Conheça os navios-instaladores com guindastes de 120 metros, capazes de erguer turbinas offshore de 800 toneladas.
A energia eólica offshore avança globalmente. Turbinas maiores e mais potentes surgem. Navios-instaladores especializados são essenciais para essa nova era. Essas embarcações enfrentam o desafio de instalar componentes gigantescos em alto-mar.
O que define a escala monumental na energia eólica offshore?
A busca por energia limpa impulsiona a eólica offshore. Surge a “Energia Eólica em Escala Monumental“. Turbinas superam 10 MW, chegando a 15 MW e 18 MW. Protótipos ainda maiores estão em desenvolvimento. Componentes como naceles, pás e torres são significativamente maiores e mais pesados. Isso exige uma nova geração de navios-instaladores (WTIVs). Seus guindastes possuem capacidades de içamento e alcance impressionantes. O objetivo é maior eficiência e redução do Custo Nivelado de Energia (LCOE). A “escala monumental” reflete o limite tecnológico e econômico atual, em constante expansão.
Navio-Instalador: O gigante por trás das turbinas
O navio-instalador é crucial nesta empreitada. São embarcações projetadas para operar em mares desafiadores. Transportam e erguem componentes que pesam centenas de toneladas. A estabilidade é fundamental para operações precisas de içamento. Navios do tipo jack-up, por exemplo, elevam-se acima da água. Isso cria uma plataforma estável, imune a ondas e correntes. Esses navios são a espinha dorsal para instalar turbinas com fundações fixas.
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Guindastes de 120 metros: Altura e alcance decisivos
Um guindaste de 120 metros é uma característica marcante em um navio-instalador. Essa medida pode se referir à altura de içamento ou ao comprimento da lança. Ambos são vitais. A altura de içamento determina a capacidade de instalar torres mais altas. O comprimento da lança, junto ao raio de operação, define o alcance para manobrar cargas pesadas. Navios como o Voltaire da Jan De Nul possuem altura de içamento de 162,5 metros acima do convés e lança de 140 metros. O Boreas da Van Oord tem uma lança de 155 metros de altura. Esses exemplos demonstram que a especificação de 120 metros é atendida e frequentemente superada.
A proeza de erguer 800 toneladas em alto-mar
Uma carga de 800 toneladas é monumental para um único componente de turbina. Pode corresponder a uma nacele de grande porte. Também pode ser um conjunto de nacele e rotor (RNA) pré-montado. As naceles das turbinas atuais de 14-15 MW, como a SG 14-222 DD, pesam cerca de 500 toneladas. A nacele da GE Haliade-X 12 MW chega a 685 toneladas (727 toneladas com estrutura de içamento). Portanto, uma carga de 800 toneladas situa-se na vanguarda, possivelmente referindo-se a um RNA de turbinas de 10-12 MW ou à nacele de futuras turbinas acima de 18-20 MW. Os navios-instaladores modernos, como o Voltaire (guindaste de 3.200t) ou o Boreas (guindaste >3.000t), são tecnicamente capazes de içar 800 toneladas, com margem de segurança considerável.
A realidade da instalação monumental
A combinação de um guindaste com alcance de 120 metros e a capacidade para 800 toneladas é tecnicamente viável. Muitos navios-instaladores de nova geração, como os da classe P da Cadeler (altura de gancho de 180m, capacidade >2.600t), atendem ou superam esses requisitos. Exemplos práticos, como a instalação de naceles de aproximadamente 727 toneladas (GE Haliade-X), já ocorrem. A indústria de WTIVs projeta e constrói embarcações antecipando componentes na faixa de 800 toneladas e além. O navio-instalador é, portanto, peça fundamental para concretizar a energia eólica em escala monumental.