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O DONO do Brasil: conheça o fazendeiro detentor do império agrícola de 1,3 milhão de hectares

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 31/05/2025 às 10:21
Rubens Ometto comanda um império agrícola de 1,3 milhão de hectares e enfrenta desafios inéditos no agronegócio e energia no Brasil.
Rubens Ometto comanda um império agrícola de 1,3 milhão de hectares e enfrenta desafios inéditos no agronegócio e energia no Brasil.

Ele lidera um império agrícola de 1,3 milhão de hectares, com negócios que impactam o agronegócio, energia, logística e a economia brasileira de forma inédita e surpreendente.

Rubens Ometto Silveira Mello, de 75 anos, é uma das figuras mais influentes do agronegócio brasileiro.

Controlador da Cosan, um conglomerado com forte atuação em setores estratégicos como energia, logística e combustíveis, Ometto istra um vasto império agrícola que se estende por aproximadamente 1,3 milhão de hectares em diversas regiões do Brasil.

Essa área equivale a mais de 12 cidades do tamanho de São Paulo e reflete não só a força de seu negócio, mas também o impacto do agronegócio brasileiro na economia nacional e global.

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Origens e ascensão

Natural de Piracicaba, no interior de São Paulo, Rubens Ometto vem de uma família que tem raízes profundas na agricultura.

Ele é bisneto de imigrantes italianos que chegaram ao Brasil no século XIX e iniciaram as atividades agrícolas na região, ainda marcada pela produção de cana-de-açúcar e outras culturas.

Formado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo (USP), o empresário deu os primeiros os no mercado financeiro no Unibanco e, em seguida, trabalhou como diretor financeiro na Votorantim, onde adquiriu conhecimentos valiosos para gerir grandes negócios.

Em 1986, Rubens Ometto assumiu as rédeas dos negócios familiares, transformando a Cosan em uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do país.

Sua atuação visionária levou a empresa a conquistar reconhecimento internacional, colocando-a entre as líderes globais do setor sucroenergético.

Rubens Ometto comanda um império agrícola de 1,3 milhão de hectares e enfrenta desafios inéditos no agronegócio e energia no Brasil.
Rubens Ometto comanda um império agrícola de 1,3 milhão de hectares e enfrenta desafios inéditos no agronegócio e energia no Brasil.

Expansão e diversificação

Sob o comando de Rubens Ometto, a Cosan ampliou seus horizontes.

Em 2008, a companhia comprou os ativos da Esso no Brasil, ingressando no mercado de distribuição de combustíveis.

Três anos depois, em 2011, firmou uma t venture com a Shell, criando a Raízen — hoje uma das maiores empresas de energia do país, responsável pela produção de etanol, açúcar e bioenergia.

A Cosan também investiu fortemente em logística ferroviária.

A criação da Rumo Logística, hoje a maior operadora ferroviária do Brasil, foi um marco para ampliar o escoamento da produção agrícola e reduzir custos, aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

O império de 1,3 milhão de hectares

Rubens Ometto istra um portfólio agrícola impressionante, que cobre aproximadamente 1,3 milhão de hectares distribuídos em diversas áreas do Brasil.

Essas terras são utilizadas principalmente para o cultivo de cana-de-açúcar, mas também abrigam pastagens, áreas de preservação e, em alguns casos, outras culturas agrícolas.

Segundo especialistas do setor, a gestão desse enorme patrimônio fundiário exige habilidades de negociação e estratégias que equilibrem produtividade e sustentabilidade.

O empresário tem buscado investir em tecnologias agrícolas de ponta, como sistemas de irrigação eficientes, uso de fertilizantes sustentáveis e digitalização das operações, para garantir a competitividade dos negócios em um cenário global cada vez mais exigente.

Rubens Ometto comanda um império agrícola de 1,3 milhão de hectares e enfrenta desafios inéditos no agronegócio e energia no Brasil.
Rubens Ometto comanda um império agrícola de 1,3 milhão de hectares e enfrenta desafios inéditos no agronegócio e energia no Brasil.

Desafios recentes

Apesar da força de seu império, a Cosan enfrenta desafios significativos.

No quarto trimestre de 2024, a companhia amargou um prejuízo de R$ 9,3 bilhões.

Esse rombo ocorreu em parte pela desvalorização da participação da Cosan na mineradora Vale e também por resultados operacionais mais fracos na Raízen.

Em janeiro de 2025, a empresa vendeu sua fatia de 4,05% na Vale por cerca de R$ 9 bilhões para reduzir o endividamento, mas a dívida líquida da Cosan ainda permanece em níveis elevados.

Investimentos em energia renovável

Na tentativa de diversificar ainda mais, a Cosan investiu pesado em etanol de segunda geração (E2G) por meio da Raízen, com aportes que somam cerca de R$ 9 bilhões.

Essa tecnologia utiliza resíduos agrícolas como palha e bagaço de cana, mas a rentabilidade tem sido desafiadora.

O próprio Ometto itiu recentemente que a empresa está “apanhando e pagando por isso”, destacando as dificuldades para obter retornos financeiros consistentes no segmento.

