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MAIOR ponte estaiada do Brasil se estende por 3,6 km sobre as águas escuras do maior rio de água negra do mundo

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 17/07/2024 às 16:50
MAIOR ponte estaiada do Brasil se estende por 3,6 km sobre as águas escuras do maior rio de água negra do mundo
A MAIOR Ponte Estaiada do Brasil Imagem: G/Divulgação

Manaus e Iranduba ganham nova vida com a construção da maior ponte estaiada do Brasil.

Imagina uma obra que não só desafia a geografia imponente da Amazônia, mas também conecta culturas e economias. A maior ponte estaiada do Brasil, a Ponte Rio Negro, é um marco que reduz distâncias e cria oportunidades para toda uma população.

A Ponte Rio Negro, oficialmente chamada Ponte Jornalista Felipe Daou desde 2017, é uma verdadeira proeza de engenharia que se estende por 3,6 km sobre as águas escuras do maior rio de água negra do mundo. Ligando a capital amazonense, Manaus, à cidade de Iranduba, essa estrutura não apenas conecta dois pontos geográficos, mas também simboliza o avanço técnico e cultural do Amazonas.

Maior ponte estaiada do Brasil foi construída em 2011

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Inaugurada em 2011, a maior ponte estaiada do Brasil foi construída como parte da Rodovia Manuel Urbano. Essa construção serve como um elo vital, superando um dos maiores obstáculos naturais da região, facilitando o transporte, o comércio e o desenvolvimento regional. A decisão de construir a ponte surgiu de desafios logísticos e sociais enfrentados pelos moradores de Manaus e região metropolitana, onde o principal meio de atravessar o Rio Negro eram balsas demoradas e perigosas.

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Antes da construção da ponte, atravessar o Rio Negro era uma verdadeira odisseia. As balsas eram o único meio, e em dias de tráfego intenso ou condições climáticas adversas, a travessia podia se tornar extremamente perigosa e demorada. Isso afetava a economia, a educação, o o a serviços de saúde e a qualidade de vida geral da população.

120.000 s apoiando a construção

A construção da ponte foi uma resposta a essas dificuldades. Em 2003, uma audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa do Amazonas destacou a urgência de uma solução mais eficiente e segura. Com cerca de 120.000 s apoiando a construção, ficou claro que a ponte era uma demanda popular e uma necessidade estratégica para o desenvolvimento econômico e a expansão urbana da região.

O projeto da maior ponte estaiada do Brasil foi ambicioso desde o início. A construção começou em dezembro de 2007, enfrentando desafios únicos do ambiente amazônico. A acidez das águas do Rio Negro exigiu o uso de concreto com adição de pozolana, um material que oferece resistência à corrosão, garantindo a durabilidade da estrutura. A instalação de estacas profundas no leito do rio foi um processo complexo, e a quantidade de aço e cimento usada foi comparável à construção de três estádios do Maracanã.

Design aerodinâmico do mastro central

O vão central da ponte, com 400 metros de extensão suspensa por cabos, foi uma das partes mais desafiadoras do projeto, exigindo engenharia de precisão. O design aerodinâmico do mastro central não só reduz o atrito com o vento, mas também previne problemas de ressonância que poderiam comprometer a segurança da ponte.

Além dos desafios técnicos, a construção da maior ponte estaiada do Brasil teve um impacto significativo na economia local. O projeto gerou milhares de empregos e movimentou a economia da região durante os anos de construção. Empresas locais forneceram materiais e serviços, integrando a economia local ao projeto de maneira substancial. Medidas de sustentabilidade foram implementadas para minimizar o impacto ambiental, incluindo programas de monitoramento da fauna e flora locais.

Ponte Rio Negro transformou o cenário econômico e social de Manaus e Iranduba

Desde sua inauguração, a Ponte Rio Negro transformou o cenário econômico e social de Manaus e Iranduba. O o facilitado entre essas localidades estimulou o desenvolvimento econômico, atraindo novos negócios e fomentando o turismo. O crescimento do comércio local e o surgimento de novas indústrias têm impulsionado a economia de Iranduba, tornando-a um polo emergente de atividades econômicas.

A maior ponte estaiada do Brasil não é apenas uma conexão física entre Manaus e Iranduba, mas também um símbolo de progresso e inovação no coração da Amazônia. Com impactos profundos na economia e na sociedade local, a ponte continua a ser um exemplo brilhante de como a infraestrutura pode transformar regiões, conectando pessoas, mercados e oportunidades de maneira duradoura e significativa.

