MODEC fecha contrato bilionário com a ExxonMobil para entregar novo FPSO na Guiana e reforça presença no offshore das Américas

A japonesa MODEC será responsável pelo desenvolvimento do FPSO Hammerhead, com capacidade para produzir 150 mil barris por dia, e que poderá entrar em operação já em 2029

A MODEC deu um o gigantesco no setor de energia offshore ao garantir um novo contrato com a ExxonMobil Guyana Limited. A negociação envolve o desenvolvimento do FPSO Hammerhead, que será instalado no bloco Stabroek, região estratégica da Guiana.

Segundo anúncio oficial feito pela MODEC nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025, o acordo foi firmado por meio de um Aviso de Prosseguimento Limitado (LNTP). Isso permite que a empresa japonesa inicie imediatamente as atividades de Engenharia e Projeto Front-End (FEED).

Entretanto, a execução da segunda fase do contrato, referente à Engenharia, Aquisição, Construção e Instalação (EPCI), ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores da Guiana. A ExxonMobil e seus co-empreendedores também precisarão aprovar a continuidade do projeto.

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Paulo Nogueira

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FPSO Hammerhead será uma das joias do offshore guianense

Caso receba sinal verde das autoridades, o FPSO poderá entrar em operação já em 2029. A unidade terá capacidade para processar 150 mil barris de petróleo por dia (BOPD), além de gás e água associados.

Ela ficará atracada a uma profundidade de 1.025 metros, utilizando um moderno Sistema de Amarração Espalhada (Spread Mooring) da SOFEC, subsidiária da MODEC especializada nesse tipo de tecnologia.

Com isso, o FPSO Hammerhead se tornará o segundo navio da MODEC a operar na Guiana. O primeiro, o FPSO Errea Wittu, está atualmente em construção para atender ao projeto Uaru, também sob a liderança da ExxonMobil.

MODEC e Exxon assinam acordo de longo prazo para operação e manutenção

Além do contrato de desenvolvimento do FPSO, as empresas firmaram um Acordo de Habilitação de Operações e Manutenção (OMEA). Esse documento vai viabilizar a gestão de diversos FPSOs pela MODEC na Guiana, sob regime de longo prazo.

Dessa forma, a MODEC reforça não apenas sua presença industrial, mas também sua posição como referência na operação contínua de unidades offshore.

Declaração do CEO da MODEC celebra avanço estratégico na região

O presidente e CEO da MODEC, Hirohiko Miyata, celebrou publicamente o contrato com entusiasmo.

“Estamos extremamente honrados e entusiasmados com a conquista deste contrato. É uma prova da dedicação, expertise e comprometimento da nossa equipe em fornecer soluções inovadoras e confiáveis. Estamos ansiosos para colaborar estreitamente com a ExxonMobil Guiana para garantir a entrega bem-sucedida deste segundo FPSO, contribuindo para o avanço do setor de energia offshore na Guiana.”

Segundo o site BusinessWire, que divulgou a notícia internacionalmente, a do LNTP representa um marco importante para a MODEC, consolidando sua atuação nos principais polos de produção de petróleo das Américas.

Com Guiana ganhando espaço, Brasil precisa se manter competitivo

Enquanto a ExxonMobil acelera seus planos na Guiana com apoio da MODEC, a indústria brasileira precisa observar de perto esses movimentos. O FPSO Hammerhead é mais um sinal de que o offshore da Guiana avança com rapidez, eficiência e visão estratégica.

A pergunta que fica no ar é: o Brasil está pronto para competir com essa nova potência petrolífera que está surgindo bem ao lado?

Fontes: MODEC (21/04/2025), ExxonMobil Guyana, BusinessWire.

Agora me diz: o avanço da Guiana no setor offshore é uma ameaça ou um alerta para o Brasil reagir?