Nova geração da Hilux chega em 2026 com sistema híbrido leve de 48V, combinando motor a diesel e propulsor elétrico para reduzir emissões sem perder força e robustez.
A nova geração da Toyota Hilux está cada vez mais próxima, e tudo indica que ela virá com uma importante novidade: a eletrificação.
A confirmação parcial veio do próprio presidente da Toyota Argentina, Gustavo Salinas, em entrevista ao jornal Clarín.
Apesar de não dar todos os detalhes, Salinas deixou claro que a transição para modelos eletrificados está em curso, inclusive para a picape média mais vendida do Brasil.
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Primeiros indícios surgiram na Argentina
A Hilux híbrida foi flagrada pela primeira vez na última semana de maio na Argentina. A produção do modelo acontece na planta de Zárate, de onde saem unidades para o mercado local e para exportação — inclusive para o Brasil.
Segundo Gustavo Salinas, cerca de 80% da produção argentina é voltada à exportação, e muitos desses mercados estão impondo regras ambientais mais rígidas, exigindo soluções eletrificadas.
Conjunto híbrido está praticamente confirmado
Embora o executivo da Toyota não tenha confirmado diretamente que a próxima Hilux será híbrida, suas palavras deixaram isso quase evidente:
“Há coisas que não posso confirmar hoje, mas
está muito claro que a eletrificação é uma realidade em todos os segmentos de mercado , então ela está vindo para frente.“
Ou seja, a Toyota não quer ficar para trás nessa corrida.
Como a picape atende mercados com exigências ambientais crescentes, a adoção de um sistema híbrido leve é uma solução esperada para alinhar desempenho, robustez e menor emissão de poluentes.
Modelo foi visto também na Tailândia
O primeiro flagra da nova Hilux 2026 ocorreu na Tailândia, país de onde são exportadas as versões europeias da picape.
As imagens mostram uma camuflagem pesada na dianteira e traseira, o que indica que essas áreas terão as principais mudanças visuais.
A estrutura, no entanto, não deve mudar tanto: a plataforma atual deve ser mantida, deixando as principais novidades para o conjunto mecânico.
O que muda no sistema híbrido?
Na Europa, a nova Hilux híbrida já foi apresentada com sistema MHEV de 48V (Mild Hybrid Electric Vehicle).
O conjunto combina o já conhecido motor 2.8 turbodiesel de 204 cv com um motor elétrico de 16 cv, que substitui o alternador e o motor de partida tradicionais.
O motor elétrico não move o veículo sozinho, mas atua para auxiliar em partidas e retomadas, reduzindo o esforço do motor a combustão e, com isso, diminuindo o consumo de combustível e a emissão de poluentes.
Esse sistema é semelhante ao usado em modelos como o Fiat Pulse e Fastback, que usam sistemas de 12V. A versão da Hilux, com 48V, é mais robusta e adequada para um veículo de trabalho. Além disso, a Hilux híbrida mantém tração 4×4 e câmbio automático de seis marchas.
Tamanho, capacidade e robustez continuam
Apesar da nova motorização, o porte da Hilux deve permanecer o mesmo.
A versão híbrida mantém os 5,32 metros de comprimento e os 3,08 metros de entre-eixos. A capacidade de carga útil é de 1.000 kg, e o reboque pode chegar a 3.500 kg, os mesmos números das versões convencionais. Isso indica que a introdução do sistema híbrido não comprometeu a robustez da picape.
Além disso, os ângulos de entrada (29°) e saída (27°), assim como o vão livre de 31 cm, permanecem os mesmos. A versão cabine sobre chassi também deve ser mantida, garantindo que a Hilux continue sendo uma opção versátil para trabalho pesado.
Quando a nova Hilux híbrida chega ao Brasil?
A chegada da nova Hilux híbrida ao Brasil está prevista para 2026, ainda com importação direta da Argentina.
Como o modelo já foi visto em testes e a fala do presidente da Toyota reforça a eletrificação como caminho sem volta, é quase certo que a versão híbrida será o grande destaque da nova geração.
A Toyota tem sido uma das líderes mundiais na eletrificação de veículos, com longa tradição em modelos híbridos, como o Prius e o Corolla Hybrid.
A introdução dessa tecnologia na Hilux mostra que até mesmo os veículos voltados ao trabalho e ao uso fora de estrada estão migrando para soluções mais limpas e eficientes.
Isso representa uma grande mudança para o segmento de picapes médias no Brasil e deve influenciar concorrentes diretos nos próximos anos.