1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / O renascimento de um gigante: o retorno do cruzador de batalha Almirante Nakhimov após 25 anos
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 4 comentários

O renascimento de um gigante: o retorno do cruzador de batalha Almirante Nakhimov após 25 anos

Escrito por Ana Alice
Publicado em 12/03/2025 às 17:34
Após 25 anos, o cruzador de batalha Almirante Nakhimov retorna ao mar, equipado com tecnologia de ponta e reforçando o poder naval russo. (Imagem: Reprodução/Canva)
Após 25 anos, o cruzador de batalha Almirante Nakhimov retorna ao mar, equipado com tecnologia de ponta e reforçando o poder naval russo. (Imagem: Reprodução/Canva)

O maior cruzador de batalha do mundo está de volta! Após 25 anos, a Rússia reativa o Almirante Nakhimov, agora equipado com mísseis hipersônicos e tecnologia de ponta. Com seu reator nuclear operacional, este colosso naval promete mudar o equilíbrio de forças nos oceanos.

Em uma era em que a supremacia naval define o poderio militar das nações, a Rússia surpreende o mundo ao ressuscitar uma de suas mais formidáveis máquinas de guerra.

Após um quarto de século em manutenção, o imponente cruzador de batalha Almirante Nakhimov está prestes a cortar as águas novamente, trazendo consigo um arsenal capaz de redefinir o equilíbrio de forças nos oceanos.

Mas o que motivou Moscou a investir na revitalização deste colosso dos mares? Quais são as verdadeiras capacidades desta embarcação que, outrora, era o orgulho da frota soviética?

Dia
ATÉ 90% OFF
📱 Capinhas com até 20% OFF na Shopee – use o cupom D4T3PFT até 11/06!
Ícone de Episódios Comprar

O retorno triunfal do Almirante Nakhimov

O Almirante Nakhimov, um dos quatro cruzadores de batalha da classe Kirov construídos pela União Soviética na década de 1980, sempre foi sinônimo de poder e imponência.

Com um deslocamento de 28.000 toneladas, supera em tamanho os destróieres norte-americanos da classe Arleigh Burke e qualquer outro navio de combate de superfície.

Além disso, destaca-se por ser um dos únicos navios de combate de superfície a utilizar propulsão nuclear, permitindo-lhe manter altas velocidades e operar sistemas de armamentos e sensores de alto consumo energético por períodos prolongados.

Após um longo período de modernização iniciado em 1999, o Almirante Nakhimov teve seus dois reatores nucleares reativados recentemente.

O primeiro foi colocado em funcionamento no final de janeiro, e o segundo em 2 de fevereiro de 2025, conforme relatado por fontes da indústria de defesa russa.

Esta reativação confirma que a planta de energia nuclear do navio está totalmente funcional, preparando-o para retornar ao mar ainda neste verão.

Modernização: uma fortaleza flutuante

A modernização do Almirante Nakhimov transformou-o em uma verdadeira fortaleza flutuante, equipada com as mais recentes tecnologias navais russas.

As principais atualizações incluem a instalação de até 60 mísseis antinavio hipersônicos Zircon, mísseis de cruzeiro Kalibr e uma variante naval do sistema de defesa aérea S-400.

Este formidável arsenal, combinado com sensores atualizados e sistemas de guerra eletrônica, posiciona o Almirante Nakhimov como um dos navios de guerra mais poderosos do mundo.

Implicações estratégicas: por que ressuscitar um gigante?

A decisão de investir na revitalização do Almirante Nakhimov, após 25 anos, reflete os objetivos estratégicos da Rússia. Apesar de sua idade, a classe Kirov continua sendo uma das mais poderosas já construídas.

A modernização garante que o navio possa participar efetivamente de operações navais modernas, servindo como uma plataforma móvel para uma gama devastadora de armas.

Economicamente, renovar uma embarcação existente é mais viável do que construir uma nova do zero. Isso permite à Rússia implantar um navio de guerra estrategicamente importante a um custo menor.

O retorno do Almirante Nakhimov ampliará significativamente as capacidades da Frota do Norte, estendendo o alcance da Rússia até o Ártico e além, simbolizando o compromisso do país em manter seu poder naval diante das crescentes tensões globais.

Desafios e perspectivas futuras

Embora o retorno do Almirante Nakhimov seja um marco, a Rússia enfrenta desafios significativos em sua indústria naval.

Nos últimos 15 anos, o país tentou modernizar sua marinha, desenvolvendo tecnologias avançadas, incluindo submarinos nucleares da classe Severodvinsk e mísseis hipersônicos Zircon.

No entanto, a invasão da Ucrânia em 2022 interrompeu esses esforços devido a desafios econômicos e logísticos, redirecionando recursos para o conflito terrestre. A construção naval tem sido lenta, e muitos projetos sofrem atrasos.

A guerra exacerbou esses problemas, afetando até mesmo as joias da marinha russa, como o porta-aviões Almirante Kuznetsov e o submarino nuclear Khabarovsk.

A falta de investimento e os crescentes obstáculos econômicos ameaçam o futuro da frota russa, que pode enfrentar um retrocesso histórico semelhante ao vivido após o colapso da União Soviética.

Apesar disso, a modernização bem-sucedida do Almirante Nakhimov demonstra a capacidade da Rússia de revitalizar ativos estratégicos, servindo como um poderoso lembrete de seu compromisso em manter uma presença naval significativa.

O Almirante Nakhimov e o futuro da marinha russa

O retorno do Almirante Nakhimov ao serviço ativo representa mais do que a reativação de um navio de guerra; simboliza a resiliência e a determinação da Rússia em manter sua influência nos mares.

Enquanto o mundo observa, resta a pergunta: como as potências globais responderão a este renascimento naval russo? Estaremos à beira de uma nova corrida armamentista nos oceanos? Somente o tempo dirá, mas uma coisa é certa: o Almirante Nakhimov navegará novamente, e sua sombra será sentida em águas internacionais.

Inscreva-se
Entre com
Notificar de
guest
4 Comentários
Mais antigos
Mais recente Mais votado
s
Visualizar todos comentários
Edsom
Edsom
13/03/2025 16:34

É só uma peça de museu a ser afundada.

Ernandes
Ernandes
13/03/2025 19:15

Esse navio de guerra gigantesco mostra a capacidade e força militar naval Russa , que apesar de sancionada ao máximo, demonstra capacidades inalcançáveis pelos seus adversários falidos do ocidente.

Chaosnat
Chaosnat
14/03/2025 15:27

A pergunta que não quer calar: qual seria o papel desse navio se ele não tiver um esquadrão de apoio nem um PA como elemento de dissuasão contra ataques aéreos?

Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (G) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x