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Mesmo com rumores de erro de projeto na Starship, Elon Musk afirma que ‘irá a Marte no ano que vem’

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 14/04/2025 às 11:58
Starship enfrenta falhas, mas Musk mantém confiança. Marte está mais perto do que nunca com promessas de Elon Musk e os planos da SpaceX.
Starship enfrenta falhas, mas Musk mantém confiança. Marte está mais perto do que nunca com promessas de Elon Musk e os planos da SpaceX.

O maior foguete do mundo enfrenta desafios técnicos, mas Elon Musk mantém suas promessas sobre a colonização de Marte, criando expectativas sobre o futuro da exploração espacial.

A Starship, o maior foguete do mundo desenvolvido pela SpaceX, enfrentou um de seus maiores contratempos recentemente.

Após duas explosões consecutivas, surgiram especulações sobre possíveis falhas no projeto da nave, questionando o futuro de sua missão até Marte.

Contudo, o CEO da SpaceX, Elon Musk, não hesitou em desmentir os rumores, garantindo que o lançamento rumo ao planeta vermelho ocorrerá no próximo ano, conforme o plano original.

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Em uma declaração recente, Musk foi enfático ao afirmar: “A Starship partirá para Marte no final de 2026, levando o Optimus como carga”, referindo-se aos robôs humanoides desenvolvidos pela Tesla.

O empreendededor também apontou que, se as missões não tripuladas forem bem-sucedidas, a chegada de humanos a Marte poderá acontecer entre 2029 e 2031.

Embora os prazos pareçam ambiciosos, eles não são meramente especulativos, já que a viabilidade dos lançamentos depende das janelas de lançamento entre a Terra e Marte, que acontecem a cada 26 meses, quando a posição relativa dos planetas permite uma trajetória mais eficiente e um menor consumo de combustível.

A próxima janela de lançamento está prevista para abrir em novembro de 2026.

Nesse contexto, a SpaceX planeja enviar, ao todo, cerca de cinco Starships não tripuladas a Marte, com o objetivo de preparar o terreno para futuras missões tripuladas.

O tempo de viagem entre a Terra e o planeta vermelho seria de aproximadamente seis meses, com os foguetes chegando a Marte pouco antes da data de lançamento da missão Artemis III da NASA, que marcará o retorno dos seres humanos à Lua, previsto para 2025.

A Starship também no programa lunar da NASA

A Starship, além de ser uma peça central na ambiciosa missão de exploração de Marte, desempenha um papel fundamental no programa lunar da NASA, sendo a principal candidata para levar astronautas à Lua durante a missão Artemis.

No entanto, Elon Musk tem se mostrado cada vez mais crítico ao foco da NASA na Lua, considerando-a uma “distração”.

Para Musk, o objetivo de longo prazo da SpaceX é a colonização de Marte, uma meta que ele acredita ser mais significativa e que também foi adotada por figuras políticas, como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nesse sentido, a busca por Marte continua a ser uma prioridade para a SpaceX, deixando o futuro do programa Artemis em um cenário incerto.

A Starship ainda enfrenta desafios técnicos

No entanto, apesar do otimismo de Musk e dos avanços em diversas frentes, a Starship não está imune a desafios técnicos.

Em janeiro deste ano, a nave sofreu uma série de falhas durante testes de voo com a versão mais recente de seu segundo estágio, o Starship Block 2.

O foguete, que tem impressionantes 123 metros de altura, falhou em dois testes consecutivos:

  • O voo 7 sofreu um grave acidente devido a “oscilações harmônicas” nos tubos de combustível, que levaram a um vazamento de propelentes, seguido de um incêndio no motor e a desintegração da nave.
  • No voo 8, uma falha conhecida como “evento energético” resultou na perda de vários motores, fazendo com que a nave perdesse o controle e fosse obrigada a se autodetonar.

Essas falhas resultaram em uma série de rumores sobre o estado da Starship e possíveis falhas de design que poderiam comprometer o futuro da nave.

Imagens vazadas de fontes anônimas mostraram a Starship 34, a versão do foguete envolvida no voo 8, com vários motores danificados após a explosão.

De acordo com um vazador misterioso, a causa das falhas seria a mesma nos dois voos: as vibrações nos tubos que transportam combustível e oxigênio para os motores a vácuo Raptor (RVac), uma falha estrutural grave no projeto.

Esse problema ocorre, aparentemente, quando os tanques de combustível ficam vazios, após a separação dos estágios do foguete.

Com os tanques vazios, as vibrações nos tubos de combustível aumentam, causando rupturas que comprometem a integridade da nave.

As vibrações nos tubos, que funcionam como uma “carga dinâmica” dentro do foguete, se tornam mais intensas quando os tanques de combustível estão vazios, o que pode levar a falhas catastróficas.

O compartimento do motor, uma seção não pressurizada da nave, localizada na parte inferior do foguete, foi apontada como a área mais crítica para esse problema.

A SpaceX já indicou que modificações podem ser feitas em futuras versões do foguete, possivelmente alterando o design da “popa” (parte traseira da nave), onde esse problema se manifesta.

Musk desvia dos rumores e mantém os planos de Marte

Apesar dos contratempos e dos rumores de falhas de design, Elon Musk se mostrou confiante em relação ao futuro da Starship.

Durante uma coletiva de imprensa, ele afirmou que o voo 8 foi apenas um “pequeno contratempo”, e que a nave estará pronta para realizar novos testes já no próximo mês.

A SpaceX continua trabalhando para aperfeiçoar a Starship e tornar a missão a Marte uma realidade no curto prazo.

O objetivo de Musk e sua equipe é claro: colonizar Marte e tornar a SpaceX a primeira empresa a enviar humanos a outro planeta.

Para isso, a Starship desempenha um papel central, não apenas como um veículo de transporte, mas como uma plataforma para desenvolver as tecnologias necessárias para sustentar a vida humana em Marte e além.

Os próximos os envolvem intensificar os testes de voo, melhorar a engenharia do foguete e, eventualmente, colocar a nave em órbita para alcançar o planeta vermelho.

O futuro das viagens interplanetárias

A missão da Starship para Marte é uma das mais ambiciosas da história da exploração espacial.

Caso a missão não tripulada em 2026 seja bem-sucedida, ela marcará o início de uma nova era para a exploração interplanetária.

A SpaceX tem como objetivo transformar Marte em uma segunda casa para a humanidade, um sonho que, embora ainda pareça distante, já começa a tomar forma com as inovações da Starship.

Com o progresso da tecnologia espacial e o aprimoramento dos foguetes, a possibilidade de viagens mais longas e complexas se torna cada vez mais real.

A colonização de Marte, com suas complexidades e desafios, exigirá não apenas inovações tecnológicas, mas também soluções criativas para os problemas ambientais, logísticos e de sustentabilidade que surgirão.

Por mais otimista que Elon Musk seja, a realidade das viagens espaciais é repleta de incertezas.

No entanto, o entusiasmo com o projeto da Starship e a promessa de uma viagem a Marte geram um novo horizonte para a exploração do espaço, despertando o interesse de cientistas, engenheiros e até mesmo o público em geral.

E você, acredita que a SpaceX conseguirá cumprir a meta de levar humanos a Marte dentro de uma década?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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