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O PIOR ano da história: Quando o Sol escureceu, o mundo congelou e a humanidade enfrentou fome e peste

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 31/01/2025 às 23:07
O PIOR ano da história: Quando o Sol escureceu, o mundo congelou e a humanidade enfrentou fome e peste
O Sol ficou tão fraco que parecia ter perdido a força, mal iluminando o céu. Durante anos, a luz dele era tão fraca que quase não se destacava da Lua.

No ano 536, uma misteriosa escuridão cobriu a Terra, o Sol brilhou menos que a Lua, temperaturas despencaram, plantações morreram e a primeira grande epidemia da Peste Negra devastou populações. Esse foi o pior ano da história e o começo de uma era de caos e destruição.

Sabe aquele dia nublado, meio esquisito, que parece que o Sol não quer aparecer? Agora, imagina isso durando não só um dia, mas quinze anos. E pior: sem chuva na medida certa, sem colheitas, sem comida suficiente e com doenças devastando cidades inteiras. Pois foi exatamente isso que aconteceu no ano 536, um dos momentos mais sombrios que a humanidade já viveu – tanto que muita gente chama esse período de o pior ano da história.

O Sol, que sempre esteve lá, brilhando forte, simplesmente perdeu a intensidade. De tão fraco, parecia até a luz da Lua. E assim começou um inverno forçado, que transformou a vida das pessoas em um verdadeiro pesadelo.

O início da pequena era do gelo: O pior ano da história

A imagem mostra como o ano 536 d.C. foi um dos piores da história, com uma erupção vulcânica na Islândia cobrindo a Europa de fumaça e bloqueando o Sol por 18 meses, causando um resfriamento extremo. Além disso, a Peste Justiniana, entre 541 e 543 d.C., matou até 50% da população do Império Romano do Oriente, tornando essa década uma das mais catastróficas de todos os tempos.
A imagem mostra como o ano 536 d.C. foi um dos piores da história, com uma erupção vulcânica na Islândia cobrindo a Europa de fumaça e bloqueando o Sol por 18 meses, causando um resfriamento extremo. Além disso, a Peste Justiniana, entre 541 e 543 d.C., matou até 50% da população do Império Romano do Oriente, tornando essa década uma das mais catastróficas de todos os tempos.

A pergunta que não quer calar: o que diabos aconteceu em 536 para o mundo desandar desse jeito?

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Os registros históricos mostram que esse foi o início de um período de frio intenso, que durou até meados de 550. Os dias eram escuros, o clima ficou imprevisível, e as plantações começaram a fracassar uma atrás da outra. E não era só uma estação ruim – era como se o inverno tivesse resolvido ficar por tempo indeterminado.

Historiadores da época descreveram um Sol tão fraco que mal conseguia se destacar no céu. E a situação foi tão bizarra que nevou no verão em algumas regiões. O resultado? Uma crise alimentar global, fome e, claro, o colapso de várias civilizações.

O que causou a pequena era do gelo?

Tá, mas qual foi o motivo desse caos todo? Bom, os cientistas aram anos tentando descobrir quem ou o quê foi o grande culpado. Existem três principais suspeitos:

Erupções vulcânicas colossais, que jogaram tanta poeira e cinzas na atmosfera que bloquearam a luz do Sol.

Poeira de um cometa, que pode ter deixado a Terra envolta em partículas que escureceram o céu.

Uma erupção vulcânica subaquática desconhecida, que teria lançado não só gases, mas também vapor d’água e sedimentos marinhos no ar.

A teoria mais forte até agora vem da análise dos anéis de árvores. Como as árvores crescem de acordo com as condições climáticas, os cientistas conseguem “ler” o que aconteceu no ado. E olha só: os registros desse período mostram que o crescimento das árvores simplesmente travou, o que indica anos de frio intenso e pouca luz solar.

A hipótese da atividade vulcânica

A explicação mais aceita até agora é a seguinte: um vulcão entrou em erupção em 536 e jogou tanta sujeira na atmosfera que bloqueou a luz do Sol. Mas não parou por aí – depois dessa, vieram mais duas grandes erupções, uma em 540 e outra em 547.

E não foram vulcõezinhos qualquer, não. Essas erupções foram gigantescas, do tipo que pode mudar o clima global por anos. O problema é que ninguém sabe exatamente quais vulcões foram os responsáveis, já que as evidências diretas são escassas.

E se você acha que uma erupção já é ruim, imagina três seguidas. Foi um efeito dominó: a atmosfera ficou carregada de partículas, a temperatura caiu, as colheitas falharam e a fome se alastrou.

A teoria da erupção submarina

Mas e se o desastre de 536 não veio só da superfície da Terra? Pois bem, uma nova teoria sugere que o grande culpado pode ter sido um vulcão subaquático, e isso muda tudo.

Dois pesquisadores, Dallas Abbott e John Barron, estudaram amostras de gelo da Groenlândia e encontraram algo curioso: microrganismos marinhos de águas tropicais misturados ao gelo. Mas como esses bichinhos foram parar ali?

A resposta pode estar em uma erupção vulcânica submersa, que teria lançado toneladas de sedimentos e vapor d’água na atmosfera. Esse vapor se espalhou pelo planeta e pode ter agravado ainda mais a escuridão e o frio.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 5.000 artigos publicados nos sites G, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no [email protected]

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