O modelo de cobrança de pedágio sem paradas avança nas estradas brasileiras, trazendo modernidade mas também questionamentos. Saiba como funciona, as formas de pagamento e as dicas para não ter surpresas desagradáveis.
O novo sistema de pedágio “Free Flow”, ou Fluxo Livre, chegou às rodovias do Brasil, eliminando as tradicionais praças de cobrança com cancelas. Essa tecnologia permite que os veículos em por pórticos inteligentes sem precisar parar ou reduzir a velocidade. Embora prometa mais fluidez e conforto, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre como realizar o pagamento e, principalmente, como evitar multas. Este guia completo vai te ajudar a entender tudo sobre essa inovação.
O que é o novo sistema de pedágio free flow e como ele funciona?
O Free Flow é uma revolução silenciosa nas estradas. Ele moderniza a arrecadação de tarifas, dispensando paradas e cabines.
No novo sistema de pedágio Free Flow, pórticos com tecnologia avançada são instalados sobre a rodovia. Estes pórticos identificam os veículos em movimento. Sensores e câmeras detectam a agem e capturam imagens das placas. Antenas se comunicam com TAGs eletrônicas instaladas nos para-brisas. Caso o veículo não tenha TAG, ou ela não seja detectada, o sistema usa o Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR) para ler a placa. O sistema também classifica o veículo por categoria para aplicar a tarifa correta. A primeira implementação no Brasil ocorreu na BR-101/RJ.
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Benefícios do novo sistema de pedágio para motoristas e o trânsito
A adoção do Free Flow visa melhorar a fluidez do tráfego e reduzir o tempo de viagem. Para os motoristas, o principal benefício é não enfrentar filas em praças de pedágio. Isso significa menor consumo de combustível e mais conforto. Para as concessionárias, os custos operacionais podem ser até 70% menores. O meio ambiente também ganha. A eliminação de paradas e arrancadas reduz a emissão de CO2 e outros poluentes.
Como pagar o novo sistema de pedágio: Opções e prazos
Existem duas formas principais de pagar o pedágio no sistema Free Flow: com TAGs eletrônicas ou por pagamento ativo após a agem.
As TAGs eletrônicas são dispositivos adesivos colados no para-brisa. São o método mais prático. Ao ar pelo pórtico, o sistema identifica a TAG e debita o valor da conta vinculada. Empresas como Sem Parar, ConectCar e Veloe oferecem o serviço. O uso de TAGs frequentemente dá direito a descontos. Pode haver o Desconto Básico de TAG (DBT) e o Desconto de Usuário Frequente (DUF). A CCR RioSP, por exemplo, oferece 5% de DBT e descontos progressivos de até 70% com o DUF.
Sem TAG? Saiba como e onde quitar seu pedágio a tempo
Se o veículo não tem TAG, a placa é lida pelo sistema OCR. O condutor deve procurar os canais de pagamento. A agem fica disponível para pagamento geralmente em até 48 horas. Os canais incluem aplicativos e sites das concessionárias, onde se pode pagar com Pix ou cartão. Algumas concessionárias oferecem consulta e pagamento via WhatsApp. Há também totens de autoatendimento e pontos físicos credenciados. O prazo para pagamento é crucial: geralmente 30 dias corridos da agem. Anteriormente, o prazo era de 15 dias em algumas concessões.
Multas no novo sistema de pedágio: Fique alerta para não ser penalizado
O descumprimento das regras de pagamento do novo sistema de pedágio pode gerar penalidades.
Não pagar a tarifa do Free Flow no prazo caracteriza infração de trânsito. A previsão está no Artigo 209-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Esta é uma infração grave. A multa é de R$ 195,23. Além disso, são somados 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Há também encargos moratórios sobre o valor original da tarifa não paga.
Pagar a multa não elimina a dívida da tarifa
Um ponto muito importante: pagar a multa de trânsito não quita o débito do pedágio com a concessionária. São duas obrigações diferentes. A multa é uma penalidade do órgão de trânsito (ANTT em rodovias federais, DAER em algumas estaduais). A tarifa é o valor pelo uso da rodovia. Se a tarifa não for paga à concessionária, a dívida permanece. A concessionária pode inscrever o F do proprietário em órgãos de proteção ao crédito, como Serasa e SPC.
Dicas essenciais para usar o novo sistema de pedágio sem erros
Algumas práticas ajudam a usar o Free Flow tranquilamente.
A tecnologia OCR depende da legibilidade da placa. Mantenha a placa limpa, em bom estado e sem obstruções. Cadastrar o veículo nos aplicativos ou sites das concessionárias é recomendável, especialmente sem TAG. Isso permite receber alertas de tarifas pendentes e consultar o histórico. Em alguns casos, o cadastro pode dar o a descontos.
Verifique débitos pendentes nos apps e sites das concessionárias. É possível consultar com cadastro ou, em algumas plataformas, anonimamente pela placa. Fique atento a golpes. Concessionárias como a CSG afirmam não enviar boletos por email ou correio. Desconfie de comunicados não solicitados. Em caso de falhas no reconhecimento ou cobranças indevidas, contate o atendimento ao cliente da concessionária.
Onde encontrar o novo sistema de pedágio e o que esperar para o futuro
O Free Flow está em expansão gradual pelo Brasil.
O Rio de Janeiro foi pioneiro em rodovias federais, na BR-101 (Rio-Santos), com pórticos em Itaguaí, Mangaratiba e Paraty. No Rio Grande do Sul, opera em rodovias estaduais como ERS-122, ERS-446 e ERS-240, istradas pela CSG. Em São Paulo, há previsão para a Rodovia Presidente Dutra (BR-116), Washington Luís (SP-310), Rodoanel Norte e outras, muitas para 2025. Em Minas Gerais, está planejado para o Rodoanel de Belo Horizonte. Em Santa Catarina, a instalação estava “em andamento” ou “fase de testes” nas BR-101, BR-470 e BR-280 (status de junho de 2025, conforme base).
Espera-se a expansão gradual do novo sistema de pedágio para mais rodovias. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) regula e fiscaliza o sistema em rodovias federais. Aprimoramentos tecnológicos devem aumentar a precisão e podem permitir modelos de tarifação mais sofisticados no futuro, como cobrança por quilômetro rodado. A ANTT busca padronizar a experiência do usuário e garantir a aplicação das lições aprendidas nos projetos piloto.
Com informação e atenção, os motoristas podem aproveitar os benefícios do novo sistema de pedágio Free Flow, viajando com mais agilidade e segurança pelas estradas brasileiras.