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Motoristas enfrentam pedágios em sequência: curta distância entre praças de cobrança gera preocupações sobre custos e impacto nas viagens. Em alguns trechos, o intervalo entre eles é menor do que muitos esperavam

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 09/03/2025 às 13:58
Moradores de MG protestam contra 12 novos pedágios no Vetor Norte. Cobranças frequentes e valores altos geram revolta e debates políticos.
Moradores de MG protestam contra 12 novos pedágios no Vetor Norte. Cobranças frequentes e valores altos geram revolta e debates políticos.

A instalação de 12 pedágios no Vetor Norte de MG causa revolta! Motoristas denunciam valores abusivos e impacto no bolso dos trabalhadores. O governo promete melhorias, mas moradores e políticos se mobilizam contra a cobrança. Será que esses pedágios vão sair do papel? Entenda a polêmica que está sacudindo Minas Gerais!

A instalação de 12 novas praças de pedágio nas rodovias que cortam a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) tem gerado forte insatisfação entre os moradores e trabalhadores locais.

Mesmo com a promessa de que o projeto trará investimentos e desenvolvimento à região, o sentimento predominante é de revolta e frustração.

A cobrança nas rodovias, prevista para ser implementada após o leilão de concessão em junho de 2025, está criando um grande ime.

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Moradores e trabalhadores locais estão céticos sobre as promessas de desenvolvimento

Segundo o portal Estado de Minas, rodovias afetadas pela instalação dos pedágios são a MG-010, a MG-424 e a LMG-800.

O impacto da cobrança será sentido principalmente em nove municípios da região, além de Belo Horizonte, incluindo Vespasiano, São José da Lapa, Confins, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Prudente de Morais, Lagoa Santa, Jaboticatubas e Santana do Riacho, na Serra do Cipó.

Os novos pórticos de pedágio serão instalados no modelo “free flow”, que permite o pagamento eletrônico sem a necessidade de paradas nas cancelas.

Embora esse modelo traga praticidade, a cobrança de valores que variam entre R$ 1,45 e R$ 5,57 está gerando desconforto entre os motoristas, especialmente aqueles que enfrentam esses trechos diariamente.

A gerente de um posto de combustível em Belo Horizonte critica fortemente o projeto

Natali Castro, que gerencia um posto localizado a poucos metros de onde será instalado um pedágio no valor de R$ 1,68, a medida pode afetar diretamente a economia local.

O projeto pode impactar os empregos nas cidades vizinhas e reduzir a demanda de clientes aqui no posto”, afirma.

Ela destaca que, no caso de trabalhadores que moram em bairros distantes e dependem da MG-010 para se deslocar, a cobrança do pedágio poderia gerar dificuldades financeiras.

Para Natali, o efeito colateral pode ser ainda mais severo, já que muitos motoristas buscarão alternativas para evitar os pedágios.

Isso poderia resultar no aumento do tráfego em áreas residenciais, prejudicando a infraestrutura local.

Ela prevê que motoristas busquem rotas alternativas, como a agem por dentro de Santa Luzia, a fim de contornar os pedágios, o que levaria a um aumento do tráfego em bairros sem a infraestrutura necessária para ar essa demanda.

Problemas com a distância entre os pedágios também geram questionamentos

A instalação de pedágios muito próximos uns dos outros também está no centro da polêmica.

No caso do posto de Natali, apenas 11 quilômetros separam a praça de pedágio que será instalada entre Belo Horizonte e Vespasiano, de outro pedágio, entre Vespasiano e Lagoa Santa, cujo valor será de R$ 2,96.

Não faz sentido pagar dois pedágios tão próximos. Vai ser um pedágio sem lógica”, protesta a gerente.

A Secretaria de Infraestrutura de Minas Gerais (Seinfra) tenta justificar essa estratégia com o argumento de “justiça tarifária”

A Secretaria de Infraestrutura de Minas Gerais (Seinfra) tenta justificar essa estratégia com o argumento de que a proximidade dos pedágios busca promover a chamada “justiça tarifária”.

Ou seja, os motoristas seriam cobrados de acordo com a distância percorrida dentro de um mesmo trajeto, o que, teoricamente, permitiria uma cobrança mais justa.