Rubens Ometto comanda um império agrícola de 1,3 milhão de hectares e enfrenta desafios inéditos no agronegócio e energia no Brasil.
Rubens Ometto comanda um império agrícola de 1,3 milhão de hectares e enfrenta desafios inéditos no agronegócio e energia no Brasil.

Estratégia de desinvestimento e ajustes

Para equilibrar as contas e garantir a sustentabilidade de longo prazo, Ometto anunciou um plano de desinvestimento.

Ele pretende vender algumas usinas de açúcar e etanol no Mato Grosso do Sul, além de avaliar a alienação de ativos considerados não estratégicos, como a refinaria e os postos de combustíveis da Raízen na Argentina e o porto de São Luís, no Maranhão.

Esses ajustes têm o objetivo de focar as operações em ativos mais rentáveis, que contribuam para a saúde financeira da empresa.

Críticas à política econômica

O empresário tem se posicionado de forma crítica em relação ao ambiente macroeconômico brasileiro.

Para ele, as taxas de juros elevadas, que atualmente figuram entre as mais altas do mundo, desestimulam investimentos produtivos.

Ele costuma afirmar que, em um ambiente de juros tão altos, muitos empresários preferem aplicar recursos financeiros em investimentos mais seguros, em vez de apostar em projetos de expansão e inovação.

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Reconhecimento e influência

Rubens Ometto também exerce forte influência política e social.

Além de seu papel no agronegócio, o dono do império agrícola tem se dedicado a causas filantrópicas.

Em 2022, doou R$ 4 milhões à ONG Gerando Falcões, que atua no combate à fome e na transformação de comunidades vulneráveis.

Em 2024, Rubens Ometto foi agraciado com o Prêmio Ciccillo Matarazzo, concedido na Itália, em reconhecimento à sua contribuição para o fortalecimento do agronegócio e à preservação de suas raízes italianas.

O empresário continua a liderar seu império agrícola e a Cosan, buscando soluções que garantam a competitividade do agronegócio nacional e a sustentabilidade financeira do grupo.

E você, acredita que as decisões de Rubens Ometto vão impulsionar ainda mais o agronegócio brasileiro ou elas representam um risco para o futuro da Cosan? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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Rosângela
Rosângela
31/05/2025 22:55

Interessante que apesar de possuir terras que equivalentes a doze cidades de São Paulo, em função do AGRO ainda existe pessoas no Brasil que não tem o que comer. O atual governo segue financiando o agro por meio de isenção e financiamento, pra que o grande produtor critique mesmo quando está recebendo vantagens. Depois pra parecer legal faz caridade.

Gilberto Cravo
Gilberto Cravo
Em resposta a  Rosângela
31/05/2025 23:30

Alimentar o povo carente não é responsabilidade dos empreendedores, mesmo que tenham grandes propriedades ou negócios. O wue se espera deles é que progridam e gerem emprego. Se ainda fazem caridade, otimo. Quem tem que criar condições para que todos prosperem é o governo com os impostos que todos pagamos, e não roubar descaradamente como fazem hoje.

AMARILDO MALTA
AMARILDO MALTA
Em resposta a  Gilberto Cravo
01/06/2025 07:08

Vdd, e palmas a vc pelo excelente e respaldado comentário no tocante a posição do **** **** acima…!

José Ricardo
José Ricardo
Em resposta a  Rosângela
01/06/2025 06:18

VOCE TEM TODA RAZÃO.

Não é a corrupção, não são os financiamentos para Venezuela, África etc, não são os roubos via Odebrecht, não é a lei Rouanet que financia uma classe artística depravada, não é uma classe política que possui remunerações astronômicas, não é narco que dita regras e financia inúmeras coisas, que são o mal deste país. E sim, um empresário como esse.
Empresário é um ser inescrupuloso, ambicioso, perverso, desumano, e sobretudo incompetente, que como eles dizem precisa do governo para viver.

José Ricardo
José Ricardo
Em resposta a  José Ricardo
01/06/2025 06:20

Não é como eles dizem, como você diz

Ediméia
Ediméia
Em resposta a  José Ricardo
01/06/2025 11:10

É sim tudo isso que você mencionou, não é só empresário não.

Oscar Salomao
Oscar Salomao
Em resposta a  José Ricardo
01/06/2025 11:32

Sempre tem que ter um **** atrasa Brasil nos comentários kkk

Miron Almeida de Oliveira
Miron Almeida de Oliveira
Em resposta a  José Ricardo
02/06/2025 17:56

José Ricardo, pelo que parece vc é um destes **** e Comunista, que apoia o **** de 9 dedos, que deveria estar na ****, pelos seus roubos e praticado vários crimes, o Lula.
.

Lvl
Lvl
Em resposta a  José Ricardo
02/06/2025 19:57

Nunca li tanta ****, é gente , brasileiro como você que estou tirando minha empresa do Brasil e levando para a Noruega. Gente como você merece o desemprego.