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Wilmar Junqueira de Sousa
Wilmar Junqueira de Sousa
17/07/2024 23:51

Um jornalismo sério, justo, trasparente e honesto diria em qual governo e com que recursos foi construída a ponte. Não precisa ser inteligente pra saber que a iniciativa privada deu sua parcela, mas também ganhou muito dinheiro neste empreendimento. Daí a César o que é de César!

José Geraldo
José Geraldo
18/07/2024 08:22

Bela e interessante reportagem sobre a maior ponte estaiada do Brasil. Parabéns ao povo amazonense…👏👏👏

Lino Silva
Lino Silva
Em resposta a  José Geraldo
19/07/2024 13:30

Essa Ponte demorou décadas pra sair, amigo. E só saiu porque estava atrapalhando demais o deslocamento, transporte e economia ali muito especificamente e nem podemos dizer toda a região. Os políticos locais foram pressionados e é claro que enriqueceram mais ainda com essa obra. Mas se quisessem mesmo desenvolver a região construiriam uma ponte ligando à BR 319 acabando com a Máfia das Balsas e asfaltando O MEIÃO da mesma conectando assim Via Terrestre Amazonas e Roraima ao Estado de Rondônia e cidade de Porto Velho e, portanto, ao resto do Brasil. Mas não há vontade política pois querem o povo lá dependente mesmo e O Não Desenvolvimento da Região convém a muitos. E a distância e tamanho da Ponte e seu gasto e preocupação com o Meio Ambiente nem seria uma grande desculpa e problema visto que existem construções e Pontes muito maiores mundo afora como Estados Unidos, Canadá, Europa, China e Oceania. O que falta com certeza é Vontade Política mesmo. Nossos políticos são uns incompetentes e corruptos. Dinheiro tem e se corre atrás de financiamentos. Espero que Lula enxergue essa oportunidade agora no final do seu governo e no final de sua vida antes de morrer e deixe essa próxima Ponte como seu legado na região Norte já que Bolsonaro foi um incompetente e desqualificado sem visão de futuro e não fez. Lula jamais será esquecido pelo povo do Norte do Brasil. Poderia inclusive fazer parceria com a China que é acostumada com grandes obras. Espero que ainda estejamos vivos para vermos isso.

James
James
Em resposta a  Lino Silva
19/07/2024 18:47

Santa incoerência 🤦

Elza Nice
Elza Nice
18/07/2024 09:28

Foi construída durante os governos que se preocuparam e se preocupam com o povo, e com o desenvolvimento do Brasil.

Raimundo Alves
Raimundo Alves
Em resposta a  Elza Nice
18/07/2024 15:44

Dever desses politiqueiros, nada mais de interessante nesta valiosa obra.

Lino Silva
Lino Silva
Em resposta a  Elza Nice
19/07/2024 13:52

Governos e Governantes que se preocuparam e se preocupam com o povo? Faz-me rir Senhora. Eles ficaram muito mais ricos e milionários com essa obra, não tenho a menor dúvida. Mas se esses Governos e Governantes quisessem realmente O Desenvolvimento da Região eles fariam uma Ponte ligando à BR 319 e asfaltando toda a mesma conectando até Rondônia e Porto Velho e ao resto do Brasil tirando o povo de lá do completo isolamento terrestre há séculos e integrando o povo do sofrido Norte dessa região ao restante do Brasil. Mas não há interesse nem vontade política. Espero que Lula deixe a próxima Ponte que ligará até a BR 319 como seu grande Legado, já que Bolsonaro O “Mito” INELEGÍVEL não fez. Lula NUNCA será esquecido se fizer isso. Pode até fazer uma parceria com a China que já está acostumada com grandes obras. Se você realmente conhece a realidade de hoje daquela região sabe que você foi desonesta e mal caráter. Os Governantes que estão aí, nem os daquela época, Não têm real interesse em desenvolver e integrar a região Via Terrestre com o resto do Brasil.

Lino Silva
Lino Silva
Em resposta a  Elza Nice
19/07/2024 13:58

Não teve “Desenvolvimento do Brasil” Senhora. Mal e porcamente houve uma agilização no transporte e deslocamento das pessoas e mercadorias e uma melhoria na economia local numa área muito específica ali mesmo, o que a gente nem pode dizer que foi em toda a Região pois ali é enorme. Seja mais honesta, por favor.

Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no G, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: [email protected]

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