Pesquisa revela novas provas de que a água pode ter existido no espaço profundo, trazendo implicações importantes para o estudo da formação de planetas e vida no universo
Pesquisadores japoneses descobriram minerais de sal no asteroide Ryugu. A análise sugere que água líquida pode ter estado presente em seu corpo original. A descoberta, baseada em amostras coletadas pela missão japonesa Hayabusa2, fornece novas pistas sobre a história da água no sistema solar.
Vestígios de atividade aquática no asteroide
A equipe da Universidade de Kyoto analisou amostras de Ryugu e identificou grãos de carbonato de sódio, halita (sal-gema) e sulfatos de sódio. Esses minerais se formam na presença de água líquida. Isso indica que o corpo-mãe do asteroide pode ter contido água bilhões de anos atrás.
O cientista planetário Toru Matsumoto destacou que os cristais de sal ajudam a entender como e quando a água desapareceu do corpo original de Ryugu.
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A descoberta apoia a hipótese de que Ryugu fez parte de um objeto celeste maior, que pode ter experimentado atividade hidrotermal ou interações com ambientes ricos em água.
Indícios na evolução planetária
Os minerais de sal em Ryugu se alinham com descobertas em outros corpos celestes. Depósitos semelhantes já foram identificados em:
- Ceres, o maior asteroide no cinturão entre Marte e Júpiter.
- Europa e Ganimedes, luas de Júpiter com camadas de gelo sobre água líquida.
- Encélado, lua de Saturno com plumas ricas em água.
Esses corpos são considerados promissores para a busca por vida extraterrestre. A presença de sal em Ryugu fortalece a ideia de que a água esteve disseminada pelo sistema solar e pode persistir em reservatórios ocultos.
Descobertas da missão Hayabusa2
A sonda japonesa Hayabusa2 foi lançada em 2014 e chegou a Ryugu em 2018. Durante a missão, coletou amostras do asteroide e retornou à Terra em 2020 com mais de cinco gramas de material. Desde então, cientistas analisam as amostras para entender a evolução do sistema solar e a formação planetária.
A detecção de minerais de sal amplia descobertas anteriores, que já haviam identificado moléculas orgânicas e compostos ricos em carbono em Ryugu.
Indícios sobre os oceanos primitivos da Terra
A descoberta levanta questões sobre a origem dos oceanos terrestres. Alguns pesquisadores acreditam que asteroides e cometas ricos em água podem ter bombardeado a jovem Terra, contribuindo para a formação dos oceanos e para a química prebiótica.
Ao comparar a composição dos minerais de Ryugu com as rochas mais antigas da Terra, cientistas esperam entender melhor o ciclo da água no planeta. Se composições semelhantes forem encontradas, isso reforçaria a teoria de que os oceanos primitivos tiveram origem extraterrestre.
Futuro da exploração no espaço
O sucesso da Hayabusa2 abre caminho para novas missões de retorno de amostras, como:
- OSIRIS-REx, da NASA, que recentemente trouxe material do asteroide Bennu.
- MMX, da JAXA, que investigará Fobos, uma das luas de Marte.
- Hera, da ESA, que estudará os impactos da missão DART da NASA em um asteroide.
Essas missões buscam aprofundar o conhecimento sobre asteroides, a formação planetária e a distribuição de água no cosmos.
A descoberta de minerais de sal em Ryugu é uma peça essencial no estudo da história do sistema solar. Novas análises podem revelar mais sobre as origens da água e da vida.
Com futuras missões em andamento, cientistas esperam avançar na compreensão de como os ingredientes fundamentais da vida foram distribuídos pelo espaço.
Com informações de Daily Galaxy.