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Investimentos: Investidor perde até R$ 2.000 em 5 anos ao manter dinheiro na poupança em vez do Tesouro Selic

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 09/06/2025 às 08:44
Investimentos
Foto: Reprodução

Comparativo mostra como a escolha errada de investimento reduz seus ganhos mesmo com valores aparentemente pequenos. Tesouro Selic entrega rendimento superior com segurança.

Muitos brasileiros seguem aplicando seu dinheiro em investimentos que parecem seguros e tradicionais. No entanto, quando se compara o rendimento real dessas aplicações com alternativas igualmente seguras, fica evidente o prejuízo que elas representam.

Vamos mostrar, com números simples, quanto o investidor deixa de ganhar ao escolher a poupança, CDBs ruins e LCIs ou LCAs com rentabilidade baixa.

Poupança: o clássico que já não compensa

A caderneta de poupança continua sendo um dos investimentos mais utilizados no Brasil. Porém, sua rentabilidade está longe de ser competitiva.

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Hoje, a poupança rende cerca de 8% ao ano. Enquanto isso, o Tesouro Selic — que é tão seguro quanto — rende algo em torno de 101% do CDI. Com o CDI girando próximo a 13,15% ao ano, o Tesouro Selic chega perto de 13,3% ao ano de rendimento bruto.

Mesmo descontando o imposto de renda, o investidor ainda fica com aproximadamente 11,3% líquidos no Tesouro Selic, contra os 8% da poupança. Ou seja, há uma diferença de 3,3 pontos percentuais por ano.

Se alguém aplicar R$ 10.000 por um ano:

  • Na poupança: o saldo ao final seria de R$ 10.800.
  • No Tesouro Selic: o saldo líquido seria de R$ 11.130.

Em apenas um ano, são R$ 330 a mais com o mesmo nível de segurança e liquidez muito semelhante. Em cinco anos, a diferença se acumula e pode ultraar R$ 2.000, apenas por não ter migrado da poupança para o Tesouro Selic.

CDB a 101% do CDI: risco maior, rendimento igual ou menor

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são emitidos por bancos e costumam prometer rentabilidades atreladas ao CDI. Muitos oferecem 100% ou 101% do CDI. O problema é que, ao contrário do Tesouro Selic, o CDB carrega risco de crédito da instituição emissora.

Considerando novamente o CDI de 13,15% ao ano, um CDB de 101% do CDI renderia 13,28% brutos. Após o desconto do imposto de renda, o rendimento líquido seria praticamente o mesmo do Tesouro Selic.

Ou seja: o investidor aceita um risco maior — o banco pode ter problemas financeiros — mas não recebe nenhum prêmio relevante por isso. O retorno é igual ou até um pouco menor, dependendo das condições de resgate e custos.

Por isso, aplicar em um CDB que paga até 101% do CDI não faz sentido. Se é para ganhar a mesma coisa, melhor optar pelo Tesouro Selic, que não depende da saúde financeira de nenhum banco.

LCA e LCI abaixo de 78% do CDI: isenção não salva rendimento baixo

As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) oferecem isenção de imposto de renda. Isso pode parecer vantajoso, mas apenas se o rendimento bruto for suficientemente alto.

Como o Tesouro Selic sofre tributação, é possível fazer uma conta simples. Na maior alíquota de IR, de 22,5%, o rendimento líquido do Tesouro Selic fica equivalente a cerca de 78% do CDI.

Assim, qualquer LCA ou LCI que pague menos de 78% do CDI já está perdendo para o Tesouro Selic. E pior: com maior risco, já que são títulos privados.

Por exemplo, uma LCI pagando 75% do CDI traria rendimento de aproximadamente 9,86% ao ano. Já o Tesouro Selic, mesmo com imposto, renderia próximo de 11,3%. Novamente, a diferença pode parecer pequena num primeiro momento, mas em alguns anos vira um prejuízo relevante.

O custo invisível de escolher errado

A grande armadilha desses investimentos ruins é o custo invisível. O investidor não vê o dinheiro saindo da conta, mas deixa de ganhar mês após mês.

Poupança, CDBs de rentabilidade baixa e LCIs ou LCAs com percentual pequeno do CDI são escolhas que parecem tranquilas, mas tiram dinheiro do bolso do investidor ao longo do tempo.

A comparação simples mostra: o Tesouro Selic, hoje, funciona como uma régua básica. Qualquer aplicação que não renda mais do que ele, considerando o imposto de renda, deve ser descartada.

Quais seriam bons patamares mínimos?

Com base nos números atuais, é possível traçar limites abaixo dos quais o investimento não compensa:

  • CDBs só valem a pena a partir de 106% do CDI.
  • LCIs ou LCAs começam a ficar interessantes acima de 90% do CDI.

Abaixo desses valores, o Tesouro Selic oferece retorno melhor e segurança total.

A decisão é simples

Na prática, o investidor precisa de uma regra clara: se o produto for menos rentável e menos seguro, não vale a pena. Não adianta buscar alternativas só por serem “diferentes” se o Tesouro Selic entrega mais, com risco zero de calote.

O grande segredo do bom investidor não está em escolher o produto da moda, mas sim em não aceitar ganhar menos do que poderia com o mesmo risco.

Aviso importante: Este texto não constitui recomendação de investimento. As informações apresentadas têm caráter meramente informativo e educacional. Antes de tomar qualquer decisão financeira, avalie seu perfil de investidor, consulte profissionais qualificados e considere os riscos envolvidos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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