Conheça a história e o percurso do Trem para as Nuvens, uma das ferrovias mais altas do mundo, que atravessa viadutos espetaculares na Puna Salteña.
Embarcar no Trem para as Nuvens é uma aventura que se eleva, literalmente, aos cumes da Cordilheira dos Andes. Este icônico trem turístico argentino alcança a impressionante altitude de 4.220 metros acima do nível do mar, oferecendo uma experiência única através de paisagens áridas e majestosas.
Mais do que um meio de transporte, o Trem para as Nuvens é um emblema da engenhosidade argentina e um condutor cultural. Este artigo detalha a história, o percurso, os destaques da engenharia e as dicas essenciais para planejar sua jornada nesta que é uma das ferrovias mais altas e espetaculares do planeta.
O que é o trem para as nuvens? Uma jornada ao teto dos Andes
O Trem para as Nuvens é uma das ferrovias turísticas mais famosas da Argentina e do mundo. Sua principal atração é a viagem que atinge 4.220 metros de altitude, proporcionando a sensação de que “a Puna salteña se funde com o céu”.
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Atualmente, a experiência mais completa é um eio de um dia inteiro. A jornada combina um percurso de ônibus partindo da cidade de Salta com um trecho ferroviário. O apogeu da viagem é a travessia do imponente Viaduto La Polvorilla. A operação é um serviço turístico cuidadosamente gerenciado para garantir segurança e conforto, incluindo assistência médica a bordo devido à altitude.
A história épica do Ramal C-14: a construção do trem que toca o céu

A gênese do Trem para as Nuvens remonta à necessidade estratégica de conectar o noroeste argentino ao Chile. O projeto da ferrovia, o Ramal C-14, foi idealizado pelo engenheiro alemão-argentino Josep Rauch. A construção, no entanto, foi liderada pelo engenheiro norte-americano Richard Fontaine Maury.
A obra, iniciada em 1921 e concluída em 1948, foi uma saga de 27 anos. Cerca de 1.300 operários enfrentaram a altitude extrema e o terreno andino implacável. O nome “Trem para as Nuvens” nasceu de um documentário dos anos 60. Ao filmarem o trem a vapor cruzando o Viaduto La Polvorilla, o vapor se misturou às nuvens baixas, criando a imagem icônica que batizou a atração.
As maravilhas da Quebrada del Toro e o clímax no Viaduto La Polvorilla
A excursão moderna do Trem para as Nuvens começa em Salta, de ônibus. A viagem a por locais históricos como Campo Quijano e pela impressionante Quebrada del Toro, com paradas para fotos. Uma parada cultural importante é em El Alfarcito, a 2.800 metros de altitude, onde os viajantes conhecem a vida na Puna e desfrutam de um café da manhã campestre.
O embarque no trem ocorre em San Antonio de los Cobres, a 3.775 metros de altitude. O trecho ferroviário de 21 km sobe até o Viaduto La Polvorilla, a 4.220 metros. Esta estrutura de aço, com 224 metros de comprimento e 63 metros de altura, é o ponto culminante da viagem. No viaduto, o trem para por cerca de 30 minutos para que os ageiros possam desembarcar, contemplar a paisagem e participar de uma cerimônia com a bandeira argentina.
Guia de viagem: planejando sua aventura a bordo do Trem para as Nuvens
Planejar a viagem no Trem para as Nuvens requer atenção a alguns detalhes:
Bilhetes: a principal opção é a excursão completa de ônibus e trem desde Salta. Também é possível comprar apenas o trecho de trem, partindo de San Antonio de los Cobres. As reservas devem ser feitas com antecedência no site oficial.
Melhor época: a operação geralmente ocorre de abril a dezembro. A estação seca, de abril a novembro, é ideal, oferecendo céus mais limpos e vistas espetaculares.
Mal de altitude (Soroche): é fundamental se aclimatar em Salta por um ou dois dias antes da viagem. Beba muita água, evite álcool e faça refeições leves. O chá de coca é um remédio tradicional local.
O que levar: use roupas em camadas, pois a temperatura varia muito. Protetor solar, óculos de sol e chapéu são indispensáveis devido à forte radiação em altitude.