Pedra preciosa usada como batente por idosa por vários anos é uma grande descoberta da geologia: pedra de 1 milhão de euros tem mais de 40 milhões de anos e pesa 3,5 kg
Imagina usar uma pedra preciosa de milhões como batente de porta sem fazer ideia do que tinha em casa? Pois foi exatamente isso que aconteceu com uma idosa na Romênia. Ela ou anos usando uma pedra pesadona, de 3,5 kg, só pra segurar a porta da casa. Só depois de muito tempo é que a família percebeu que aquilo não era só uma “pedrona bonita” — era uma verdadeira joia geológica, avaliada em cerca de 1 milhão de euros, o que dá mais ou menos R$ 6,19 milhões!
A mulher encontrou a pedra no leito de um riacho, como quem não quer nada. E o mais curioso é que nem os ladrões, que chegaram a invadir a casa, deram bola pra ela. Levaram algumas joias de ouro de pouco valor e deixaram pra trás o que seria, na verdade, o maior tesouro da casa.
Só depois de herdada é que veio a surpresa da pedra preciosa
A pedra só começou a chamar atenção depois que a senhora faleceu e o objeto foi herdado por um parente. O rapaz olhou com mais atenção, ficou desconfiado do brilho e resolveu mostrar pra um especialista. Foi aí que a história virou do avesso.
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O item acabou sendo levado para avaliação e, depois de exames técnicos, ficou confirmado: a tal pedra era âmbar natural, com origem datada de mais de 40 milhões de anos. A peça foi comprada pelo Estado romeno e agora está guardada com todo cuidado no Museu Provincial de Buzau, conforme contou Daniel Costache, diretor da instituição, em entrevista ao jornal El País.
Tesouro da natureza com valor incalculável
Depois da confirmação, a pedra também foi levada ao Museu de História de Cracóvia, na Polônia, onde especialistas em pedras semipreciosas confirmaram que se trata de uma das maiores peças do tipo já encontradas. O que torna esse achado tão especial não é só o tamanho ou o valor em dinheiro, mas o fato de que esse tipo de âmbar pode guardar informações preciosas do ado da Terra.
Segundo os cientistas, a peça pode ter entre 38,5 e 70 milhões de anos e tem importância enorme para pesquisas históricas e científicas. Isso porque o âmbar é uma resina fossilizada de árvores antigas, que ao longo de milhões de anos endureceu e se transformou numa substância translúcida, muito usada em joias. E não para por aí: esse material pode conter até insetos e plantas que ficaram presos dentro dele quando ainda era líquido, ajudando a contar a história de como era o planeta lá atrás.
Ámbar: muito mais que uma pedra bonita
Muita gente acha que âmbar é só “pedra enfeite”, mas não é bem assim. Ele é um fóssil — sim, um fóssil mesmo! — que traz registros de tempos muito antigos. Isso interessa demais pra cientistas que estudam biologia, paleontologia e até clima da era pré-histórica. E claro, também é usado em joias e objetos decorativos supervalorizados.
Além de ser lindo, é difícil de encontrar. No mercado, peças maiores e com boa transparência podem valer verdadeiras fortunas, como foi o caso dessa usada como batente de porta.
E no Brasil, tem?
Tem sim, mas é bem raro. Já foram encontrados fragmentos de âmbar em regiões como o Acre, Amazonas, Bahia, Ceará e Piauí. As amostras brasileiras geralmente são do período cretáceo e costumam aparecer em bacias sedimentares. Apesar de menores que a encontrada na Romênia, elas ajudam bastante os pesquisadores a entender a história da formação do nosso território e os tipos de vida que existiam por aqui milhões de anos atrás.
Por que essa história é importante?
Histórias assim mostram como a natureza guarda verdadeiros tesouros debaixo do nosso nariz. Quem diria que uma simples pedra usada como peso de porta seria, na verdade, um fóssil valiosíssimo? A descoberta na Romênia não só chamou atenção pelo valor, mas também por mostrar que às vezes os maiores achados estão onde a gente menos espera.
E mais: isso reforça como é importante preservar o meio ambiente e valorizar o trabalho de quem pesquisa, estuda e protege o nosso ado natural. Sem esses profissionais, essa história poderia ter ado em branco — e a pedra, talvez, estivesse até hoje segurando a porta da sala.