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Lavrador encontra jarro com mais de 200 moedas coloniais no Tocantins; especialistas afirmam que o achado tem valor histórico e financeiro extraordinário

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 29/05/2025 às 11:38
moedas
Lavrador encontra jarro com mais de 200 moedas coloniais no Tocantins; especialistas afirmam que o achado tem valor histórico e financeiro extraordinário

Ele só queria encontrar um pouco de ouro para melhorar de vida, mas acabou descobrindo um verdadeiro tesouro do Brasil Colônia — enterrado há séculos, a poucos metros de casa.

Valdomiro Costa, um lavrador simples de Conceição do Tocantins, no norte do Brasil, não imaginava que sua vida mudaria tão drasticamente quando decidiu investir R$ 1.200 em um detector de metais no início de 2024. A compra foi feita com esperança e intuição: a região onde mora é conhecida historicamente por ter sido uma rota secundária durante o Ciclo do Ouro, e muitos moradores ainda acreditam que há riqueza escondida sob a terra.

O lavrador Valdomiro Costa e seu filho observam atentamente uma das moedas antigas encontradas no quintal de casa; o objeto faz parte de um tesouro do período colonial descoberto por acaso no Tocantins.

Um barulho metálico e uma surpresa arqueológica

Na primeira tentativa, ainda sem prática, Valdomiro ouviu o alarme do detector apitar perto de uma árvore no quintal. Achando que era alguma peça de trator perdida ou resíduo metálico, pegou uma enxada e começou a cavar. O que surgiu, porém, foi muito mais do que ele esperava: um jarro de barro antigo, com tampo de cera endurecida e visíveis rachaduras pela idade.

Ao abrir, encontrou mais de 200 moedas metálicas, todas com inscrições estranhas e símbolos que ele não reconhecia. “Achei que era coisa de brinquedo velho ou moeda de fazenda antiga”, contou em entrevista à imprensa local.

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Do lixo ao cofre do banco

A história só não teve um final trágico porque o filho de Valdomiro, Raelson Costa, estudante do ensino médio, impediu o pai de jogar o conteúdo fora. “Ele ia jogar no rio, achando que era lixo velho. Falei: pai, isso parece importante”, contou o jovem.

A professora de história de Raelson foi acionada, e em poucos dias, a descoberta chegou aos ouvidos de arqueólogos da Universidade Federal do Tocantins. Após uma vistoria preliminar, confirmou-se: as moedas datam de aproximadamente 1690 a 1725, período em que a Coroa Portuguesa ainda comandava as expedições auríferas em território brasileiro. Algumas das peças trazem o brasão de D. Pedro II de Portugal e inscrições da Casa da Moeda de Lisboa.

Para evitar furtos, o conteúdo foi transferido a um banco da cidade de Araguaína e está sendo avaliado por uma equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Pai e filho analisam cuidadosamente as mais de 200 moedas antigas encontradas no quintal de casa em Conceição do Tocantins; o achado surpreendeu especialistas pelo valor histórico e raridade das peças.

Moedas raras e valor incalculável

Segundo especialistas, muitas dessas moedas são feitas de liga de cobre com pequenas concentrações de ouro, conhecidas como patacões coloniais. Algumas, devido à raridade e estado de conservação, podem chegar a valer entre R$ 10 mil e R$ 40 mil cada, em leilões de colecionadores e museus.

O arqueólogo Fernando Pasquini, da UFT, afirmou que esse é um dos achados mais relevantes do século XXI em solo tocantinense. “É um tesouro, mas não apenas pelo valor financeiro. É uma cápsula do tempo sobre o Brasil Colônia, escondida por mais de 300 anos”, destacou.

E o lavrador? Vai ganhar alguma coisa?

A legislação brasileira determina que achados arqueológicos pertencem à União. No entanto, em casos como esse, em que há cooperação e comunicação imediata por parte do cidadão, o achador pode receber uma bonificação — ou até reconhecimento oficial.

“Se ele tivesse escondido ou vendido no mercado negro, poderia ser penalizado. Mas ao entregar voluntariamente, ele pode ser indenizado ou agraciado com parte do valor, além de crédito por ter ajudado a preservar a história nacional”, explicou um procurador do Iphan à imprensa.

Valdomiro, por enquanto, aguarda o desfecho das análises, mas já sente que sua vida mudou. “Nunca imaginei que o ado fosse cavado assim. Agora só quero continuar plantando e deixar que os doutores cuidem disso”, disse.

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Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, actualmente radicado en Río de Janeiro, Brasil, con trayectoria enfocada en la cobertura de temas militares, defensa, ciencia, tecnología, energía y geopolítica. Mi objetivo es traducir información técnica y compleja en contenidos accesibles y relevantes para un público amplio, siempre manteniendo el rigor periodístico. Sou apaixonado por explorar como a tecnologia y defensa impactam a sociedade eo desenvolvimento econômico. https://muckrack.com/noel-budeguer?

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