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Localização PR, RS Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 5 comentários

Investidores planejam projeto revolucionários de linha de Trem ligando dois importantes estados brasileiros

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 03/03/2025 às 23:01
Investidores russos propõem uma linha de trem entre Arroio do Sal e Paraná, mas a malha ferroviária do RS enfrenta desafios críticos.
Investidores russos propõem uma linha de trem entre Arroio do Sal e Paraná, mas a malha ferroviária do RS enfrenta desafios críticos.

Investidores russos propõem uma linha de trem entre Arroio do Sal e Paraná, mas a malha ferroviária do RS enfrenta desafios críticos. Enquanto isso, novos portos estão sendo construídos, levantando questões sobre o futuro do transporte na região.

A infraestrutura de transporte no Sul do Brasil está em um momento decisivo.

Um ambicioso projeto ferroviário promete conectar importantes regiões, impulsionar a logística e fortalecer a economia local.

No entanto, obstáculos políticos, econômicos e estruturais podem colocar essa iniciativa em xeque. Afinal, a proposta é viável ou apenas uma estratégia comercial?

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Projeto ferroviário entre Arroio do Sal e Paraná pode transformar a logística

A proposta em análise prevê uma ferrovia de 1.549 quilômetros, conectando Arroio do Sal, no litoral norte do Rio Grande do Sul, a Terra Roxa, no Paraná.

A iniciativa, apresentada pela empresa Doha Investimentos e Participações, já ou por diferentes etapas na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas ainda aguarda aprovação definitiva.

Se for implementado, o projeto permitirá o transporte de cargas e ageiros, melhorando a conexão entre os dois estados e aliviando a dependência do transporte rodoviário.

Além disso, a ferrovia pode gerar empregos e atrair investimentos para a região.

Porém, o avanço da iniciativa tem sido marcado por incertezas. A ANTT suspendeu temporariamente a análise do projeto, alegando a necessidade de reavaliar impactos legais.

No ano ado, a agência retomou o processo e solicitou novos documentos da Doha Investimentos, que ainda precisa apresentar essas informações para seguir com a autorização.

Se aprovado, o controle da ferrovia será concedido à Doha Investimentos por um período de 99 anos, um prazo extenso que levanta questionamentos sobre a viabilidade e o compromisso da empresa com a obra.

Investidores russos impulsionam o projeto, mas há especulações

Um dos pontos que mais chama atenção no projeto ferroviário é a participação de investidores russos no financiamento.

A entrada de capital estrangeiro no setor de infraestrutura sempre desperta debates sobre soberania e controle econômico.

Embora a empresa reforce seu compromisso com a execução da ferrovia, especialistas apontam que a Doha Investimentos pode estar mais interessada em garantir o traçado do projeto do que, de fato, tirá-lo do papel.

A ideia seria obter a concessão para depois negociá-la, ao invés de assumir diretamente a construção e operação da ferrovia.

Até o momento, essa possibilidade não foi confirmada oficialmente, mas as dúvidas permanecem.

Caso a ferrovia se torne realidade, o investimento russo pode ser determinante para impulsionar a economia regional e nacional.

Novo porto no RS pode alterar cenário logístico

Além da ferrovia, a Doha Investimentos também está envolvida em outro projeto crucial: a construção de um novo porto em Arroio do Sal.

Desde outubro de 2020, a empresa trabalha no licenciamento da obra, que segue avançando.

Entretanto, um concorrente já está consolidando sua presença na região.

A DTA Engenharia, outra empresa do setor, assinou recentemente um contrato com o governo federal para desenvolver um terminal portuário próprio.

O projeto foi aprovado pelos órgãos reguladores e deve trazer impactos diretos na logística do estado.

A disputa entre os dois empreendimentos pode definir o futuro do transporte de cargas no Sul do Brasil. Se ambas as iniciativas forem concretizadas, a região poderá ganhar um novo impulso econômico.

No entanto, caso a ferrovia não avance, o novo porto poderá enfrentar desafios para viabilizar suas operações sem um sistema ferroviário eficiente.

Crise na malha ferroviária do Rio Grande do Sul

Enquanto novos projetos são debatidos, a infraestrutura ferroviária existente no Rio Grande do Sul enfrenta um colapso.

Atualmente, o estado conta com aproximadamente 1.700 quilômetros de trilhos, mas 800 quilômetros precisam de reparos urgentes devido ao abandono e aos danos causados por enchentes.

A estimativa é de que a recuperação da malha ferroviária custe mais de R$ 3 bilhões, um valor elevado que dependerá de investimentos públicos e privados.

Com a demora na reestruturação do setor, o transporte de mercadorias pelo estado segue prejudicado, aumentando a dependência do modal rodoviário, que tem custos mais altos e maior impacto ambiental.

Diante desse cenário, a possível nova ferrovia entre Arroio do Sal e Paraná poderia ser uma solução estratégica para modernizar o setor.

No entanto, se o projeto não for levado adiante, o estado continuará enfrentando dificuldades logísticas.

O futuro do transporte no Sul: avanço ou estagnação?

Com tantos desafios e incertezas, o setor de transportes no Sul do Brasil vive um momento decisivo.

A presença de investidores estrangeiros pode trazer um novo horizonte para a região, mas ainda há muitas dúvidas sobre a real execução dos projetos.

Se concretizada, a ferrovia poderia representar uma revolução logística, reduzindo custos e aumentando a competitividade do estado.

No entanto, caso a iniciativa fique apenas no papel, a região pode perder uma grande oportunidade de desenvolvimento.

A questão que permanece é: a ferrovia sairá do papel ou será apenas mais uma promessa que nunca se tornará realidade?

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Antonio
Antonio
05/03/2025 11:04

Para um transporte ferroviário, mais rápido é preciso que as linhas férreas sejam duplicadas, para evitar a disputa de ida e volta, entre os trens, com sistema de bitolas largas, para dar mais estabilidade, garantindo trens com maior velocidade, e evitar demora nas viagens.

Sérgio Araújo
Sérgio Araújo
05/03/2025 12:05

Neste País **** com 525 anos de Atraso, Você ainda acredita?!

O Sistema Político, os Empresários Inescrupulosos, o Tráfico, as Milícias e o Novo Cangaço não vão deixar isto acontecer!!!

Aqui é o Bostil, Você esqueceu deste Detalhe?!

Sem falar do Povo que é mal-educado, e desonesto, em sua grande maioria e que Não ajuda em Nada!!

Lourenço Rodrigues Lima
Lourenço Rodrigues Lima
05/03/2025 20:38

Há décadas, que já se aproxima de um século, que o país deixou de priorizar o transporte ferroviário em detrimento do transporte rodoviário. Tempos mais recentes, com as estradas congestionadas e complicações no setor de logística, mal conservacão e alto custo no transporte é que ficou claro a necessidade de se investir pesado no setor, mas é um projeto que não se realiza do dia pra noite porque demanda tempo e muito dinheiro. Sabemos também que investimentos como esse não priorizam necessariamente os interesses públicos e sim econômicos. O povo não tem culpa por esse atraso como muitos atribuem, porque o povo infelizmente não decide o destino do país e sim o poderio econômico global. Qual cidadão não percebe que estradas abarrotadas de caminhões com “n” eixos, não é um atraso para o país?

Junnaco
Junnaco
Em resposta a  Lourenço Rodrigues Lima
08/03/2025 14:46

Atrasos para a infraestrutura do país, mas um grande negócio para os pseus investidores via cobrança de pedágios, cobranças essas que no final encarecem os produtos transportados por essas vias.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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