Comparativo mostra como a escolha errada de investimento reduz seus ganhos mesmo com valores aparentemente pequenos. Tesouro Selic entrega rendimento superior com segurança.
Muitos brasileiros seguem aplicando seu dinheiro em investimentos que parecem seguros e tradicionais. No entanto, quando se compara o rendimento real dessas aplicações com alternativas igualmente seguras, fica evidente o prejuízo que elas representam.
Vamos mostrar, com números simples, quanto o investidor deixa de ganhar ao escolher a poupança, CDBs ruins e LCIs ou LCAs com rentabilidade baixa.
Poupança: o clássico que já não compensa
A caderneta de poupança continua sendo um dos investimentos mais utilizados no Brasil. Porém, sua rentabilidade está longe de ser competitiva.
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Hoje, a poupança rende cerca de 8% ao ano. Enquanto isso, o Tesouro Selic — que é tão seguro quanto — rende algo em torno de 101% do CDI. Com o CDI girando próximo a 13,15% ao ano, o Tesouro Selic chega perto de 13,3% ao ano de rendimento bruto.
Mesmo descontando o imposto de renda, o investidor ainda fica com aproximadamente 11,3% líquidos no Tesouro Selic, contra os 8% da poupança. Ou seja, há uma diferença de 3,3 pontos percentuais por ano.
Se alguém aplicar R$ 10.000 por um ano:
- Na poupança: o saldo ao final seria de R$ 10.800.
- No Tesouro Selic: o saldo líquido seria de R$ 11.130.
Em apenas um ano, são R$ 330 a mais com o mesmo nível de segurança e liquidez muito semelhante. Em cinco anos, a diferença se acumula e pode ultraar R$ 2.000, apenas por não ter migrado da poupança para o Tesouro Selic.
CDB a 101% do CDI: risco maior, rendimento igual ou menor
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são emitidos por bancos e costumam prometer rentabilidades atreladas ao CDI. Muitos oferecem 100% ou 101% do CDI. O problema é que, ao contrário do Tesouro Selic, o CDB carrega risco de crédito da instituição emissora.
Considerando novamente o CDI de 13,15% ao ano, um CDB de 101% do CDI renderia 13,28% brutos. Após o desconto do imposto de renda, o rendimento líquido seria praticamente o mesmo do Tesouro Selic.
Ou seja: o investidor aceita um risco maior — o banco pode ter problemas financeiros — mas não recebe nenhum prêmio relevante por isso. O retorno é igual ou até um pouco menor, dependendo das condições de resgate e custos.
Por isso, aplicar em um CDB que paga até 101% do CDI não faz sentido. Se é para ganhar a mesma coisa, melhor optar pelo Tesouro Selic, que não depende da saúde financeira de nenhum banco.
LCA e LCI abaixo de 78% do CDI: isenção não salva rendimento baixo
As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) oferecem isenção de imposto de renda. Isso pode parecer vantajoso, mas apenas se o rendimento bruto for suficientemente alto.
Como o Tesouro Selic sofre tributação, é possível fazer uma conta simples. Na maior alíquota de IR, de 22,5%, o rendimento líquido do Tesouro Selic fica equivalente a cerca de 78% do CDI.
Assim, qualquer LCA ou LCI que pague menos de 78% do CDI já está perdendo para o Tesouro Selic. E pior: com maior risco, já que são títulos privados.
Por exemplo, uma LCI pagando 75% do CDI traria rendimento de aproximadamente 9,86% ao ano. Já o Tesouro Selic, mesmo com imposto, renderia próximo de 11,3%. Novamente, a diferença pode parecer pequena num primeiro momento, mas em alguns anos vira um prejuízo relevante.
O custo invisível de escolher errado
A grande armadilha desses investimentos ruins é o custo invisível. O investidor não vê o dinheiro saindo da conta, mas deixa de ganhar mês após mês.
Poupança, CDBs de rentabilidade baixa e LCIs ou LCAs com percentual pequeno do CDI são escolhas que parecem tranquilas, mas tiram dinheiro do bolso do investidor ao longo do tempo.
A comparação simples mostra: o Tesouro Selic, hoje, funciona como uma régua básica. Qualquer aplicação que não renda mais do que ele, considerando o imposto de renda, deve ser descartada.
Quais seriam bons patamares mínimos?
Com base nos números atuais, é possível traçar limites abaixo dos quais o investimento não compensa:
- CDBs só valem a pena a partir de 106% do CDI.
- LCIs ou LCAs começam a ficar interessantes acima de 90% do CDI.
Abaixo desses valores, o Tesouro Selic oferece retorno melhor e segurança total.
A decisão é simples
Na prática, o investidor precisa de uma regra clara: se o produto for menos rentável e menos seguro, não vale a pena. Não adianta buscar alternativas só por serem “diferentes” se o Tesouro Selic entrega mais, com risco zero de calote.
O grande segredo do bom investidor não está em escolher o produto da moda, mas sim em não aceitar ganhar menos do que poderia com o mesmo risco.
Aviso importante: Este texto não constitui recomendação de investimento. As informações apresentadas têm caráter meramente informativo e educacional. Antes de tomar qualquer decisão financeira, avalie seu perfil de investidor, consulte profissionais qualificados e considere os riscos envolvidos.