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Milionário da tecnologia constrói vila com 99 casas para moradores de rua

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 13/05/2025 às 12:14
Milionário
Foto: Reprodução

Após vender sua empresa de tecnologia, Marcel LeBrun investiu milhões para criar uma vila com 99 casas sustentáveis destinadas a moradores de rua

No Canadá, um empresário do setor de tecnologia decidiu investir milhões de dólares em um projeto social inusitado: uma vila com pequenas casas para moradores de rua.

O responsável pela ideia é Marcel LeBrun, ex-CEO e cofundador da empresa Radian6, que após vender o negócio para a Salesforce em 2011, mudou completamente de rumo.

De executivo de tecnologia à filantropo prático

Marcel LeBrun transformou parte de sua fortuna pessoal em uma ação concreta contra a crise habitacional no Canadá.

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Após anos no mundo corporativo, ele decidiu usar seus recursos para construir 99 pequenas casas para pessoas em situação de rua em Fredericton, New Brunswick.

Segundo ele, o sucesso não veio apenas do esforço individual. “Ganhei na loteria dos pais, na loteria da educação, na loteria do país”, disse à revista Macleans.

Para ele, grande parte da sua conquista foi recebida, não conquistada.

Antes de iniciar a construção da vila, LeBrun viajou por diferentes países — Estados Unidos, Canadá e Gana — para observar o que funcionava no combate à falta de moradia.

O modelo que mais chamou sua atenção foi o das comunidades de casas minúsculas, que oferecem moradia digna e autonomia aos moradores.

Casas compactas, mas completas

O projeto recebeu o nome de 12 Neighbours e começou com a construção de 12 casas, cujas histórias foram compartilhadas por LeBrun.

Hoje, o número já ultraou 100. Cada casa tem cerca de 22 metros quadrados e inclui sala/quarto, cozinha completa, banheiro com três peças, varanda e painéis solares no telhado.

As unidades foram construídas em um terreno de 26 hectares na margem norte do Rio Saint John, onde antes funcionava uma área de corte de árvores.

A localização também foi escolhida estrategicamente: próxima a uma linha de ônibus, comércios e trilhas naturais. O espaço tornou-se um novo bairro em Fredericton, cercado por natureza e ível ao centro urbano.

Mais do que moradia: uma comunidade viva

Além das casas, LeBrun e seus parceiros construíram um centro de negócios sociais. No local, há café, lojas de varejo, oficinas, jardins comunitários e espaço para pequenos empreendimentos liderados pelos próprios moradores.

O centro foi inaugurado logo após a conclusão da última casa.

Para LeBrun, o problema da assistência social está no modelo tradicional. “Muitos dos nossos sistemas oferecem e quando alguém demonstra suas deficiências. Então, à medida que avançam em direção ao sucesso, o e desaparece”, afirmou em entrevista à revista de ex-alunos da Universidade de New Brunswick.

Ele propõe uma visão oposta, inspirada no mundo dos negócios: investimentos que crescem conforme o progresso. O objetivo é oferecer e contínuo, mesmo quando os moradores começam a prosperar.

Aluguel ível e dignidade garantida

O aluguel das casas é calculado em 30% da renda do morador, o que geralmente significa um valor inferior a US$ 200 por mês.

Isso já inclui contas de serviços, como eletricidade, água e internet. A ideia é garantir uma moradia estável e ível, sem sobrecarregar os beneficiados.

LeBrun bancou a maior parte do projeto com seu próprio dinheiro. Empresas da região e organizações religiosas também contribuíram.

Um grupo religioso, por exemplo, doou um espaço de 740 metros quadrados que foi transformado em armazém de fabricação das casas. O local emprega trabalhadores com salários justos.

Depoimentos emocionantes dos moradores

A comunidade já acolhe pessoas entre 18 e 70 anos.

Muitos vivem sozinhos. A sobriedade não é exigida, mas há serviços de aconselhamento sobre uso de substâncias disponíveis no local.

Marla Bruce, uma das primeiras moradoras, falou sobre a mudança em sua vida. “Há um ano, eu era morador de rua. Agora tenho um lar. Tenho paz.

Aqui há um forte senso de comunidade. Marcel tem um coração e uma paixão pelo que faz”, disse ela à revista de ex-alunos.

Educação e trabalho também fazem parte

A organização 12 Neighbours também oferece programas de desenvolvimento pessoal. Os moradores podem concluir o ensino médio, buscar novas oportunidades de emprego ou trabalhar em projetos internos.

Alguns atuam na cafeteria pop-up da comunidade. Outros trabalham na gráfica que produz materiais para a própria organização.

A proposta não é apenas fornecer um teto, mas também oferecer caminhos de crescimento pessoal e profissional. Tudo isso ocorre dentro da própria comunidade, onde os recursos são compartilhados e os talentos são valorizados.

Liderança presente e comprometida

Marcel LeBrun segue envolvido no dia a dia da vila. Ele aparece com frequência na propriedade e continua investindo tempo e dinheiro no projeto. “Construir uma comunidade e estar em uma comunidade é inerentemente gratificante”, disse ele ao site Green Matters.

Em suas palavras, o envolvimento vai além da caridade financeira. “A palavra ‘filantropia’ é frequentemente interpretada como alguém que doa dinheiro. Mas as raízes gregas das palavras ‘philos’ e ‘anthropos’ significam amar os humanos. O que descobri é que gastar dinheiro é fácil, gastar a si mesmo é difícil”, refletiu LeBrun. “O projeto 12 Neighbours é a melhor maneira de me gastar.”

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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