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Cidade brasileira com apenas 28 mil habitantes descobre diamante de 647 quilates avaliado em R$ 16 milhões: a segunda maior pedra preciosa já registrada no país

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 06/06/2025 às 08:02
Minas Gerais revela diamante de 647 quilates avaliado em R$ 16 milhões: a segunda maior pedra preciosa já registrada no país
Foto: IA

Um diamante de 647 quilates foi encontrado em Coromandel, Minas Gerais. Avaliado em R$ 16 milhões, é o segundo maior diamante já registrado no Brasil. Entenda a descoberta histórica.

A cidade mineira de Coromandel, localizada no Alto Paranaíba, voltou a ocupar os holofotes nacionais após a descoberta de um impressionante diamante de 647 quilates, avaliado em cerca de R$ 16 milhões. Considerada a segunda maior pedra preciosa já registrada no Brasil, a gema foi extraída da zona rural do município, na região conhecida como Douradinho. O achado reforça a reputação histórica de Coromandel como um dos principais polos diamantíferos do país.

Com pouco mais de 28 mil habitantes, segundo o IBGE, o município mineiro reafirma sua vocação natural para a mineração de alto valor. A seguir, você entenderá todos os detalhes sobre o achado, sua importância econômica, histórica e geológica, bem como os impactos para a região.

O diamante de 647 quilates: uma descoberta rara e valiosa

O diamante encontrado em MG tem aproximadamente 647 quilates, o que corresponde a mais de 129 gramas. Trata-se de uma gema rara, com coloração marrom visível logo após a extração. A confirmação da natureza da pedra foi realizada por uma engenheira de mineração da própria região, especialista em análise geológica, embora sua identidade não tenha sido divulgada.

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 Foto: Reprodução/Redes Sociais

A descoberta ocorreu há cerca de dez dias e foi mantida sob sigilo até a confirmação oficial. O prefeito de Coromandel, Fernando Breno (PRD), foi quem confirmou publicamente o feito, destacando o papel histórico da cidade na mineração de diamantes. A análise técnica concluiu que se tratava de uma gema legítima, e a notícia rapidamente se espalhou por toda a cidade e pela mídia nacional.

Valor estimado: R$ 16 milhões — mas poderia ser mais

De acordo com fontes locais, o diamante de 647 quilates já teria sido vendido por R$ 16 milhões. No entanto, como ressaltam especialistas, o valor de mercado de uma gema dessa magnitude pode variar enormemente.

Segundo o geólogo e gemólogo Daniel Fernandes, que viralizou nas redes ao comentar sobre a pedra, a avaliação precisa depende de diversos fatores: cor, pureza, lapidação e origem. “Uma mesma gema pode receber avaliações distintas dependendo de quem está analisando. Se fosse uma pedra branca ou rosa, por exemplo, o valor poderia ser ainda maior”, explicou Fernandes, formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

A coloração marrom visível na imagem divulgada logo após a extração pode não refletir a verdadeira tonalidade do diamante. Fernandes destacou que a gema pode estar encoberta por sedimentos, o que pode alterar a percepção visual inicial. “Ela pode ser mais clara ou até esbranquiçada após a limpeza”, afirmou.

Essa análise preliminar ainda gera expectativa sobre o potencial de valoração final da pedra após tratamento e possível lapidação.

A cidade de Coromandel: terra dos maiores diamantes do Brasil

descoberta do segundo maior diamante do Brasil não é um fato isolado em Coromandel. A cidade já havia registrado anteriormente outros dois achados históricos:

  • Diamante Getúlio Vargas (1938): com 728 quilates, é considerado o maior diamante já encontrado no Brasil. Foi extraído no rio Santo Antônio, também na zona rural da cidade.
  • Outro diamante acima de 600 quilates também foi localizado na mesma região, ocupando o terceiro lugar no ranking nacional.

Com essas três descobertas, Coromandel consolida sua posição como o município com os maiores diamantes já registrados no país, sendo apelidada por muitos como a “capital brasileira das pedras preciosas”.

O rio Douradinho e a tradição do garimpo na região

A descoberta ocorreu especificamente no leito do rio Douradinho, uma área de garimpo tradicional na zona rural de Coromandel. A cidade abriga diversas empresas de mineração, cooperativas e garimpos artesanais, que movimentam a economia local e empregam centenas de trabalhadores.

De acordo com o prefeito Fernando Breno, a atividade mineradora está profundamente enraizada na identidade cultural e econômica do município. “Nossa terra é muito rica. Há tempos um diamante desse porte não era descoberto”, disse o gestor.

