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Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 27 comentários

Marinha dos Estados Unidos está aposentando em tempo recorde os navios da Classe de Combate Litorâneo por problemas catastróficos, são feitos de alumínio e valem US$ 2 bilhões

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 13/04/2024 às 20:52
marinha dos EUA - navios -
A Marinha dos EUA anunciou recentemente que quatro desses navios serão aposentados precocemente, após estarem assolados por problemas operacionais.

Marinha dos EUA anunciou recentemente que quatro desses navios serão aposentados precocemente, após estarem assolados por problemas operacionais.

A classe de combate litorâneo da Marinha dos Estados Unidos tem sido um projeto inovador desde o seu início. Com dois modelos principais – a classe Freedom e a classe Independência – esses navios foram projetados para serem rápidos, eficientes e altamente tecnológicos. No entanto, apesar de suas características revolucionárias, a Marinha anunciou recentemente que quatro desses navios serão aposentados precocemente.

Neste artigo, vamos explorar o motivo por trás dessa decisão e analisar os desafios e inovações apresentados pela classe de combate litorâneo.

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O design futurista

Uma das características mais marcantes da classe Independência é o seu design ultra futurista. Com um casco trimarã, esse navio é composto por uma estrutura central e dois cascos laterais estreitos para aumentar a estabilidade.

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Essa configuração oferece diversas vantagens, como maior estabilidade em mares agitados e a capacidade de navegar em águas rasas. Além disso, os cascos laterais fornecem uma proteção adicional ao casco central, onde estão localizados a tripulação, o maquinário e os armamentos.

LCS-2 USS Independence class Littoral

A escolha do alumínio

Outra inovação presente na classe de combate litorâneo é a construção do casco em alumínio, em vez de aço. Embora o alumínio seja mais leve e resistente à corrosão, ele apresenta alguns desafios. O alumínio tem um ponto de fusão mais baixo e começa a perder suas propriedades estruturais em temperaturas relativamente baixas.

No entanto, a empresa responsável pela construção dos navios afirmou que o uso do alumínio proporcionou vantagens, como a localização dos danos em casos de colisões, evitando danos em outras partes da estrutura.

Problemas com a corrosão

Um dos principais problemas enfrentados pela classe de combate litorâneo é a corrosão. A interação do alumínio com outros metais, como o aço, em presença de um eletrólito, como a água do mar, pode causar corrosão galvânica. Para evitar esse problema, foram aplicados procedimentos de proteção, como pintura, isolamento elétrico e proteção catódica com ânodos de sacrifício.

No entanto, ocorreram casos de corrosão nos cascos dos navios, o que levantou críticas sobre os procedimentos de manutenção realizados pela Marinha.

Um dos principais problemas enfrentados pela classe de combate litorâneo é a corrosão

Desafios no sistema de propulsão enfrentados pela Marinha

Outro ponto de desafio para a classe de combate litorâneo é o sistema de propulsão. Esses navios possuem dois motores a diesel e duas turbinas a gás, que acionam quatro hidrojatos para atingir velocidades de até 45 nós. No entanto, a complexidade desse sistema e a necessidade de sincronização entre os diferentes componentes têm gerado problemas de manutenção. Falhas em embreagens, problemas com a lubrificação e detritos metálicos nos sistemas de filtro foram alguns dos incidentes relatados nos navios.

O futuro dos navios da classe de combate Litorâneo

Apesar dos desafios enfrentados pela classe de combate litorâneo, é importante ressaltar que esse projeto inovador a por ciclos de identificação e correção de problemas. No entanto, a decisão da Marinha de aposentar quatro desses navios indica que os custos de atualização e manutenção se tornaram inviáveis. Além disso, o desenvolvimento de uma nova classe de fragatas com mísseis guiados pode substituir a classe de combate litorâneo no futuro.

A classe de combate litorâneo da Marinha dos Estados Unidos foi um projeto inovador, buscando a velocidade, estabilidade e eficiência em suas operações. No entanto, problemas de corrosão, desafios no sistema de propulsão e a necessidade de atualizações e manutenção custosas levaram à decisão de aposentar precocemente quatro desses navios. O futuro dessa classe de navios ainda é incerto, mas certamente deixará um legado de inovação e desafios enfrentados pela Marinha dos Estados Unidos.

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Ferreira Junior
Ferreira Junior
14/04/2024 00:56

Pelo visto estes navios só podem navegar em rios, os trimarans, talvez sirvam desde que por leasing.

José Nilo Aquino
José Nilo Aquino
Em resposta a  Ferreira Junior
14/04/2024 08:22

Já já o Brasil vai comprar a buxa para usar no rio Amazonas…

Rafael
Rafael
Em resposta a  José Nilo Aquino
14/04/2024 12:28

Quem compra restos antigos dos EUA é a Argentina de Milei, vide os F16 que já viraram sucata frente aos novos caças

Sérgio
Sérgio
Em resposta a  Rafael
14/04/2024 17:29

O que mantém um avião na ativa e operacional é a aviônica dele. De nada adianta ter aviões de última geração sem transferência de tecnologia. Partindo de sua teoria, o **** fez um péssimo negócio ao comprar os gripen,mas para quem viveu 27 anos na força aérea, a visão é diferente. Abraços.

José Rodrigo
José Rodrigo
Em resposta a  Sérgio
14/04/2024 20:16

**** tb e teu ídolo né, vide os relógios, 8 de janeiro.

Joaquim
Joaquim
Em resposta a  José Rodrigo
15/04/2024 07:19

**** mesmo relogio…enquanto teu lider **** descaradamente…poxa cara pra de falar o que você não entende…

Tninja
Tninja
Em resposta a  Sérgio
15/04/2024 09:19

Os Gripen foram comprados com transferência de tecnologia… Tanto que serão fabricados aqui no Brasil futuramente

Joaquim
Joaquim
Em resposta a  Rafael
15/04/2024 07:17

**** é idi.ta mesmo…A Argentina ta melhor que o Brasil… não há **** no poder.

Marco Antônio
Marco Antônio
14/04/2024 06:05

14.04.24 – domingo – bdia; pessoas entendidas no assunto, afirmam que estes navios litorâneos são muito bons quando sua velocidade não ultraa 30nos; apos essa velocidade existem problemas serios nas engrenagens, até hoje não solucionados, e, por isso a marinha americana esta retirando de operações.

Joaquim
Joaquim
14/04/2024 10:18

Me faz lembrar a obsolescência do Minas Gerais que já o compramos sucateado, custo operacional altíssimo e eficiência duvidosa…

Lucio
Lucio
Em resposta a  Joaquim
14/04/2024 12:51

No caso vc está falando do porta aviões São Paulo, que foi comprado da França no governo FHC e não saia do cais, até que foi afundado pela Marinha do Brasil porque nenhum porto queria ele.

Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, actualmente radicado en Río de Janeiro, Brasil, con trayectoria enfocada en la cobertura de temas militares, defensa, ciencia, tecnología, energía y geopolítica. Mi objetivo es traducir información técnica y compleja en contenidos accesibles y relevantes para un público amplio, siempre manteniendo el rigor periodístico. Sou apaixonado por explorar como a tecnologia y defensa impactam a sociedade eo desenvolvimento econômico. https://muckrack.com/noel-budeguer?

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