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Mistério no fundo da terra! Fóssil de monstro marinho descoberto em mina de Marrocos pode ser uma farsa – exame revelará a verdade por trás dessa história incrível!

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 01/02/2025 às 00:01
Atualizado em 31/01/2025 às 23:44
Fóssil de monstro marinho descoberto em mina de Marrocos pode ser uma farsa
(Imagem: University of Alberta)

Fóssil de monstro marinho encontrado em mina de Marrocos em 2021 a por uma grande polêmica. Após várias diferenças serem encontradas, fóssil a por testes para confirmar sua veracidade. 

Em 2021, uma nova espécie de mosassauro, monstro marinho que nunca havia sido documentada, foi descrita. Seus dentes, tão afiados que formavam o que parecia ser uma “lâmina de serra”, habitavam as águas do Marrocos há cerca de 66 milhões de anos. Contudo, novas evidências sugerem que a criatura descoberta em mina de Marrocos poderia ser baseada em um Fóssil de monstro marinho falso.

Entenda a polêmica por trás do fóssil de monstro marinho

Um grupo de cientistas exigiu tomografias computadorizadas de restos mortais disponíveis para que seja verificada a autenticidade da mandíbula encontrada em mina de Marrocos, estimada entre 72,1 e 66 milhões de anos. Isso acontece porque surgiram diferenças que apontam para uma possível modificação.

Segundo Henry Sharpe, autor principal do novo estudo e pesquisador da Universidade de Alberta, caso a fraude no fóssil de monstro marinho seja confirmada, deve ser estabelecido na literatura científica que é uma falsificação.

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Os pesquisadores responsáveis pelo estudo original descreveram a espécie encontrada na mina, chamada Xenodens calminechari, por meio de fragmentos parciais da mandíbula e quatro dentes associados. Este fóssil de monstro marinho foi encontrado em uma mina de fosfato na província marroquina de Khouribga. 

A partir desses dentes, a equipe destacou a singularidade da espécie. Contudo, tais afirmações são agora o foco de um novo estudo publicado em novembro do último ano na revista The Anatomical Record.

Entenda como era o monstro marinho encontrado na mina de Marrocos

Os mosassauros eram répteis marinhos predadores que dominavam os oceanos durante o período Cretáceo, entre 145 e 66 milhões de anos atrás. Esses variavam em tamanho, com comprimentos variando entre 3 e 15 metros, além de possuírem dentes adaptados às suas diferentes dietas.

Segundo a equipe de 2021, o fóssil de monstro marinho da mina de Marrocos tinha dentes pequenos e curtos em formato de lâmina, agrupados para formar uma lâmina em forma de serra.

Esse desenho era único entre os escamados, ordem à qual pertencem os mosassauros, e também entre os tetrápodes, ou vertebrados de quatro membros. Essa peculiaridade chamou a atenção de Henry, que começou uma revisão crítica que mostrou várias discrepâncias na biologia desses monstros e levantou dúvidas sobre a veracidade do fóssil de monstro marinho.

Dois dentes de mosassauro, próximos uns dos outros, são encontrados no mesmo alvéolo, o que não está de acordo com o padrão observado em outras espécies de mosassauro, onde cada dente possui seu próprio alvéolo.

Outras contradições nos estudos de 2021

Segundo Michael Cadwell, coautor do novo estudo e professor de ciências biológicas na Universidade de Alberta, esses monstros marinhos substituíram os dentes continuamente ao longo de sua vida. Cada vez que um dente caía, restava um espaço no qual crescia o dente seguinte, ancorando-se firmemente na mandíbula.

Outro detalhe inusitado sobre o fóssil dos monstros marinhos da mina de Marrocos, é que possuíam material adicional, chamado de sobreposição medial, em um dos lados. Este fenômeno não deveria ocorrer no desenvolvimento normal dos dentes desta espécie.

Mark Powers, outro coautor do estudo, destacou que esse detalhe é um dos principais indicadores de que pode ser falso. Além disso, a mina onde o fóssil foi encontrado está localizada em uma região conhecida por alterar restos mortais para aumentar seu valor monetário.

Sharpe e seus colegas, para esclarecer a verdadeira natureza do fóssil, propam a realização de uma tomografia computadorizada para analisar a estrutura interna para confirmar que se trata de um fóssil autêntico ou alterado.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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