De um projeto universitário a um império digital, Mark Zuckerberg criou o Facebook, enfrentou disputas, acumulou bilhões e agora lidera a Meta rumo à era da inteligência artificial
Mark Zuckerberg transformou uma ideia universitária em um dos maiores impérios tecnológicos do mundo. Fundador do Facebook e CEO da Meta, ele está por trás de plataformas como WhatsApp, Instagram, Threads e dos avanços no metaverso.
Sua trajetória começou com linhas de código simples ainda na adolescência e evoluiu para decisões bilionárias que moldam a forma como bilhões de pessoas se comunicam, consomem informação e interagem online.
Mark Zuckerberg acumula conquistas, polêmicas e, conforme a Bloomberg, tem uma fortuna de mais de US$ 211 bilhões (a quantia da fortuna varia de acordo com a fonte).
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Mark Zuckerberg levou apenas cerca de quatro anos para se tornar bilionário. Em 2008, aos 23 anos, entrou na lista da Forbes com uma fortuna estimada em US$ 1,5 bilhão.
Sua história mistura genialidade precoce, disputas judiciais, ambições futuristas e influência global.
Do dormitório em Harvard ao centro do debate sobre privacidade, desinformação e inteligência artificial, ele segue sendo uma das figuras mais poderosas — e controversas — da era digital.
Aos 12 anos, ele criou um sistema de mensagens para o consultório do pai. Aos 19, lançou uma rede social em um dormitório universitário. Aos 23, tornou-se bilionário. Hoje, com 40 anos, Mark Zuckerberg está à frente de uma das maiores empresas de tecnologia do planeta.
Responsável pelo Facebook, WhatsApp, Instagram, Threads, Reality Labs e Meta Quest, ele comanda a Meta, grupo que tem mais de 3 bilhões de usuários conectados diariamente. Esta é a história completa do criador da rede social mais famosa do mundo.
Infância de Mark Zuckerberg
Mark Elliot Zuckerberg nasceu em 14 de maio de 1984, em White Plains, Nova York.
Cresceu na vila de Dobbs Ferry com três irmãs — Randi, Donna e Arielle — em uma família com boa formação educacional e financeira.
Seu pai, Edward, era dentista e mantinha um consultório em casa. A mãe, Karen, era psiquiatra, mas deixou a profissão para se dedicar à família.
Desde cedo, Zuckerberg demonstrou talento com computadores. Aos 12 anos, criou o “Zucknet“, um sistema de mensagens usando Atari BASIC, que permitia à recepcionista do consultório avisar quando um paciente chegava.
O sistema também foi usado pela família em casa.
Com o tempo, ele começou a desenvolver jogos com amigos que desenhavam os personagens.
O interesse foi tanto que seus pais contrataram o professor David Newman para aulas particulares de informática. Mesmo assim, o professor achava difícil acompanhá-lo.
Educação avançada antes da universidade
Zuckerberg frequentou a Ardsley High School e fazia aulas extras de informática no Mercy College.
Depois, estudou na exclusiva Phillips Exeter Academy, em New Hampshire. Lá, foi capitão da equipe de esgrima, mas manteve o foco em computadores.
Como projeto de conclusão, criou o Synapse, um software musical semelhante ao Pandora. Grandes empresas, como AOL e Microsoft, tentaram comprar o projeto e contratar o jovem, mas ele recusou todas as ofertas.
Em 2002, foi aceito em Harvard. Ganhou fama no campus por sua habilidade com programação.
Criou o CourseMatch, que ajudava alunos a escolher disciplinas com base nas escolhas de outros.
Depois lançou o Facemash, que comparava fotos de estudantes para decidir quem era mais atraente. Foi um sucesso, mas removido pela universidade por ser considerado impróprio.
A criação do Facebook
Com base na fama que ganhou por seus projetos, três colegas — Divya Narendra e os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss — convidaram Zuckerberg para programar uma rede social chamada HarvardConnection.
Ele aceitou inicialmente, mas depois abandonou o projeto e começou a trabalhar em sua própria plataforma.
Em fevereiro de 2004, Zuckerberg lançou o TheFacebook com os amigos Dustin Moskovitz, Chris Hughes e Eduardo Saverin.
O projeto funcionava no dormitório de Harvard. Em poucos meses, já tinha 1 milhão de usuários.
Em junho, Zuckerberg deixou a universidade e mudou a empresa para Palo Alto, na Califórnia.
Crescimento e investimentos
Em 2005, a empresa retirou o “The” do nome e ou a se chamar apenas Facebook.
Recebeu um investimento de US$ 12,7 milhões da Accel Partners e começou a abrir a plataforma para mais universidades, escolas e usuários internacionais. Até o fim de 2005, já contava com 5,5 milhões de usuários.
Empresas como Yahoo! e MTV Networks demonstraram interesse em comprar o Facebook, mas Zuckerberg recusou. Preferiu manter o controle e expandir os recursos da plataforma.
A polêmica com os fundadores da ConnectU
Logo após o lançamento do Facebook, os fundadores do HarvardConnection processaram Zuckerberg, acusando-o de roubar a ideia e o código-fonte.
Ele negou, mas e-mails e mensagens revelaram que ou contas de jornalistas para tentar impedir a divulgação da acusação.