Fernando
Fernando
Em resposta a  Rosângela
01/06/2025 06:31

Acorda… Pare de ser manipulada por essa mentalidade insana… Use o cérebro….

Giovana
Giovana
Em resposta a  Rosângela
01/06/2025 06:43

Isenção de que ??? Financiamento com juros em condições ao do BNDS sendo assim empresários tem o a mesma taxa de juros, o agro não tem privilégios apesar de gerar Alimento e produto que opera mais 23% do PIB sozinho. Mas a destinação dos recursos arrecadados é função do governo. Lembrando que trabalhadores do agro tem característica que fomentam o desenvolvimento pessoal, como moradia subsidiada pelo empregador (nessa conta inclui água e energia).

MnFerreira
MnFerreira
Em resposta a  Rosângela
01/06/2025 11:02

Meu povo sofre por falta de conhecimento vai estudar um pouquinho as terras agrícolas do cara produzem cana para produção de etanol você vai comer etanol o povo vive só de ração? É por isso que esse país não sai da miséria o povo só pensa em comida e por causa da picanha estamos no buraco

Lucio Madeira nunes
Lucio Madeira nunes
Em resposta a  Rosângela
02/06/2025 20:25

sangue suga. Todos **** e um sangue suga..empresário não tem obrigação de sustentar onge nem pobres. O governo sim. O papel do empresário é criticar mesmo governos sangue suga e ****. Que é o mais tem no brasil

Michek
Michek
Em resposta a  Rosângela
03/06/2025 07:14

Só trabalharem

Adenilson
Adenilson
Em resposta a  Rosângela
03/06/2025 16:41

Verdade o pequeno sempre será pequeno
Em mundo de absurda desigualdade

valmir Piracema
valmir Piracema
01/06/2025 00:39

O problema de empresas como a Cosan, é que seu CEO quer crescer a qualquer custo, esse é o erro. O crescimento real é o remanejamento na produção de lucros reais e redução nas despesas, e investimento e recursos humanos. Fazendo uma boa gestão com foco no humano/colaboradores, aumento da produtividade desde o menor setor só maior, redução de custo nas operações e aumento na produtividade, começa a dobrar dinheiro em caixa. Aí sim vem o resultado.

Valdeir
Valdeir
Em resposta a  valmir Piracema
02/06/2025 07:28

Uma empresa que dá para a mãe 6 meses de licença quando ganha um filho e vc diz que tem que ver o lado humano? Quer mais o que? Que pague pensão tbm ?

JACÓ
JACÓ
Em resposta a  Valdeir
02/06/2025 07:57

Mas isso ta na lei fii, não tá fazendo mais que a obrigação.

Geraldo Deffune
Geraldo Deffune
Em resposta a  JACÓ
02/06/2025 09:28

No Brasil, a legislação determina que a licença maternidade seja de, no mínimo, 120 dias, podendo ser estendida em alguns casos específicos.

Silvio Alves
Silvio Alves
Em resposta a  valmir Piracema
02/06/2025 15:32

Nada disso…investir no Brasil é dar murro em ponta de faca!

Edna Moura
Edna Moura
Em resposta a  Silvio Alves
02/06/2025 19:04

Que horror de resposta!

Lincoln Félix Duailibe Barros
Lincoln Félix Duailibe Barros
01/06/2025 04:51

Precisar achar a origem do prejuízo e estancá-los, priorizar atividades mais lucrativas e não fazer doações aleatórias, se tiver que ajudar, ajude seus colaboradores.

Clodoaldo Alves pimenta
Clodoaldo Alves pimenta
Em resposta a  Lincoln Félix Duailibe Barros
01/06/2025 10:13

pelo seu comentário mostra bem o tipo de pessoa que você é ,se você tá bem os os outros que se ****, cuidado geralmente pessoas como você não demora muito pra estar do lado de cá.

Paulo Alves dos santos
Paulo Alves dos santos
Em resposta a  Lincoln Félix Duailibe Barros
01/06/2025 10:29

A inteligência é individual….!!!!
A verdade é DEUS…!!!
Pois torna se …proporciona à inteligência de cada qual de cada qual…!!!

Marcos safi Lopes
Marcos safi Lopes
Em resposta a  Lincoln Félix Duailibe Barros
01/06/2025 13:57

4 milhões uma vergonha de doação

Waldir
Waldir
Em resposta a  Marcos safi Lopes
02/06/2025 15:59

Se toda empresa fizesse assim o Brasil seria melhor pra todos, tá valendo sua boa ação, pior é Ratinho que tem muitas fazenda é não doa nada

Waldir
Waldir
Em resposta a  Lincoln Félix Duailibe Barros
02/06/2025 15:56

Tipo de gente como vc merece viver com um salário mínimo é pagando aluguel nas favela do Rio.

Jorge
Jorge
Em resposta a  Waldir
02/06/2025 18:57

Educaçao,educaçao,educaçao, so isso tirou as naçoes da **** ,para ter trabalho trabalho,trabalho e poder trabalhar.Assistencialismo e compra de voto,è terra de Nero pao e circo.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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