Centro-Oeste e promete gerar empregos, energia e rendas.

Mato Grosso do Sul avançou na agenda de energia limpa com a inauguração de sua primeira usina de hidrogênio verde. A instalação, localizada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), reforça o papel do Estado como um dos protagonistas na transição energética brasileira. O projeto estima atrair até R$ 2 bilhões em novos investimentos para o setor até 2030.

A cerimônia de inauguração foi realizada na sexta-feira (25) e contou com a presença do governador Eduardo Riedel. O chefe do Executivo ressaltou que a usina posiciona Mato Grosso do Sul em destaque no cenário nacional de energia renovável e inovação tecnológica.

Segundo Riedel, a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de projetos sustentáveis tem sido prioridade no governo estadual, impulsionando tanto a atração de investimentos quanto a criação de empregos no setor de energia limpa.

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Usina de hidrogênio verde integra plano de carbono neutro até 2030

O novo projeto integra o plano estratégico de tornar Mato Grosso do Sul um Estado carbono neutro até 2030. A meta vem sendo perseguida com incentivos à inovação, programas de sustentabilidade e fortalecimento da pesquisa científica.

A usina de hidrogênio verde instalada na UFMS é uma parceria entre a universidade, a Rede Brasileira de Certificação, Pesquisa e Inovação (RBCIP) e a empresa Green World Energy Hydrogen (GWE). O projeto já é considerado pioneiro no Centro-Oeste, representando uma referência para outros Estados que também buscam expandir suas matrizes energéticas renováveis.

A reitora da UFMS, Camila Ítavo, salientou a importância da pesquisa científica no avanço tecnológico da região, destacando que investir em ciência é investir no fortalecimento econômico e ambiental do país.

Como funciona a produção de hidrogênio verde na nova usina

A usina utiliza tecnologia de eletrolisadores para separar hidrogênio e oxigênio da molécula da água, um processo alimentado por energia solar. O sistema é composto por:

  • Painéis solares para geração de energia elétrica renovável;
  • Eletrolisador responsável pela separação dos elementos químicos;
  • Sistema de controle e monitoramento remoto, que coleta e analisa dados científicos e tecnológicos em tempo real.

Com essa estrutura, a unidade tem capacidade para produzir cerca de uma tonelada de hidrogênio verde por mês. Esse volume coloca Mato Grosso do Sul em posição de liderança no desenvolvimento de tecnologias de energia limpa no Brasil.

Além da produção, a estrutura serve como centro de treinamento e capacitação de profissionais especializados, preparando o Estado para atender à futura demanda de mercado.

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Capacitação de profissionais para o novo mercado de energia

O projeto prevê a formação de 500 profissionais, entre professores, engenheiros e técnicos, que atuarão no setor de hidrogênio verde e energias renováveis. A formação de mão de obra qualificada é considerada essencial para garantir o avanço contínuo do setor e a ocupação de novas vagas de trabalho criadas pela expansão da matriz energética limpa.

Segundo Marcelo Estrela Fiche, coordenador da RBCIP, a tecnologia do hidrogênio verde já está em plena utilização no cenário mundial, exigindo que o Brasil acelere a capacitação de trabalhadores para manter sua competitividade no setor.

Desenvolvimento de derivados do hidrogênio verde amplia possibilidades

A instalação da usina também impulsionará pesquisas voltadas à criação de novos produtos derivados do hidrogênio, como o diesel verde e fertilizantes sustentáveis. Esses derivados podem beneficiar setores variados da economia, como transporte, indústria agrícola e processos de descarbonização industrial.

Ao consolidar sua base científica e tecnológica para a produção de hidrogênio e seus subprodutos, Mato Grosso do Sul amplia sua relevância estratégica para futuras cadeias de produção sustentável no Brasil.

A parceria entre UFMS, RBCIP e GWE demonstra que a integração entre academia e iniciativa privada é fundamental para o avanço do setor de energia renovável.

Crescimento da matriz energética renovável em Mato Grosso do Sul

Em paralelo à instalação da usina de hidrogênio verde, Mato Grosso do Sul registra expansão significativa de sua matriz energética. Em 2024, o Estado atingiu uma capacidade instalada de 9.843 megawatts (MW), 11% superior ao ano anterior.

Desses números, 94% são provenientes de fontes renováveis, como energia solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. A performance confirma o compromisso de longo prazo do Estado com práticas sustentáveis e de baixo carbono, alinhadas a acordos internacionais de redução de emissões de gases poluentes.

Essa evolução energética gera reflexos positivos na economia regional, atraindo novos empreendimentos, fortalecendo polos industriais verdes e criando oportunidades de empregos mais qualificados.

Mato Grosso do Sul se consolida como polo emergente em energia limpa

A inauguração da usina de hidrogênio verde na UFMS marca apenas o início de um ciclo que promete transformar Mato Grosso do Sul em referência nacional no setor de energia renovável.

Com políticas públicas direcionadas, ambiente de negócios competitivo e investimentos em ciência e tecnologia, o Estado avança para consolidar sua posição como líder na produção de energia limpa.

Nos próximos anos, a expectativa é de que novas unidades de hidrogênio verde sejam instaladas, aumentando a capacidade produtiva e ampliando as oportunidades econômicas e sociais ligadas ao setor.

O projeto da UFMS é também uma aposta na diversificação da matriz energética brasileira e na preparação do país para um cenário global cada vez mais orientado pela sustentabilidade e pela descarbonização das economias.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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