1. Início
  2. / Construção
  3. / Megaobra histórica no Brasil! Transposição do Rio São Francisco traz esperança ao Nordeste com 477 km de canais, combatendo a seca em uma das maiores expansões hídricas do mundo
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 17 comentários

Megaobra histórica no Brasil! Transposição do Rio São Francisco traz esperança ao Nordeste com 477 km de canais, combatendo a seca em uma das maiores expansões hídricas do mundo

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 17/12/2024 às 07:31
Transposição do Rio São Francisco traz esperança ao Nordeste com 477 km de canais
Foto gerada por IA

Conheça a megaobra de transposição do Rio São Francisco. Projeto hídrico conta com 477 km de canais de extensão e revoluciona o combate à seca no Nordeste.

Megaobra no Nordeste: A transposição do Rio São Francisco é uma das maiores obras de infraestrutura hídrica do Brasil, projetada para reduzir os impactos da seca no Nordeste e levar água a regiões historicamente afetadas pela escassez. Com 477 km de canais de concreto já construídos, o projeto está dividido em dois eixos principais: Norte e Leste, beneficiando milhões de pessoas em estados como Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A expectativa, porém, é que o alcance da obra seja ampliado. Atualmente, novas etapas estão em andamento, e um projeto complementar está previsto para ser iniciado em 2025, reforçando a importância da transposição para a segurança hídrica e o desenvolvimento sustentável da região.

A transposição do Rio São Francisco

A primeira menção ao projeto hídrico de transposição do Rio São Francisco ocorreu na década de 1840 durante o império do Brasil. Dom Pedro II, em visita ao Nordeste, foi apresentado a ideia de canalizar as Águas do São Francisco para regiões afetadas pelas secas. Contudo, as limitações técnicas e financeiras da época impediram que a megaobra fosse adiante. 

Dia
ATÉ 90% OFF
💘 Dia dos Namorados Shopee: até 20% OFF com o cupom D4T3PFT! Só até 11/06!
Ícone de Episódios Comprar
YouTube Video

A devastadora seca de 1877 a 1879, que dizimou cerca de 10% da população do Ceará, reascendeu o debate sobre a viabilidade da transposição do Rio São Francisco. Durante a seca, engenheiros foram enviados à região para estudar possíveis soluções. A construção de açudes e barragens como o açude do Cedro foi uma das alternativas propostas.

Apesar disso, a transposição do Rio São Francisco continuava a ser vista como a solução definitiva para o problema da seca, porém o projeto hídrico enfrentou inúmeras dificuldades ao longo das décadas seguintes, sendo retomado apenas no século XX com avanços na tecnologia e na engenharia.

O projeto moderno da transposição do Rio São Francisco começou a ganhar a forma em 1985, no departamento Nacional de obras e saneamento. Em 1999 o projeto foi transferido para o Ministério da Integração Nacional. Embora considerado estratégico para o Nordeste, a megaobra enfrentou disputas judiciais e burocráticas que atrasaram seu início. 

Entenda como é composta a Megaobra do Nordeste

Em Julho de 2007 as obras começaram, marcando o início de uma das maiores construções hídricas do mundo.

Originalmente a transposição do Rio São Francisco previa a construção de 699 km de canais e diversos ramais adicionais. No entanto, os governos Lula e Dilma reduziram o projeto hídrico para 477 km, cerca de 68% do plano Inicial.

Essa mudança ainda incluiu a construção de infraestrutura monumental, como 13 aquedutos, 9 estações de bombeamento, 27 reservatórios e 4 túneis, sendo o Cuncas 1, o maior da América Latina, com 15 km de extensão.

O eixo Norte com 260 km de extensão e o eixo Leste com 217 km, foram os dois principais componentes do projeto. O eixo Norte Visa alimentar importantes rios e açudes, enquanto o eixo Leste fornece água para o Sertão e o Agreste. Esses eixos são fundamentais para garantir o abastecimento de água em regiões que historicamente sofrem com a seca.

Transposição do São Francisco terá PPP em 2025

Vale mencionar que o governo federal está prestes a fechar um contrato de gestão das águas da transposição do rio São Francisco com os quatro estados beneficiados pelo projeto, sendo eles Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Paralelamente à do contrato, entrará em fase decisiva a modelagem de uma parceria público-privada (PPP) para operação dos dois eixos (Norte e Leste) da transposição, que hoje é feita pela Secretaria Nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

A PPP significa que a futura empresa responsável pela gestão e operação das águas também receberá aportes públicos para fechar as contas do projeto. Segundo Waldez, um dos compromissos a serem assumidos pela concessionária é a instalação de novos conjuntos de bombas de elevação das águas do projeto hídrico.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos