Inovação brasileira da Petrobras para separação submarina de CO2 visa otimizar produção, reduzir custos e emissões na exploração de petróleo e gás em águas profundas.
Uma importante inovação brasileira está em desenvolvimento para o setor de petróleo e gás. Trata-se da tecnologia HISEP (High Pressure Separation). Liderada pela Petrobras, conta com parceiros estratégicos como a TechnipFMC.
Conforme Ivan Delduga, o HISEP possibilita a separação de gases ricos em CO2 diretamente no leito marinho. Permite também a reinjeção desses gases no reservatório. Essa abordagem pode redefinir o processamento submarino em águas profundas.
O que é a tecnologia HISEP? Separação de CO2 no fundo do mar
A inovação brasileira HISEP representa um avanço nos métodos de processamento offshore. Sua função principal é realizar a separação do dióxido de carbono (CO2) presente no gás natural. A grande diferença é que essa separação ocorre no fundo do mar. Isso transfere parte do processamento que hoje é feito nas plataformas (FPSOs) para o ambiente submarino. O CO2 separado pode então ser reinjetado diretamente no reservatório de origem.
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Impacto direto na descarbonização e otimização da produção
A implementação da inovação brasileira HISEP traz benefícios ambientais e operacionais significativos. Primeiramente, contribui para a descarbonização. Ao separar e reinjetar o CO2 no fundo do mar, reduz a intensidade das emissões de gases de efeito estufa das operações. Isso é crucial para a transição energética e representa um diferencial competitivo. ]
Além disso, a tecnologia otimiza a produção. Ela ajuda a reduzir gargalos no processamento de gás nas plataformas. Isso aumenta a capacidade de produção de óleo e gás e melhora a eficiência operacional geral.
Menos espaço em plataformas, mais eficiência e custos reduzidos
Outro impacto importante do HISEP é a otimização do espaço. Ao mover a separação de CO2 para o leito marinho, diminui a necessidade de grandes equipamentos de processamento nas plataformas (FPSOs). Embora o HISEP demande novas estruturas submarinas (como sistemas de separação, bombas, linhas e umbilicais), essas instalações são projetadas para serem mais compactas. Isso possibilita o uso de FPSOs menores. Consequentemente, há uma redução significativa nos custos operacionais (OPEX) e de capital (CAPEX). A redução de custos torna viáveis novos projetos de exploração e produção.
HISEP na prática: a inovação brasileira Mero 3 como exemplo
A tecnologia HISEP já está sendo implementada em projetos reais. Um exemplo é o projeto Mero 3. Neste empreendimento, a TechnipFMC está trabalhando na entrega da solução HISEP. Projetos como este demonstram o potencial transformador desta inovação brasileira para o futuro da indústria offshore.