Em setembro de 2004, os gêmeos Winklevoss e Narendra entraram com ação judicial.
A disputa foi resolvida em 2008 com um acordo de US$ 65 milhões, mas só terminou de fato em 2011. As mensagens vazadas mostravam que Zuckerberg cogitou compartilhar dados de usuários com amigos. Depois, ele pediu desculpas e disse que amadureceu.
Filme “A Rede Social”
Em 2010, a história da criação do Facebook chegou aos cinemas com o filme “A Rede Social”, baseado no livro “Bilionários Acidentais”, de Ben Mezrich. O longa fez sucesso, mas foi criticado por Zuckerberg.
Segundo ele, a narrativa era fantasiosa, especialmente a parte que sugeria que criou o Facebook para impressionar garotas.
À época, ele já namorava sua atual esposa, Priscilla Chan. O bilionário disse que os figurinos estavam corretos, mas o roteiro distorcia os fatos.
Apesar disso, 2010 foi um ano de reconhecimento. Ele foi eleito “Pessoa do Ano” pela revista Time e liderou a lista de negócios da Vanity Fair.
Abertura de capital e novas aquisições
Em maio de 2012, o Facebook abriu capital. A oferta pública inicial (IPO) arrecadou US$ 16 bilhões, avaliando a empresa em US$ 104 bilhões — um dos maiores IPOs da internet. Nos dias seguintes, as ações oscilaram, mas Zuckerberg resistiu à pressão.
Em 2013, o Facebook entrou na lista Fortune 500. Com 28 anos, Zuckerberg tornou-se o CEO mais jovem do ranking.
No mesmo ano, o Facebook comprou o Instagram por US$ 1 bilhão.
A startup tinha apenas 13 funcionários. A aposta se mostrou certeira. O Instagram ultraou 2 bilhões de usuários.
Em 2014, a empresa comprou o WhatsApp por US$ 19 bilhões. Em 2019, Zuckerberg iniciou a integração técnica entre WhatsApp, Instagram e Facebook Messenger.
Essa decisão levou à saída dos fundadores do WhatsApp, mas ajudou a popularizar ainda mais o aplicativo, que hoje tem quase 3 bilhões de usuários.
Mark Zuckerberg já tevee escândalos, política e o caso Libra
Em 2019, o Facebook anunciou sua entrada no mercado de criptomoedas com a Libra.
A proposta era criar uma moeda digital global. Para isso, formou a Libra Association com parceiros como Spotify e Andreessen Horowitz.
Zuckerberg foi convocado a depor no Congresso dos EUA.
O projeto enfrentou forte resistência de reguladores, principalmente após escândalos como o da Cambridge Analytica. Em 2022, o projeto foi encerrado e rebatizado como Diem.
Críticas por desinformação e discurso de ódio
Nas eleições de 2020, o Facebook prometeu combater a desinformação com verificadores independentes. Ainda assim, foi criticado por permitir fake news sobre política e COVID-19.
Em maio daquele ano, Zuckerberg se recusou a remover posts de Donald Trump com informações falsas sobre votação e ataques a manifestantes.
Isso provocou uma greve virtual entre funcionários. O CEO defendeu sua postura como compromisso com a liberdade de expressão.
Mais tarde, o Facebook suspendeu anúncios políticos por uma semana antes das eleições. Após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, a conta de Trump foi banida por tempo indefinido. A suspensão foi revertida dois anos depois.
Zuckerberg voltou a testemunhar no Congresso, negou que a plataforma tivesse incentivado o motim, mas reconheceu a necessidade de ações contra a desinformação.
Rebranding e o nascimento da Meta
Em 2021, a empresa ou por uma grande mudança.
Em outubro, Zuckerberg anunciou que o Facebook se chamaria Meta. A mudança fazia parte da tentativa de distanciamento das polêmicas e focar em um novo futuro digital.
A Meta ou a investir pesado em realidade virtual. Lançou o metaverso, com plataformas como Roblox, Fortnite e The Sandbox. Também desenvolveu os óculos Ray-Ban Stories e investiu em IA com modelos de código aberto.
Em janeiro de 2025, Zuckerberg anunciou o maior investimento da história da empresa: US$ 60 bilhões em inteligência artificial. O plano inclui a construção de um data center de 375 mil metros quadrados na Louisiana.
Fortuna e patrimônio
Em 09 de maio de 2025, Mark Zuckerberg tinha um patrimônio de US$ 211 bilhões, segundo a Bloomberg.
Ele é bilionário desde 2008, quando tinha apenas 23 anos. Após o IPO de 2012, sua fortuna cresceu ainda mais. Hoje, detém 13% das ações da Meta e é um dos maiores acionistas da OpenAI.
Zuckerberg possui ainda um complexo de US$ 270 milhões no Havaí, chamado Koolau Ranch, com 1.400 acres e um abrigo subterrâneo de 5.000 pés quadrados.
Mesmo com tantos desafios, acusações, mudanças e transformações tecnológicas, Zuckerberg segue à frente de uma das empresas mais influentes do mundo. Agora, com foco em inteligência artificial e o metaverso, ele continua moldando o futuro da tecnologia global.
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