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Mais dois poços de petróleo entram no hall da produção do offshore brasileira — Brava Energia (BRAV3) começa operar estes ativos através do FPSO Atlanta

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 15/04/2025 às 14:48
A empresa destacou que a manutenção preventiva da embarcação offshore já estava planejada no cronograma de operações. O FPSO Petrojarl I da Enauta é o grande produtor de petróleo e gás natural da empresa no Campo de Atlanta, na Bacia de Santos.
Foto: Divulgação

FPSO Atlanta entra em nova fase produtiva com a ativação de mais dois poços no campo de mesmo nome, marcando avanço estratégico da Brava Energia no pré-sal

A Brava Energia (BRAV3) deu um o importante na consolidação da sua presença no setor offshore brasileiro. Em abril de 2025, a empresa anunciou o início da produção de mais dois poços no Campo de Atlanta, na Bacia de Santos, operados através do FPSO Atlanta — navio-plataforma que já se posiciona como peça-chave no crescimento da petroleira.

Com esse movimento, a unidade operada pela Yinson e afretada pela Brava Energia ganha robustez operacional, enquanto o país reforça sua capacidade de produção de petróleo offshore com tecnologia de ponta e metas ambientais ambiciosas.

Brava Energia inicia fase de aceleração com FPSO Atlanta totalmente operacional

O marco da entrada de novos poços ocorre após o início do bombeio do primeiro óleo ter sido realizado ainda no fim de dezembro de 2023, de forma silenciosa, mas estratégica. Naquele momento, a empresa decidiu esperar o pleno comissionamento da unidade para acelerar sua produção.

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Agora, com três poços ativos, o FPSO Atlanta pode atingir uma produção inicial de até 50 mil barris por dia, com potencial de escalar ainda mais conforme o cronograma técnico avance. De acordo com informações da empresa divulgadas pelo portal InfoMoney, os dois novos poços já estão interligados, testados e operando conforme esperado.

Pré-sal ganha força com novos ativos e compradores globais

O campo de Atlanta, localizado em lâmina d’água ultraprofundas na Bacia de Santos, é uma aposta antiga da Brava — antiga Enauta — e agora é um dos ativos estratégicos da estatal privada com capital aberto.

Além do potencial geológico, há outro elemento que impulsiona o projeto: a presença de compradores globais de petróleo, como a Trafigura, uma das maiores tradings do mundo, que está adquirindo cargas diretamente de campos brasileiros do pré-sal, como o de Atlanta.

Segundo reportagem do Offshore Energy publicada em março de 2025, a Trafigura fechou contratos com players independentes, consolidando o Brasil como fornecedor confiável de óleo leve e de qualidade , especialmente em um momento de realinhamento dos mercados globais de energia.

FPSO Atlanta: engenharia de ponta a serviço da produção de petróleo nacional

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FPSO Atlanta rumo ao Brasil

O FPSO Atlanta foi projetado para operar por pelo menos 20 anos, com tecnologia de reinjeção de gás, descarbonização dos processos produtivos e capacidade de tratamento de 140 mil barris por dia.

A unidade está ancorada a cerca de 185 km da costa do Rio de Janeiro, em profundidade superior a 1.500 metros. Ela representa um marco de engenharia offshore e sustentabilidade, ao contar com sistemas que evitam a queima de gás rotineira e reduzem drasticamente as emissões de carbono, alinhando-se às diretrizes da Petrobras e da ANP.

Próximo o da Brava: dois novos poços previstos para junho

Mesmo após esse salto operacional, a Brava Energia não pretende parar. Segundo informações do Offshore Energy, dois novos poços estão previstos para entrarem em operação em junho de 2025, mantendo o cronograma adiantado da empresa e permitindo maior eficiência na utilização da planta do FPSO.

A expectativa da companhia é atingir a produção máxima de 50 mil barris por dia ainda no segundo semestre, o que colocaria o Campo de Atlanta entre os maiores produtores do país fora da Petrobras.

Aposta certeira: mercado vê com otimismo a expansão da Brava no offshore

O movimento da Brava Energia ocorre em um momento de alta valorização do petróleo e de foco crescente em ativos sustentáveis, com investidores monitorando cada o das empresas independentes brasileiras.

A sigla BRAV3, que representa os papéis da empresa na B3, tem mostrado forte desempenho desde o anúncio da operação do FPSO Atlanta, sendo considerada por analistas como uma ação com potencial de valorização nos próximos trimestres.

Ao manter um ritmo agressivo de desenvolvimento no campo de Atlanta, adotar um modelo operacional eficiente com afretamento da Yinson e garantir contratos de venda com gigantes como a Trafigura, a Brava sinaliza que quer ser muito mais que coadjuvante no cenário do offshore brasileiro.

Agora quero saber de você: o Brasil deve incentivar mais operadoras independentes a entrarem em campos do pré-sal, ou o foco deve continuar concentrado na Petrobras?

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Paulo Nogueira

Eletrotécnica formado em umas das instituições de ensino técnico do país, o Instituto Federal Fluminense - IFF ( Antigo CEFET), atuei diversos anos na áreas de petróleo e gás offshore, energia e construção. Hoje com mais de 8 mil publicações em revistas e blogs online sobre o setor de energia, o foco é prover informações em tempo real do mercado de empregabilidade do Brasil, macro e micro economia e empreendedorismo. Para dúvidas, sugestões e correções, entre em contato no e-mail informe@clickpetroleoegclickpetroleoegas-br.diariodoriogrande.com.br. Vale lembrar que não aceitamos currículos neste contato.

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