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Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 12 comentários

Luciano Hang, dono da Havan, critica discussão sobre escala 6×1 e dispara que ‘brasileiro não quer trabalhar menos’

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 16/11/2024 às 22:17
Luciano Hang critica PEC que propõe fim da escala 6x1. Empresários alertam para impactos nos custos, preços e salários.
Luciano Hang critica PEC que propõe fim da escala 6×1. Empresários alertam para impactos nos custos, preços e salários.

Empresários como Luciano Hang criticam a PEC que propõe o fim da escala 6×1, destacando possíveis aumentos nos custos e preços. O debate gera controvérsias entre trabalhadores e setores produtivos.

A discussão sobre a escala de trabalho 6×1, que garante ao trabalhador uma folga semanal remunerada, ganhou destaque nacional com a recente apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

Entre opiniões divergentes, uma voz conhecida do setor empresarial, Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, manifestou-se com duras críticas à proposta, levantando questões sobre os impactos econômicos e sociais da medida.

Na noite de quinta-feira (14), Hang utilizou suas redes sociais para compartilhar sua visão sobre o tema, afirmando que a PEC seria “populismo” e que criaria “uma polêmica onde não precisa”.

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“O brasileiro não quer trabalhar menos; ele quer viver melhor, com mais conforto, segurança, saúde, educação e independência”, declarou o empresário.

Repercussão entre empresários e entidades

A posição de Hang reflete uma preocupação compartilhada por entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Fecomercio-SP.

Segundo esses grupos, o fim da escala 6×1 poderia sobrecarregar as empresas, encarecer produtos e, consequentemente, reduzir a competitividade no mercado.

De acordo com Hang, cálculos internos realizados pela Havan indicam que a mudança na jornada geraria um aumento de 70% nos custos operacionais.

“Isso impactaria diretamente os preços ao consumidor e os salários, já que empresários são readores de custos. No fim, quem sofre é a população”, alertou.

O empresário ainda compartilhou a opinião de uma funcionária durante a inauguração de uma unidade no Rio Grande do Sul: “Prefiro trabalhar aos domingos do que pedir emprego na segunda-feira”.

Para ele, esse comentário exemplifica a prioridade de muitos trabalhadores: estabilidade financeira e segurança no emprego.

Contexto político e social

A PEC foi proposta pela deputada Erika Hilton (PSOL) e alcançou as 171 s necessárias para avançar na Câmara dos Deputados.

Após a conferência de s, o texto seguirá para análise na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ).

Embora Hang seja um apoiador notório de governos conservadores, sua posição não reflete unanimidade dentro dos partidos de direita.

Parlamentares como Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e Fernando Rodolfo (PL-PE) manifestaram apoio à proposta, o que demonstra que o debate transcende ideologias partidárias.

Enquanto isso, o apoio popular à PEC também cresce. Um abaixo-assinado online já ultraou 2,9 milhões de adesões, mostrando que o tema mobiliza tanto trabalhadores quanto empresários.

Potenciais impactos no setor empresarial

A mudança na escala de trabalho traz desafios significativos para setores como o varejo e a indústria, onde jornadas flexíveis são frequentemente essenciais para manter operações competitivas.

Hang destacou que alterações abruptas podem provocar uma reação em cadeia, com efeitos negativos sobre a economia como um todo.

“Aumentar custos para as empresas significa menos contratações, salários menores e preços mais altos. Isso vai contra o que os trabalhadores realmente desejam: melhores condições de vida e não depender de auxílios do Estado”, afirmou.

O que está em jogo com o fim da escala 6×1?

O debate sobre a escala 6×1 coloca em pauta questões importantes: até que ponto a redução de jornadas pode melhorar a qualidade de vida sem comprometer a sustentabilidade das empresas? De um lado, trabalhadores buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Do outro, empregadores alertam para os riscos de medidas que, segundo eles, poderiam inviabilizar negócios e causar desemprego.

E você, o que pensa sobre a escala 6×1? Essa mudança seria benéfica para todos ou traria mais desafios para trabalhadores e empresas? Deixe sua opinião nos comentários!

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Silviodf
Silviodf
17/11/2024 07:39

O debate é importante para esclarecer as dúvidas. Não podemos é aceitar falácias para mantervo “status quo”. Muitos empresários automatizaram tarefas, reduzindo o quadro de pessoal e maximizando os lucros, é fácil perceber isso, basta ver a lista de bilionários. Então, é preciso sim, melhorar as considerações para o trabalhador e enfrentar a automatização. Uma sugestão deveria ser de aumento do salário para para quem preferir trabalhar em uma escala maior, o que não é aceitável é escravidão, para fazer mais empresários bilionário.

Helena da Silva
Helena da Silva
Em resposta a  Silviodf
17/11/2024 08:08

Enquanto estivermos lutando contra o empresário, o empreendedor, estaremos ba contramão. Melhor trabalhar seis dias e folgar um do qye mendigar emprego na segunda ou tentar praticar malabarismo nos semáforos.

Acupoint
Acupoint
Em resposta a  Helena da Silva
17/11/2024 12:32

Então continue levando a chibata no lombo, aproveita e continua na fila do osso como foi no governo do inelegivel. Enquanto a elite viaja de jatinho, come salmão e bebe vinho importado.

Brasileiro raiz!
Brasileiro raiz!
Em resposta a  Helena da Silva
17/11/2024 13:21

Discurso de quem nunca cumpriu escala 6×1, não viu os filhos crescerem, mal conviveu com a família, vendeu a saúde pra colocar o pão em casa! Esses bo.ça.i.s fingem ter alguma preocupação social mas na verdade só querem desfrutar do suor de seus empregados e viver na mamata!!! Mesmo discurso dos senhores de engenho, dos barões do café, dos escravocratas!!!!

patati patata
patati patata
Em resposta a  Silviodf
18/11/2024 09:48

Muito simples, torne-se um empresário também.

João
João
17/11/2024 08:06

Esses discursos da classe patronal, me lembra muito, os discursos dos senhores de escravos na época da Monarquia, para que o Imperador não assinasse a Abolição da Escravatura. O mundo inteiro já tinha abolido, mas aqui continuavam em nome do lucro ilimitado, mantendo pessoas cativas. Talvez por isso a economia brasileira até hoje não esteja entre as melhores do mundo. Está sempre atrasada em relação as tendências mundiais.

Acupoint
Acupoint
17/11/2024 12:28

Papo **** desse papagaio do Inelegível. Pode apenas faturar um pouco menos. Contrate mais e faça uma escala, gere mais emprego. Isso sim é diminuir a desigualdade social. Pare de investir nos políticos mal caráter nos últimos 4 anos.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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