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Nova regra do governo deixará MILHÕES de brasileiros sem o tão aguardado abono salarial

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/12/2024 às 12:42
Governo propõe mudanças no abono salarial com transição até 2035. Benefício será limitado a 1,5 salário mínimo. Confira detalhes.
Governo propõe mudanças no abono salarial com transição até 2035. Benefício será limitado a 1,5 salário mínimo. Confira detalhes.

A nova proposta do governo Lula pode mudar drasticamente o abono salarial, reduzindo os beneficiários e gerando economia bilionária. A medida visa aliviar o orçamento público, mas divide opiniões.

Um dos benefícios mais aguardados pelos trabalhadores brasileiros pode estar prestes a sofrer mudanças significativas.

A proposta do governo federal promete alterar as regras do abono salarial, um auxílio anual que beneficia milhões de pessoas em todo o país.

Mas o que exatamente está em jogo? A resposta envolve impactos financeiros, ajustes orçamentários e um cronograma de transição que poderá redefinir quem terá direito ao benefício nas próximas décadas.

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O que muda no abono salarial

A proposta do governo federal enviada ao Congresso Nacional sugere uma alteração na faixa de renda para o o ao abono salarial.

Atualmente, o benefício é concedido aos trabalhadores que recebem até dois salários mínimos mensais. Segundo o texto apresentado, esse limite será reduzido gradualmente até alcançar um salário mínimo e meio em 2035.

Atualmente, o valor do benefício pode chegar a até um salário mínimo por ano, variando de acordo com o período trabalhado no ano-base.

Para ter direito ao abono, o trabalhador precisa ter atuado por, no mínimo, 30 dias no ano, estar cadastrado no PIS (Programa de Integração Social) ou Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e receber uma remuneração mensal média que atenda aos critérios estabelecidos.

De acordo com a proposta, a regra de transição será implementada de forma progressiva, reduzindo o teto salarial para os seguintes valores:

  • 2026: 1,95 salário mínimo;
  • 2027: 1,9 salário mínimo;
  • 2028: 1,85 salário mínimo;
  • 2029: 1,8 salário mínimo;
  • 2030: 1,75 salário mínimo;
  • 2035: 1,5 salário mínimo.

Razões para a mudança

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o abono salarial perdeu parte de sua relevância devido à criação de programas sociais mais abrangentes nos últimos anos.

“Como o salário mínimo vai aumentar acima da inflação, esse valor vai, gradualmente, convergindo para um salário mínimo e meio ao longo dos anos”, afirmou Haddad, ao explicar que a alteração busca ajustar o benefício às novas realidades econômicas e sociais.

Além disso, a proposta visa reduzir os gastos públicos com o programa, que aumentaram de R$ 25,6 bilhões em 2023 para R$ 28 bilhões em 2024.

A expectativa é que os custos ultraem R$ 30 bilhões em 2025, caso nenhuma mudança seja feita. O governo estima que as alterações gerem uma economia de R$ 18,1 bilhões até 2030.

Como o cálculo será feito?

A mudança no abono salarial não afetará os pagamentos de imediato. O benefício continuará sendo calculado com base no salário mínimo de dois anos antes do pagamento.

Por exemplo, os valores pagos em 2024 correspondem ao salário mínimo de 2022, fixado em R$ 1.212, enquanto os de 2025 utilizarão o valor de 2023, que era de R$ 1.320.

Conforme a nova proposta, o limite de R$ 2.640 será usado como base para os próximos anos, com atualização pela inflação.

Por outro lado, o salário mínimo receberá reajustes superiores, de até 2,5% acima da inflação. Essa diferença fará com que, ao longo dos anos, menos trabalhadores se enquadrem nos critérios para receber o benefício.

Impactos nos trabalhadores

A mudança no abono salarial divide opiniões.

De acordo com especialistas, a redução no número de beneficiários pode trazer alívio ao orçamento público, mas também levanta preocupações sobre a perda de uma importante fonte de complementação de renda para milhões de trabalhadores.

A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para entrar em vigor.

Enquanto isso, trabalhadores e entidades sindicais acompanham o debate, que promete influenciar significativamente as eleições de 2026, ano em que a nova regra começará a valer, caso aprovada.

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Milton
Milton
09/12/2024 03:38

Realmente não aceito esse corte que mais uma vez só atinge o povo por um governo tirano e injusto em todos aspectos.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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