Avião da Marinha dos EUA que parecia um disco voador parece ter saído de um filme de ficção. Conheça o Flying Flapjack, projeto único dos EUA que nunca chegou a participar de uma guerra.
Enquanto pesquisadores e militares no auge da Segunda Guerra Mundial corriam para desenvolver novas aeronaves e armas mais eficientes, um engenheiro excêntrico teve uma ideia que parecia sair de um filme de ficção científica. A ideia era um avião da Marinha dos EUA que parecia um disco voador. Chamado de Vought V-173 ou Flying Flapjack, esta é uma aeronave experimental semelhante a um OVNI que realmente voou e surpreendeu aqueles que achavam que ele jamais sairia do chão.
Flying Flapjack – avião da Marinha dos EUA que parecia um disco voador impressionava até pilotos veteranos
O projeto americano era tão estranho quanto ousado e, em vez de fuselagem e asas tradicionais, possuía um corpo todo achatado, com grandes hélices enormes nas pontas das asas. O intuito era desenvolver uma aeronave que voasse em pequenas pistas e manobrasse como nenhuma outra. O projeto funcionou voando dezenas de vezes, surpreendendo até mesmo os pilotos mais experientes.
Contudo, o sucesso durou pouco tempo. Quando o modelo de combate, chamado de XF5U-1, finalmente ficou pronto, os jatos já estavam dominando os céus. O único exemplar que restou está, atualmente, em um museu no Texas e continua parecendo mais ficção científica do que realidade.
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O projeto do avião da Marinha dos EUA que parecia um disco voador era tão inovador que permaneceu sob total sigilo durante seu desenvolvimento. Este ou por vários obstáculos técnicos e atrasos, principalmente quando os Estados Unidos entraram na guerra. Mesmo assim, seguiu avançando em meio a dúvidas e ceticismo dentro das próprias forças militares.
Apesar dos desafios técnicos, principalmente no complexo do sistema que sincronizava os motores às hélices, o Flying Flapjack decolou finalmente em 23 de novembro de 1942. Sua estrutura leve, construída em tecido e madeira, surpreendeu pela robustez. Contra todas as previsões, o disco voador ganhou os céus.
Entenda como e porque o projeto dos EUA chegou ao fim
Entre os anos de 1942 e 1943, o avião da Marinha dos EUA que parecia um disco voador voou quase 200 vezes. Tinha estabilidade impressionante, decolava em apenas 60 metros e quase não entrava em estol, ou seja, perda de sustentação, termo utilizado na aviação que indica a separação do fluxo de ar do extradorso da asa.
Com o vento contra, podia até subir na vertical. A Marinha viu ali um caça que poderia operar até em convés improvisados, um feito único para a época.
Apesar do projeto nunca ter se consolidado como caça de combate, o Flyingg Flapjack abriu caminho para novas ideias de controle de voo e aerodinâmica. Seu conceito de decolagem curta e estabilidade em baixas velocidades antecipou desafios que a aviação enfrentaria por muitos anos.
Atualmente, os avanços em aviões de decolagem e pouso vertical (VTOL) e drones com formatos únicos ecoam as lições do V-173. Tecnologias modernas exploram a busca por agilidade e versatilidade em espaços reduzidos, algo que o Flying Flapjack já mostrava há mais de 60 anos.
Contudo, mesmo sem entrar em combate, este modelo inspirou gerações futuras, sendo uma prova de que, na aviação, coragem e inovação para experimentar são tão fundamentais quanto velocidade e poder de fogo.
Números de desempenho da aeronave impressionam até mesmo nos dias atuais
Em muitos aspectos, o desempenho do modelo foi impressionante, possuindo uma velocidade de estol de 32 km/h e podia decolar de uma pista de apenas 61 m de comprimento. Em caso de vento forte, ele podia decolar verticalmente.
No ar, era capaz de atingir uma velocidade máxima de 222 km/h, uma autonomia de 322 km e um teto de serviço de 1.524 m. Além disso, a asa circular o tornava ultramanobrável, com capacidade de fazer curvas fechadas, o que é bastante atraente em um caça.
Era também notavelmente estável e controlável, mesmo em velocidades tão baixas quanto 32 km/h, e era muito difícil estolar, mesmo de propósito.
O lado negativo do modelo é que as superfícies de controle precisaram de muitos ajustes para corrigir vários problemas gerados pela asa incomum e pelo fluxo de ar sobre ela. Além disso, em baixas velocidades, o piloto às vezes tinha que manuseá-la como se fosse um helicóptero, o que é um pouco difícil para aqueles que nunca viram um.