Repercussão e orgulho local: “um presente de Deus”

A notícia da descoberta gerou grande euforia na cidade. Autoridades locais e moradores descreveram o evento como algo “histórico” e “inesquecível”. “Foi algo muito diferente, que realmente chamou a atenção de todos. É um presente de Deus para a nossa natureza”, afirmou uma fonte ligada ao Executivo municipal.

O clima de festa e orgulho tomou conta da região. A cidade, que já possui um monumento em homenagem ao diamante Getúlio Vargas, poderá agora ver sua história renovada com uma nova relíquia mineral.

Origem geológica dos diamantes em Minas Gerais

Minas Gerais é um dos estados com maior potencial geológico para a ocorrência de diamantes no Brasil. A origem dessas pedras preciosas está associada a formações rochosas profundas, chamadas de quimberlitos — tubos vulcânicos que trazem o mineral à superfície após milhões de anos de atividade geológica.

Na região de Coromandel, essas formações são abundantes, o que justifica a frequência com que diamantes são encontrados, tanto por empresas quanto por garimpeiros artesanais. O município integra a província diamantífera do Alto Paranaíba, reconhecida pelo Serviço Geológico do Brasil (RM) como uma das áreas mais promissoras para mineração de gemas no país.

Aspectos legais e regulação da mineração

No Brasil, a mineração de diamantes — seja por empresas ou cooperativas — está sujeita à regulação da Agência Nacional de Mineração (ANM). Para explorar legalmente essas áreas, é necessário um título minerário válido e um plano de lavra aprovado.

A ANM não confirmou oficialmente a empresa responsável pela extração do diamante de 647 quilates, mas, segundo a Prefeitura de Coromandel, a área era explorada por um empreendimento regularizado. Após a análise da engenheira de mineração, a autenticidade da gema foi atestada de acordo com os critérios técnicos exigidos.

Impacto econômico para a cidade e para o país

Embora o valor da venda do diamante de 647 quilates possa representar um impulso financeiro momentâneo, seu impacto vai além da transação. A descoberta gera:

  • Valorização das áreas de garimpo locais
  • Atração de novos investimentos em mineração
  • Fortalecimento do turismo temático e histórico
  • Incentivo à capacitação de profissionais da área

Além disso, a visibilidade da descoberta aumenta o interesse da mídia internacional e de compradores estrangeiros por diamantes brasileiros.

Tradição cultural e artística: quando a pedra vira canção

O achado em Coromandel não apenas tem valor econômico, mas também simbólico e cultural. O prefeito mencionou uma música do compositor Goiá, que homenageia os garimpeiros e destaca o papel da cidade como berço das maiores pedras preciosas do país:

“Coromandel, o fragmento mais radioso, o diamante mais formoso dos garimpos do Brasil.”

Esses elementos reforçam o orgulho do povo mineiro e fortalecem a identidade local em torno da mineração.

Como é feita a avaliação de um diamante?

Avaliar um diamante é uma tarefa complexa e exige critérios técnicos específicos. Entre os principais parâmetros considerados estão:

  • Peso em quilates: quanto maior, mais valioso.
  • Cor: diamantes brancos, azuis e rosas são mais raros e caros.
  • Clareza (pureza): menor número de inclusões (imperfeições) internas.
  • Lapidação: influencia o brilho e o valor final de mercado.
  • Origem: gemas naturais têm mais valor que sintéticas.

O diamante de Coromandel ainda ará por processos de limpeza e eventual lapidação. Após esse processo, o valor de mercado poderá ser significativamente revisto.

Diamantes no Brasil: onde mais são encontrados?

Além de Minas Gerais, outros estados brasileiros com produção relevante de diamantes são:

  • Mato Grosso
  • Pará
  • Bahia
  • Rondônia

Contudo, a maioria dos diamantes de grande porte já registrados no país tem origem em Minas Gerais, mais especificamente na região do Alto Paranaíba.

A descoberta do diamante de 647 quilates em Minas Gerais reforça o protagonismo do Brasil no cenário global de pedras preciosas. Avaliado em R$ 16 milhões, o achado não apenas representa a segunda maior pedra preciosa já registrada no país, mas também renova a importância histórica, econômica e cultural da cidade de Coromandel como um verdadeiro celeiro de riquezas naturais.

Enquanto especialistas ainda analisam o real valor da gema, o impacto da descoberta já é sentido na cidade e reverbera em todo o Brasil como símbolo da abundância mineral do território nacional. A natureza, mais uma vez, provou que guarda seus maiores tesouros nas profundezas do solo mineiro.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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