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Kodak, BlackBerry e Nokia: o que aconteceu com as empresas que revolucionaram a tecnologia e depois caíram?

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 05/05/2025 às 16:17
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foto/reprodução: Divulgação

Empresas icônicas que uma vez lideraram o mercado enfrentaram desafios cruciais na era digital e buscam se reinventar para sobreviver

As empresas que brilharam na década de 1990, como Kodak, BlackBerry e Nokia, enfrentaram desafios imensos para se manterem relevantes na era digital. O avanço da tecnologia e a concorrência feroz exigiram uma adaptação rápida que essas marcas não conseguiram acompanhar. Vamos entender como cada uma dessas gigantes enfrentou o declínio e como estão se reinventando atualmente.

O legado da Kodak

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foto/reprodução: Kodak

Durante os anos 1980, a Kodak dominava o mercado de fotografias com suas câmeras analógicas.

A marca era sinônimo de qualidade em imagens e tinha uma presença marcante em quase todos os lares americanos.

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Embora tenha sido uma das pioneiras nas tecnologias de câmeras digitais, a Kodak hesitou em investir fortemente nesse novo segmento, temendo que isso prejudicasse suas vendas de filmes tradicionais.

Essa hesitação se mostrou um erro estratégico crucial.

A Kodak não apenas falhou em abraçar a era digital, mas também subestimou a velocidade das mudanças no comportamento do consumidor.

À medida que as câmeras digitais começaram a se popularizar, empresas como Canon e Nikon tomaram a dianteira, oferecendo produtos mais inovadores e íveis. Em 2012, a Kodak declarou falência, mas não desapareceu completamente.

Atualmente, a empresa se reinventa, focando em tecnologias de impressão, produtos de imagem para o setor empresarial e inovações em blockchain.

Embora longe do auge dos anos 80 e 90, a Kodak continua a buscar novas oportunidades no mercado, como a impressão 3D e soluções para o gerenciamento de imagens.

O fim da era Nokia

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foto/reprodução: Nokia

Entre 1990 e 2000, a Nokia era a líder incontestável no setor de celulares. Com dispositivos robustos, baterias duradouras e designs icônicos, a marca conquistou o mundo.

O Nokia 3310, lançado em 2000, permanece na memória dos consumidores como um símbolo de durabilidade e simplicidade.

A marca ficou conhecida por sua confiabilidade e pelo famoso jogo Snake, que se tornou um clássico.

No entanto, a chegada do iPhone em 2007 e a popularização do sistema Android alteraram radicalmente a dinâmica do mercado.

A Nokia, que continuou a usar o sistema operacional Symbian, rapidamente se tornou obsoleta.

Tentativas de recuperação, como a adoção do Windows Phone, não tiveram sucesso, especialmente porque o sistema não conseguiu atrair desenvolvedores de aplicativos como o iOS e o Android.

Atualmente, a marca Nokia ainda existe, mas em um novo formato.

Sob licença da HMD Global, a empresa voltou ao mercado com smartphones que operam com Android, buscando reviver seu prestígio com dispositivos de qualidade e íveis.

Além disso, a Nokia se destaca no setor de infraestrutura, sendo uma das principais fornecedoras de redes 5G.

A empresa também está investindo em tecnologias de internet das coisas (IoT), buscando se posicionar como um player relevante em um mercado em rápida evolução.

A metamorfose da BlackBerry

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foto/reprodução: Mark Blinch/Reuters

Nos anos 2000, a BlackBerry era o smartphone mais desejado por executivos ao redor do mundo.

Com seus teclados físicos e e-mail push, a empresa revolucionou a comunicação móvel e se tornou referência em inovação.

O sucesso do BlackBerry foi tão grande que o termo “BlackBerry” se tornou sinônimo de smartphones corporativos.

No entanto, assim como a Nokia, a BlackBerry não conseguiu acompanhar a revolução trazida pelo iPhone e suas telas sensíveis ao toque.

Apesar das tentativas de revitalização, incluindo o lançamento de novos aparelhos e do sistema BlackBerry OS, a empresa não conseguiu recuperar seu lugar no mercado.

Em 2016, a BlackBerry anunciou que deixaria de fabricar smartphones, mudando seu foco para software e serviços de segurança.

Essa decisão foi uma resposta à crescente demanda por soluções de segurança em ambientes corporativos, especialmente após o aumento das preocupações com a privacidade e a proteção de dados.

Hoje, a BlackBerry se reinventou como uma companhia de soluções de software, especializada em segurança digital, gerenciamento de dispositivos e softwares automotivos.

A empresa está investindo em tecnologias de inteligência artificial e machine learning, buscando oferecer soluções que atendam às necessidades de um mercado em constante mudança.

Embora tenha deixado de ser uma fabricante de hardware, a BlackBerry continua a desempenhar um papel importante, especialmente no mercado corporativo, onde sua reputação de segurança é altamente valorizada.

O desafio da inovação

As histórias de Kodak, Nokia e BlackBerry refletem o impacto que a inovação e a adaptação têm sobre as empresas de tecnologia. Em um mercado em constante evolução, a capacidade de se reinventar é crucial para a sobrevivência.

Essas empresas, que uma vez dominaram seus setores, agora buscam novas oportunidades e estratégias para se manterem relevantes na era digital.

Além disso, essas histórias nos ensinam que o sucesso no setor de tecnologia não é garantido.

A inovação precisa ser constante, e as empresas devem estar dispostas a arriscar e a se adaptar rapidamente às novas realidades.

A resistência à mudança pode levar ao declínio, enquanto a disposição para evoluir pode abrir portas para novas oportunidades e mercados.

O que podemos aprender com essas histórias é que, embora a tecnologia evolua rapidamente, a verdadeira inovação vem da disposição de se adaptar e explorar novas possibilidades.

Para mais informações sobre o impacto da tecnologia e o futuro das empresas, continue acompanhando nossos conteúdos.

FONTE: EXAME

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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