Investimento em infraestrutura elétrica para fortalecer o SIN
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou em dezembro os detalhes do Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo para o Sistema Interligado Nacional (SIN), abrangendo o período de 2024 a 2028. Este plano ambicioso estima um investimento total de R$ 49 bilhões, sendo R$ 4,9 bilhões em novas obras e R$ 44,1 bilhões em projetos anteriores ainda pendentes de outorga.
O foco desses investimentos inclui a expansão das linhas de transmissão e novas subestações, com leilões marcados para 15 de dezembro de 2023. Estes esforços visam aprimorar a infraestrutura do setor elétrico, garantindo sua eficiência e confiabilidade.
Distribuição de investimentos e desafios das fontes renováveis
A análise por estado revela que cinco regiões – Maranhão, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Bahia – concentram aproximadamente 71% do total dos investimentos futuros. Este aspecto sublinha a importância estratégica de cada estado no desenvolvimento do setor elétrico nacional.
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Um dos principais desafios abordados no PAR/PEL 2023 é a gestão de fontes renováveis de energia, como a eólica e a fotovoltaica, que apresentam alta variabilidade. A crescente participação dessas fontes na matriz elétrica brasileira exige um equilíbrio cuidadoso entre oferta e demanda para manter a estabilidade do sistema.
Inovação e expansão no setor elétrico
Atualmente, as usinas eólicas e fotovoltaicas centralizadas no Brasil possuem uma capacidade instalada de 38 GW, com previsão de atingir 54 GW até o final de 2027. Isso não inclui a expansão da Micro e Mini Geração Distribuída (MMGD), que poderá alcançar cerca de 40 GW até 2027.
Para lidar com essa expansão, é necessário que o sistema elétrico tenha flexibilidade suficiente para gerenciar variações como rampas de carga e desvios de previsões. O ONS projeta rampas de geração despachável de aproximadamente 25 GW em dias úteis em janeiro de 2024, um volume que deverá dobrar até 2028.
Além disso, o plano destaca a importância dos investimentos em transmissão para permitir o escoamento eficiente do excedente de geração do Norte/Nordeste para outras regiões do país. Os leilões de transmissão realizados em 2023 e os planejados para 2024 são cruciais para atingir esses objetivos.
o interativo às informações do PAR/PEL
Para facilitar o o às informações, a partir deste ano, o PAR/PEL será consolidado em um interativo disponível no site do ONS. Este incluirá todos os documentos relevantes, como o Sumário Executivo e relatórios detalhados, fornecendo uma visão abrangente do planejamento e dos desafios do setor elétrico brasileiro.
O PAR/PEL é uma ferramenta essencial para avaliar o desempenho do SIN, visando garantir a operação segura e confiável do sistema elétrico em médio prazo. Ele considera a crescente complexidade trazida pela maior participação das fontes renováveis e busca desenvolver estratégias que fortaleçam a resiliência e a segurança do SIN diante dessas mudanças.
Em resumo, o PAR/PEL 2023 do ONS representa um o significativo para o futuro do setor elétrico brasileiro. Com investimentos substanciais e uma visão focada na inovação e na sustentabilidade, o plano prepara o Brasil para enfrentar os desafios de um cenário energético em rápida transformação.
Fonte: Informações à imprensa – ONS – Approach Comunicação – Fabio Cunha dos Santos