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Novo radar de vigilância aérea da China consegue detectar caças F-35, submarinos nucleares e drones dos EUA

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 19/05/2025 às 19:42
radar
Foto: Reprodução

China apresenta radares avançados capazes de detectar caças furtivos, drones e submarinos dos EUA, desafiando a superioridade tecnológica americana em zonas estratégicas

A China revelou uma nova geração de radares capazes de detectar caças furtivos, drones avançados e até submarinos nucleares dos Estados Unidos.

A apresentação ocorreu durante a 11ª Exposição Mundial de Detecção e Alcance de Rádio (World Radar Expo), que começou no sábado em Hefei, província de Anhui.

Os sistemas mostrados sinalizam uma tentativa clara de Pequim de combater a superioridade estratégica americana baseada em plataformas invisíveis aos radares convencionais.

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Radar JY-27V: o “mestre artista” da detecção furtiva

Entre os principais destaques estava o radar de vigilância aérea JY-27V, desenvolvido pela estatal China Electronics Technology Group Corporation (CETC).

O sistema usa ondas métricas de baixa frequência combinadas com algoritmos avançados de processamento de sinal, permitindo detectar aeronaves com tecnologia stealth.

O jornal estatal Global Times classificou o radar como um “mestre artista”, capaz de expor aeronaves como o F-22 Raptor, o F-35 Lightning II e o bombardeiro B-2 Spirit.

Esses modelos representam o que há de mais avançado em tecnologia furtiva dos EUA.

O JY-27V também possui estrutura expansível e retrátil, que pode ser montada ou retirada em apenas dez minutos, o que favorece sua mobilidade e resistência no campo de batalha.

Um radar de vigilância aérea de ondas métricas de alta mobilidade JY-27V está em exibição na 11ª Exposição Mundial de Detecção e Alcance de Rádio (World Radar Expo), em 17 de maio de 2025, em Hefei, província de Anhui, no leste da China. De acordo com seu desenvolvedor, o JY-27V é um radar antifurtivo de uma geração completamente nova. Foto: Liu Xuanzun/GT

Segundo a CETC, esse tipo de radar consegue rastrear aeronaves que evitam radares de alta frequência, o que antes era uma limitação nas defesas aéreas tradicionais.

A exposição desses sistemas representa um avanço relevante no combate a plataformas furtivas, que por anos dominaram o cenário militar dos EUA.

YLC-8E: tecnologia digital contra alvos stealth

Outro radar de destaque foi o YLC-8E, também da CETC. Operando na banda UHF, o sistema é montado sobre um único veículo e emprega uma matriz de fase totalmente digital.

Ele realiza varredura em fases 2D combinada com uma varredura mecânica direcional, o que amplia seu alcance e precisão.

Com módulos digitais de transmissão e recepção, o YLC-8E oferece alertas antecipados contra ameaças furtivas, inclusive drones e caças invisíveis.

Além disso, possui resistência a interferências e alta confiabilidade, características importantes para atuação tanto em bases fixas quanto em estruturas móveis.

A empresa afirma que esse radar melhora significativamente a capacidade de detecção da China dentro e fora de seu espaço aéreo.

SLC-7: o radar multifuncional “campeão geral”

O radar SLC-7 também ganhou destaque na exposição. Considerado uma solução de quarta geração, ele combina rastreamento simultâneo de múltiplos alvos com recursos de defesa adaptativa. Isso significa que pode operar com eficiência mesmo em cenários de alta interferência eletrônica.

Segundo os chineses, o SLC-7 é capaz de identificar não apenas caças stealth, mas também helicópteros, drones, artilharia e até mísseis balísticos de curto alcance. Um diferencial relevante é sua suposta capacidade de detectar drones furtivos como o RQ-170 Sentinel e submarinos nucleares em posições rasas ou enquanto operam drones no mar.

Essas habilidades representam uma ameaça direta à superioridade aérea e naval dos EUA, especialmente em regiões estratégicas como o Mar da China Meridional e o Pacífico Ocidental, onde a presença militar americana costuma ser significativa.

Mudança no equilíbrio militar

A nova geração de radares apresentada pela China indica uma mudança no cenário estratégico mundial. Ao desafiar a capacidade de invisibilidade dos sistemas militares dos EUA, esses equipamentos podem alterar o equilíbrio de poder em possíveis conflitos futuros.

As forças armadas americanas têm na tecnologia furtiva um dos pilares de sua estratégia de alcance global. A capacidade da China de identificar e rastrear esses ativos com maior precisão representa um novo desafio técnico e militar para Washington.

Com esse avanço, a China deixa claro que está investindo fortemente para equilibrar as forças no teatro de operações aéreas e navais, tornando o campo de batalha mais transparente para suas defesas.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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