Missão japonesa pode marcar novo capítulo na exploração lunar e reforçar protagonismo asiático no setor espacial em 2025
Uma nova tentativa de pouso controlado na Lua está prestes a ser realizada. Nesta quinta-feira, 5 de junho de 2025, a empresa japonesa iSpace fará sua segunda tentativa de aterrissagem lunar, agora com a moderna sonda RESILIENCE, parte da missão HAKUTO-R Mission 2.
Embora o projeto enfrente grande pressão após uma tentativa frustrada em 2023, a expectativa é alta. Isso porque o Japão pode se tornar o quinto país a realizar um pouso suave na Lua, entrando no seleto grupo ao lado de Estados Unidos, União Soviética, China e Índia.
Segundo voo da iSpace tenta reverter histórico anterior
A primeira missão lunar da iSpace, realizada em abril de 2023, terminou em fracasso. O contato com a sonda Hakuto-R Mission 1 foi perdido momentos antes do pouso. Com isso, a empresa redobrou esforços técnicos, aprimorou sua engenharia de descida e apostou em sistemas mais precisos para evitar novos erros.
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De forma determinada, a nova missão da RESILIENCE foi lançada em janeiro de 2025 a bordo de um foguete Falcon 9, operado pela SpaceX. A trajetória da sonda incluiu quase cinco meses de ajustes orbitais, até que, em 6 de maio de 2025, ela entrou com sucesso na órbita lunar.
Desde então, a equipe de engenheiros da iSpace acompanha cada detalhe, ajustando a trajetória e monitorando sistemas de navegação e frenagem para garantir que, desta vez, o pouso seja executado com precisão.
Região estratégica do Mare Frigoris é o alvo da descida
A tentativa de aterrissagem está programada para ocorrer às 14h17 no horário de Brasília, diretamente na região lunar conhecida como Mare Frigoris, ou “Mar do Frio”. Esse local, situado a 60,5° de latitude norte e 4,6° de longitude oeste, fica na parte norte da face visível da Lua.
A escolha estratégica da área busca reduzir riscos geológicos e maximizar a possibilidade de pouso bem-sucedido, o que demonstra o alto nível de planejamento da missão.
Além disso, especialistas consideram o local relevante para futuras operações comerciais e científicas, principalmente por causa de sua relativa estabilidade topográfica e do histórico de observações astronômicas detalhadas.
Concorrência acirrada pressiona empresas privadas
A missão da iSpace ocorre em um contexto de competição crescente entre empresas privadas na corrida espacial. Em 22 de fevereiro de 2024, a americana Intuitive Machines conseguiu realizar o primeiro pouso comercial na Lua com a sonda Odysseus, elevando a exigência tecnológica para os concorrentes.
Caso a iSpace consiga pousar com sucesso, o Japão recupera o protagonismo e impulsiona a presença asiática em missões de exploração lunar, abrindo novas possibilidades de cooperação internacional e investimentos.
Transmissão ao vivo reforça transparência da missão
Para garantir visibilidade e participação pública, a empresa japonesa confirmou que transmitirá o pouso ao vivo através de seu canal oficial no YouTube. O narrador falará em japonês, enquanto outro profissional fará a tradução simultânea para o inglês.
Especialistas internacionais do setor aeroespacial, como os engenheiros da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), acompanham a missão de perto e apontam a operação como um divisor de águas para a nova era de exploração lunar.
Inovação técnica está no centro da missão
A sonda RESILIENCE carrega uma série de equipamentos de última geração. Entre eles, estão sistemas de comunicação autônoma, sensores de altitude, instrumentos científicos de análise mineral e mecanismos de pouso de precisão.
Mais do que um experimento científico, a missão representa uma prova de conceito para operações comerciais. A iSpace busca, até 2030, estabelecer um sistema de transporte regular entre a Terra e a Lua, fornecendo e a futuras bases lunares.
Caso isso se concretize, o Japão pode assumir a liderança global em logística espacial privada, impulsionando também outros setores tecnológicos nacionais.
O que está em jogo com a missão HAKUTO-R?
Para o Japão, o sucesso da missão simboliza mais do que apenas um pouso. Ele representaria o reconhecimento global da capacidade tecnológica japonesa e consolidaria o país como ator relevante em uma das áreas mais estratégicas do século XXI.
Além disso, a missão se destaca por unir precisão técnica, viabilidade econômica e planejamento sustentável, fatores que a tornam exemplo de inovação.
Mesmo com a pressão internacional e o histórico de falhas, a iSpace optou por persistir. Afinal, no setor espacial, resiliência é um dos principais combustíveis.
O futuro da exploração lunar começa agora
Enquanto o mundo observa com atenção, a HAKUTO-R Mission 2 se aproxima de seu momento decisivo. Se bem-sucedida, essa operação não apenas reescreve a história japonesa na corrida espacial, como também reposiciona empresas privadas como protagonistas do futuro interplanetário.
Diante disso, especialistas já se preparam para os próximos os: o início de missões de retorno de amostras, montagem de infraestruturas na superfície lunar e testes de tecnologias de sobrevivência fora da Terra.
Afinal, o que se decide hoje não é apenas um pouso. É o modelo de governança, inovação e ambição que definirá o espaço nas próximas décadas.
Você acredita que as empresas privadas estão prontas para liderar a próxima era da exploração lunar? Deixe sua opinião!