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Após anos de paralisação, trecho que liga Arujá à Dutra e Fernão Dias entra em fase final com entrega prevista para 2025
O Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas, um dos projetos viários mais ambiciosos do país, entra na reta final após décadas de espera. Com entrega prevista para setembro de 2025, a nova etapa deve tirar até 30 mil caminhões por dia da Marginal Tietê, reduzindo gargalos no trânsito de São Paulo e conectando diretamente as principais rodovias nacionais ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O impacto direto do Rodoanel na mobilidade de São Paulo
Depois de quase 30 anos entre promessas e paralisações, a construção do Trecho Norte do Rodoanel finalmente avança com ritmo acelerado. A obra é essencial para a mobilidade de São Paulo, já que completa o anel viário que circunda a cidade e vai retirar das vias urbanas veículos que apenas cruzam a capital sem destino final ali. Segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), a obra inclui 44 km de pistas com três a quatro faixas por sentido, viadutos, túneis e conexões diretas com rodovias como Dutra e Fernão Dias.
Essa mudança tem potencial para transformar a realidade do trânsito na região metropolitana. A previsão é que o fluxo nas marginais Tietê e Pinheiros seja reduzido de forma significativa, beneficiando não só motoristas paulistanos como também o tráfego de cargas interestaduais. Dados do BNDES apontam que a operação plena do trecho poderá reduzir o deslocamento entre rodovias em até 27 minutos, além de retirar 54 mil automóveis da Marginal Tietê diariamente.
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Trecho Norte do Rodoanel conecta São Paulo a importantes hubs logísticos
O novo segmento viário é especialmente estratégico por integrar a logística nacional. Ele conecta diretamente a Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e a Fernão Dias, principal ligação com Belo Horizonte. Além disso, inclui um ramal de 3,6 km de o exclusivo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior da América do Sul em movimentação de cargas, segundo dados da Infraero.
Esse trecho, que a pelos municípios de Arujá, Guarulhos e zona norte da capital, será essencial para escoar produtos do interior de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro sem sobrecarregar o tráfego urbano. Essa mudança deve beneficiar o Porto de Santos, o cinturão agrícola do Sul de Minas e o transporte interestadual rumo ao Norte e Nordeste.
Investimento bilionário para modernizar a infraestrutura viária de São Paulo
Segundo a Artesp, o investimento total para a finalização do Trecho Norte é de R$ 3,4 bilhões. O projeto contempla desde a pavimentação com asfalto de alta resistência até 107 obras de arte especiais — como pontes, viadutos e túneis duplos. Além disso, há 20 agens de fauna, sistemas automatizados de tráfego, sinalização inteligente e postos da Polícia Rodoviária Estadual.
A obra é dividida em dois grandes trechos. O primeiro, que vai da Presidente Dutra até a Fernão Dias, já tem 31,36% concluído e previsão de entrega até setembro de 2025. O segundo, até a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na zona noroeste de São Paulo, deve ser concluído em 2026. De acordo com a concessionária Via SP Serra, mais de 1.800 trabalhadores atuam simultaneamente nas frentes de escavação, pavimentação e construção de túneis.
A retomada da construção e os novos prazos definidos pela Via SP Serra
A construção do Rodoanel Norte começou oficialmente em 2013, mas enfrentou anos de interrupções por falhas contratuais e falta de verba. O projeto ganhou novo fôlego em abril de 2024 com a entrada da Via SP Serra, braço da Via Paulista, que assumiu a responsabilidade de concluir a obra. A concessionária iniciou os trabalhos antes do prazo contratual e já apresenta avanços significativos em lotes estratégicos como o 6 (Arujá) e o 4 (São Paulo e Guarulhos).
A nova gestão implementou divisão técnica dos trechos, obras coordenadas por lotes e uso de tecnologias para controle de tráfego e sustentabilidade. A expectativa agora é que o segmento entre a Rodovia Presidente Dutra e a Fernão Dias, cerca de 90% do Trecho 1, esteja finalizado ainda em 2025, segundo relatório atualizado da Artesp publicado em janeiro de 2025.
