A Nova tecnologia chinesa produz aço em até seis segundos, sem carvão, emissões de CO₂ e consumo de energia em um terço
A fabricação de aço, processo essencial para inúmeras indústrias, sempre foi associada a altos custos energéticos e longos períodos de produção. Durante séculos, o método tradicional dominou o setor, exigindo horas de trabalho intenso e resultando em grandes emissões de dióxido de carbono (CO₂).
Agora, pesquisadores da China apresentaram uma técnica inovadora que promete transformar a indústria: a produção de aço em somente seis segundos, sem o uso de carvão.
O método tradicional
O processo convencional de fabricação de aço começa com o minério de ferro, sendo triturado e transformado em pelotas. Em seguida, o material é aquecido a temperaturas superiores a 1.300 °C e colocado em um alto-forno.
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Esse forno utiliza coque, uma forma refinada de carvão, para extrair o ferro, que depois é processado para se tornar aço. Embora eficaz, esse método leva de cinco a seis horas para produzir aço.
Durante esse tempo, abundância de CO₂ são liberadas, contribuindo significativamente para as emissões globais. A dependência do carvão e o alto consumo de energia tornam o processo caro e prejudicial ao meio ambiente.
Uma revolução: aço em seis segundos
A descoberta feita pelo professor Zhang Wenhai e sua equipe representa um avanço impressionante. Eles desenvolveram uma técnica capaz de produzir aço em somente três a seis segundos. Essa inovação marca uma mudança drástica em relação ao processo tradicional.
O segredo do novo método é o uso de pó de minério de ferro ultrafino. Esse material é injetado em um forno superaquecido por meio de um lançamento de vórtice.
A ocorrência química ocorre rapidamente, formando gotículas de ferro fundido. Essas gotículas caem na base do forno, gerando um fluxo contínuo de ferro de alta pureza, pronto para serem transformadas em aço.
O processo impressiona ainda mais por suas especificidades. Ele funciona igualmente bem com minerais de ferro de baixa e alta qualidade.
Como a China possui vastas reservas de minério de ferro de baixa qualidade, a nova técnica pode reduzir sua dependência de importações de materiais mais caros e de alta qualidade de países como Austrália, Brasil e nações africanas.
Impactos ambientais e econômicos
O aspecto mais notável da inovação chinesa é a eliminação completa do carvão no processo de produção. Isso pode reduzir o consumo de energia em até um terço. A economia de energia torna a indústria siderúrgica mais eficiente e diminui as emissões de CO₂.
Essa inovação se alinha às metas de neutralidade de carbono da China. Como maior produtor mundial de aço, o país pode provocar um efeito de cascata na indústria global, diminuindo emissões e impulsionando práticas mais sustentáveis.
Além dos impactos ambientais, uma nova técnica posiciona a China para dominar ainda mais setores que dependem do aço, como o automotivo, a construção e a infraestrutura.
Produzir aço de forma mais rápida, limpa e econômica pode elevar a competitividade do país no mercado global.
Com informações de Jason Deegan.