Novo navio chega ao Amapá para fortalecer a segurança e a logística na região amazônica

Navio Amapá Explorer inicia levantamentos hidrográficos entre o Amapá e o Amazonas, fortalecendo a navegação segura, o aumento do calado da Barra Norte e o desenvolvimento logístico e econômico da região.

Na última terça-feira, 13 de maio, o Amapá registrou um marco significativo para a logística e a segurança de navegação na região com o batismo do Navio Hidrográfico Amapá Explorer – uma embarcação de alta tecnologia adquirida pela iniciativa privada.

O evento, que ocorreu na Capitania dos Portos em Santana, contou com a presença do governador do Amapá, Clécio Luís, e representou o pontapé inicial para uma série de ações estratégicas que visam aprimorar os levantamentos hidrográficos e elevar a competitividade dos portos locais.

A embarcação, que já traz consigo inovações tecnológicas, promete transformar pesquisas e estudos na área, promovendo o desenvolvimento econômico e ampliando a vocação logística do estado.

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Batismo cerimonial e lançamento de uma nova era

O batismo do Amapá Explorer marcou a formalização de um novo equipamento na frota que realiza importantes análises hidrográficas na região. Durante a cerimônia, o governador Clécio Luís destacou a relevância desse investimento:

“Com este investimento da iniciativa privada, veremos navios do mundo todo entrando pela Foz do Rio Amazonas. Isso vai gerar negócios de grande escala, ampliar as atividades de importação e exportação, e consolidar nossa vocação portuária estratégica, em função da proximidade com o Canal do Panamá e o o a grandes mercados. A Praticagem entrega ao Amapá um grande equipamento que vai se traduzir em desenvolvimento no nosso estado a partir da navegação segura.”

A embarcação, fruto de uma engenharia construída em Santa Catarina, possui design especialmente voltado a levantamentos hidrográficos, inclusive com arco de popa para movimentar até 10 toneladas.

O navio Amapá Explorer fará levantamentos hidrográficos

A embarcação desempenhará atividades que abrangem extensos trechos da Bacia Amazônica.

Seus levantamentos hidrográficos iniciarão na parte oceânica da foz do Rio Amazonas, conhecida como Barra Norte, e se estenderão até o município de Itacoatiara, no estado do Amazonas.

Durante essa operação, a embarcação ará por importantes cursos d’água, como os rios Trombetas, Xingu, Tapajós e Jarí, além de atuar nos estreitos que circundam a Ilha de Marajó e no Canal Sul.

Técnicas modernas, como o lançamento e recolhimento de boias equipadas com sensores meteoceanográficos, serão empregadas para garantir a precisão dos dados obtidos.

Essa coleta de informações é fundamental para a realização de estudos que visam proporcionar melhorias na navegabilidade e garantir a segurança das rotas marítimas.

Assim, a embarcação se posiciona como uma ferramenta imprescindível para que decisões estratégicas possam ser tomadas com base em dados robustos e atuais.

Estudo do aumento de calado e impactos na competitividade

Além dos levantamentos hidrográficos, o Amapá Explorer integra os estudos voltados para o aumento do calado da Barra Norte.

Coordenação liderada pelo 4º Distrito Naval tem como objetivo ampliar a capacidade dos Terminais e Portos que escoam mercadorias para o Oceano Atlântico, ando pelo Porto de Santana.

A ampliação do calado permitirá a entrada de navios mercantes de maiores dimensões, potencializando o fluxo de importação e exportação e reforçando a posição estratégica do Amapá no cenário portuário internacional.

Ricardo Falcão, vice-presidente da Associação Internacional de Práticos Marítimos e diretor do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), ressaltou a importância desse investimento, afirmando:

“Esse investimento foi sonhado por muitos anos, para termos mais desenvolvimento, mais navios, mais indústrias se instalando na região, mais comércio acontecendo.”

Reuniões estratégicas durante o lançamento do Navio Amapá Explorer

No mesmo evento, o governador Clécio Luís se reuniu com o comandante do 4º Distrito Naval, Vice-Almirante Adriano Marcelino Batista, na Capitania dos Portos.

Durante o encontro, foram discutidas pautas essenciais para a melhoria da navegabilidade e a segurança no tráfego marítimo.

Ressaltou-se, ainda, a importância do alinhamento entre autoridades estaduais e a Marinha para otimizar a entrada de navios mercantes maiores no Rio Amazonas e viabilizar a exploração de novas áreas, como a Costa Marítima e o setor de Petróleo.

O Vice-Almirante celebrou a união de esforços, afirmando: “Discutimos pautas importantes para a melhor navegabilidade no Amapá. A união de forças pela segurança da navegação é primordial.”

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, também participou do evento e aproveitou para destacar a necessidade de investimentos contínuos na Amazônia.

Em suas palavras: “A Amazônia precisa de cada vez mais investimentos para o seu desenvolvimento. A contribuição da Marinha e da Praticagem tem feito a gente avançar na navegabilidade. Quanto mais assertivos nas informações, melhor vamos poder tomar decisões que vão se traduzir em melhoria da qualidade da vida social das pessoas.”

Símbolo de esperança e tradição no batismo do Navio

O aspecto simbólico do batismo foi destacado pela presença da primeira-dama Priscilla Flores, que, como madrinha da embarcação, participou ativamente da cerimônia ao quebrar uma garrafa de champanhe no costado do navio. Em declarações emocionantes, ela afirmou:

“É uma honra participar desse momento tão simbólico e tão cheio de esperança do nosso estado. Nós vamos lançar ao mar não só uma embarcação, mas sonhos de um povo inteiro. O Amapá Explorer é símbolo dessa nova jornada, que ele navegue seguro e que traga descobertas, que respeite a nossa natureza e que ajude a construir um Amapá ainda mais forte, mais desenvolvido e mais justo para o nosso povo.”

A incorporação de tecnologias de ponta à embarcação Amapá Explorer representa um avanço crucial para o monitoramento dos parâmetros hidrográficos e para a segurança na navegação.

Equipado para operar em diferentes ambientes – desde a parte oceânica até os interiores dos grandes rios – o navio possibilita a coleta de informações que serão essenciais para políticas de desenvolvimento e para a formulação de soluções inovadoras no setor portuário.