No entanto, a proximidade das praças de pedágio ainda continua sendo vista com desconfiança por motoristas e moradores, que consideram que essa estratégia poderia encarecer ainda mais o custo do transporte.

A qualidade das rodovias e o impacto nos taxistas

Outro grupo afetado diretamente pela instalação dos pedágios são os motoristas de táxi.

Carlos Roger, taxista com mais de 20 anos de experiência na região, acredita que as novas cobranças terão um peso significativo no bolso de quem depende das rodovias diariamente.

“Ninguém aguenta pagar tantos pedágios. Para nós, taxistas, os custos são ainda mais pesados, pois fazemos várias viagens por dia. O salário de um trabalhador vai todo para pedágio”, alerta.

Carlos destaca que, embora a MG-010 apresente boas condições de tráfego, a MG-424 ainda deixa muito a desejar.

A falta de duplicação em alguns trechos e os buracos presentes em outros pontos da estrada tornam o tráfego mais difícil e perigoso.

A condição da malha rodoviária mineira como um todo precisa de atenção”, reforça Carlos Roger.

O argumento do governo e a possível redução de custos para motoristas frequentes

Diante das reclamações, o governo de Minas, por meio da Seinfra, tenta justificar a cobrança de pedágios com a promessa de que, após o leilão da concessão, a infraestrutura das rodovias será melhorada, o que contribuiria para a redução de gargalos logísticos na região.

Além disso, foi anunciado que motoristas frequentes terão direito a descontos progressivos, que podem chegar a até 50% do valor da tarifa após a décima, vigésima e trigésima agem.

Outro ponto defendido pela Seinfra é a redução do valor da tarifa em trechos mais caros, como o que liga Matozinhos a Prudente de Morais, onde o pedágio inicial será de R$ 5,57 e pode cair para R$ 2,73 após a trigésima agem.

No entanto, a medida não foi suficiente para aliviar a insatisfação de motoristas e políticos da região, que continuam a questionar a viabilidade do projeto.

A reação política e a resistência à instalação dos pedágios

A instalação dos pedágios não é bem recebida apenas pela população, mas também tem gerado forte oposição no meio político.

O Movimento BH Sem Pedágio, liderado pelo vereador Wanderley Porto e pelo deputado federal Fred Costa, já coletou mais de 15 mil s em uma semana e vai promover uma audiência pública na Câmara Municipal no próximo dia 20.

Além disso, uma proposta de emenda à Constituição (PEC), criada pela deputada Bella Gonçalves e assinada por outros 32 deputados, proíbe a instalação de pedágios na região metropolitana de Belo Horizonte.

Prefeitos de municípios afetados, como Breno Salomão, de Lagoa Santa, e Emiliano Braga, de Pedro Leopoldo, também se posicionaram contra a medida, enviando projetos à Câmara Municipal para barrar a instalação dos pórticos.

O caso de Belo Horizonte e a falta de alternativas

O prefeito de Belo Horizonte em exercício, Álvaro Damião, também se manifestou contra o pedágio na MG-010.

Ele sugeriu que o trecho que corta o município fosse transferido para a istração da capital, com a ideia de que a cidade teria mais capacidade de gerenciar as questões de mobilidade e infraestrutura.

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Francisco
Francisco
09/03/2025 17:58

Pedágio a curta distância em pistas simples sem sequer terceira faixa com trânsito pesado de caminhões e poucos espaços de ultraagem e ainda, com polícia rodoviária em pontos estratégicos somente com o intuito de arrecadação, é o caso da SP 255, istrado pela ARTERIS, no trecho entre Cel. Macedo e Itaí e entre Avaré e São Manuel, com cobrança de vakores maiores que em muitas estradas de pistas duplas.

Alexandre
Alexandre
09/03/2025 21:01

Vá de Atibaia-SP até Sorocaba, via Campinas, vai pagar vários pedágios em poucos Km……

Marcos Moura
Marcos Moura
10/03/2025 04:39

Está praticamente em todos os lugares, virou fonte de arrecadação, como se não bastasse o tanto de imposto que já pagamos, mas ta bom um vamos aprender a votar , cobrar e protestar pelo que realmente importa

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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