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O primeiro e único jato executivo com pós-combustor que já existiu: potência extrema, alto custo e um fim inesperado

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 15/03/2025 às 09:00
Atualizado em 12/03/2025 às 09:46
O primeiro e único jato executivo com pós-combustor que já existiu: potência extrema, alto custo e um fim inesperado
O pós-combustor é um sistema que injeta combustível diretamente no escapamento de um motor a jato, gerando uma queima extra para aumentar a potência. Esse recurso é comum em caças militares, proporcionando mais velocidade em decolagens e manobras.

Um jato executivo com tecnologia militar? O Falcon 20G foi equipado com pós-combustor para atingir velocidades incríveis, mas o alto consumo de combustível e os custos proibitivos levaram ao cancelamento do projeto.

A aviação sempre busca inovação, mas algumas ideias acabam sendo exageradas. Nos anos 80, a Guarda Costeira dos EUA tentou algo inusitado: instalar pós-combustor em um jato executivo. O objetivo era aumentar a velocidade e melhorar a resposta em emergências. O resultado? Um avião rápido, mas com um custo tão alto que o projeto foi cancelado.

A ideia maluca de turbinar um jato executivo

O pós-combustor é uma tecnologia comum em caças militares. Ele injeta combustível extra no escape do motor, aumentando a potência e permitindo aceleração instantânea. A ideia de usá-lo em um jato executivo parecia promissora. A aeronave poderia chegar mais rápido a missões de busca, salvamento e interceptação de alvos suspeitos.

Mas na prática, não foi tão simples.

O Falcon 20 – O jato executivo escolhido para o experimento

O modelo escolhido foi o Falcon 20, um jato executivo francês da Dassault. Ele já era um sucesso na aviação corporativa e até usado pela FedEx para transporte de cargas.

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  • Velocidade máxima: 862 km/h
  • Alcance: 3.350 km
  • Capacidade: 10 ageiros

A estrutura do Falcon 20 era resistente, tornando-o um bom candidato para receber motores mais potentes.

Como o jato executivo foi modificado?

Para ar o pós-combustor, a Guarda Costeira fez várias mudanças no avião:

  • Substituiu os motores por versões mais potentes.
  • Adicionou um escudo térmico de titânio na fuselagem para ar o calor.
  • Ajustou os sistemas de combustível para ar o maior consumo.

Os testes foram bem-sucedidos. O avião ganhou velocidade e chegava ao seu destino muito mais rápido.

O motivo do fracasso: consumo absurdo de combustível

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Apesar do bom desempenho, o projeto não foi adiante. O pós-combustor queimava tanto combustível que reduzia drasticamente a autonomia do jato executivo. Os custos de manutenção eram extremamente altos. No final, os benefícios não compensavam.

Em 1988, o projeto foi oficialmente cancelado.

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Welington juliatte araujo
Welington juliatte araujo
17/03/2025 15:09

862 km por hora,todos os jatos de hoje até a dessa velocidade sem pós combustor!

Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no G, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: [email protected]

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