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Novo modelo desenvolvido nos EUA promete prever deslizamentos submarinos e proteger plataformas de petróleo

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 28/05/2025 às 16:58
Atualizado em 29/05/2025 às 09:58
plataformas de petróleo
plataformas de petróleo

Modelo desenvolvido por pesquisadores da Texas A&M prevê deslizamentos submarinos e ajuda a proteger estruturas offshore como plataformas de petróleo.

Cientistas dos Estados Unidos anunciaram um avanço importante na previsão de deslizamentos submarinos.

A inovação, criada por especialistas da Texas A&M University, tem potencial para proteger plataformas de petróleo e outras estruturas no fundo do mar, reduzindo riscos geológicos graves que afetam diretamente o setor energético.

Deslizamentos são ameaça real para o setor offshore

Os deslizamentos submarinos estão entre os eventos geológicos mais perigosos do ambiente marinho. Eles envolvem o deslocamento repentino de grandes massas de sedimentos no fundo do oceano, podendo destruir tubulações, âncoras, cabos e comprometer toda a estrutura de uma plataforma offshore. Além dos danos materiais, esses deslizamentos podem até provocar tsunamis.

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Causados por fatores como terremotos, tempestades ou até ações humanas, esses eventos colocam em risco a operação de infraestruturas essenciais. Diante disso, pesquisadores norte-americanos desenvolveram um método para prever essas ocorrências antes que causem prejuízos.

Modelo bayesiano integra dados e melhora previsões

Liderada pelo professor Zenon Medina-Cetina, da área de engenharia civil e ambiental, a equipe da Texas A&M criou um modelo que combina dados geológicos com técnicas estatísticas para prever o risco de deslizamento. O modelo usa uma abordagem bayesiana, que permite refinar continuamente as previsões ao integrar novos dados.

O processo começa com a coleta de informações do local, envolvendo especialistas de diferentes áreas. Geofísicos, geólogos, profissionais de geomática e engenheiros geotécnicos trabalham em conjunto, cada um contribuindo com dados que alimentam o sistema. A ordem em que esses especialistas atuam é essencial para garantir a precisão dos resultados.

Ordem dos dados interfere na segurança das plataformas

Segundo Medina-Cetina, seguir uma sequência correta na coleta e análise dos dados é o que garante previsões confiáveis. Ele destaca que a interrupção dessa sequência, seja por falta de tempo ou corte de orçamento, pode comprometer toda a modelagem.

“É muito importante começar com o geofísico, depois trazer o geólogo e, por fim, ter o grupo de geomática trabalhando com os engenheiros geotécnicos”, afirmou o professor. Ele comparou o processo com o aprendizado de uma criança: não se pode correr antes de aprender a andar.

O modelo bayesiano é estruturado para que cada etapa da análise se baseie na anterior. Isso permite que as previsões se tornem mais precisas com o tempo. Para as empresas que atuam em alto-mar, isso representa uma ferramenta estratégica para avaliar riscos com mais segurança.

Modelo já mostra benefícios na prática

Com a aplicação da nova abordagem, os pesquisadores afirmam que é possível aumentar a confiança nos dados obtidos e, assim, reduzir incertezas. Isso ajuda as empresas a evitar prejuízos e tomar decisões mais assertivas sobre a instalação e manutenção de suas infraestruturas submarinas.

A iniciativa demonstra que integrar conhecimento técnico com análise estatística pode fazer a diferença na prevenção de catástrofes no ambiente offshore.

O estudo foi publicado na revista Landslides.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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