1. Início
  2. / Energia Renovável
  3. / Novos painéis solares de silício combinam eficiência e flexibilidade ao se adaptarem a qualquer superfície
Tempo de leitura 3 min de leitura

Novos painéis solares de silício combinam eficiência e flexibilidade ao se adaptarem a qualquer superfície

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 06/06/2023 às 12:42
Novos painéis solares de silício combinam eficiência e flexibilidade ao se adaptarem a qualquer superfície
Foto: Painéis solares de silício

Cientistas desenvolvem painéis solares de silício que unem eficiência e flexibilidade. Equipamento promete mudar o mercado de energia solar.

As células solares orgânicas, desenvolvidas com plástico, são grandes promessas para o mercado de energia solar, podem ser fabricadas em bases flexíveis e transparentes, tornando possível sua colocação em janelas de vidro ou sobre superfícies irregulares. Entretanto, é possível que não seja necessário esperar os progressos tecnológicos para que elas se tornem duráveis o suficiente para chegar ao mercado e tomar o lugar dos painéis solares de silício convencionais, que são rígidos e possuem uma cara instalação.

Eficiência dos novos painéis solares são maiores que 24%

Pesquisadores do Instituto de Microssistemas e Tecnologia da Informação de Shangai, na China, conseguiram produzir um de energia solar tradicional de silício, com as mesmas células solares presentes atualmente no mercado, que é dobrável o suficiente para se fundir a superfícies irregulares.

O solar, com 60 micrômetros de espessura, é tão flexível quanto uma folha de papel e mantém a mesma eficiência até mesmo quando está enrolado. O único custo para a modificação foi uma ligeira queda na eficiência na conversão da energia solar em energia elétrica em relação ao solar original, mas que continuou acima dos 24%.

Dia
Baratíssimo
📱 Smartphones poderosos com preços e descontos imperdíveis!
Ícone de Episódios Comprar

Wenzhu Liu e seus amigos começaram com uma pastilha padrão de células de silício de 160 micrômetros de espessura e de lá para cá utilizaram álcalis concentrados para corroer as pastilhas, chegando até um mínimo de 60 micrômetros de espessura sem perda de funcionalidade. Entretanto, surgiu uma sequência de desafios. Após a redução de espessura, o solar de silício fica tão polido que ele a a refletir cerca de 30% da luz incidente conforme é dobrado, o que reduz bastante sua eficiência.

Solução encontrada pelos cientistas para os novos painéis de energia solar

Desta forma, a equipe de pesquisadores fez o trabalho oposto, utilizando outro composto mais diluído para gerar ranhuras superficiais, obtendo padrões em microescala que lembram pirâmides.

A reflexividade sumiu, então o perdeu sua flexibilidade, visto que trincava muito fácil. Segundo Liu, há vários anos os cientistas tem dificuldade de equilibrar a reflexão da luz e a flexibilidade, o que explica porque a grande maioria das eficiências obtidas das células solares de silício cristalino flexíveis têm sido relativamente baixas.

O cientista então focou no estudo do surgimento das trincas utilizando câmeras de alta velocidade e descobriu que as rachaduras sempre começam nas bordas das pirâmides. Com isso, ele então usou uma mistura de ácidos para remover a textura das bordas e as bolachas recuperam imediatamente sua flexibilidade.

Análises mais detalhadas mostraram que a região lisa dissipa a tensão mecânica da dobra, tornando possível que a região texturizada forme uma rede de microtrincas, em vez de sofrer uma fratura drástica em um único ponto. A equipe planeja começar a colocar seus painéis flexíveis para cobrir estruturas aeroespaciais, como asas de aviões, drones e balões de pesquisa. 

Brasil também desenvolve solar orgânico

O solar orgânico, que conta com células solares orgânicas, é visto como a terceira geração de células solares, ou seja, está no topo do ponto de vista tecnológico.

O novo solar é desenvolvido de forma totalmente diferente se comparado com os painéis comuns, sendo desenvolvido com um filme de plástico, onde tintas de carbono são impressas, fazendo com que o filme plástico tenha camadas, obtendo elétrons na parte superior, com uma carga positiva na parte superior e negativa na parte inferior. O equipamento disponibiliza vários benefícios, pois é um filme plástico que usa tintas a base de carbono extremamente flexível, de baixo custo e transparente.

Comentários fechados para esse artigo.

Mensagem exibida apenas para es.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos