Problemas crônicos e custos de reparo elevados: conheça a lista de motores de carros que podem transformar o sonho do veículo em um pesadelo financeiro antes do esperado. Saiba como se proteger na hora da compra!
Comprar um carro no Brasil, novo ou usado, é uma grande realização para muitos. No entanto, alguns motores de carros presentes no mercado nacional ganharam fama por apresentar problemas graves e custos de reparo significativos bem antes de atingirem os 100.000 km.
Detalharemos cinco famílias de motores de carros com histórico problemático no país, abordando suas falhas comuns, os veículos afetados e, o mais importante, como você pode se proteger para não cair em uma cilada mecânica.
Os 5 motores de carros que exigem atenção redobrada do comprador no Brasil
A marca dos 100.000 km é vista como um ponto onde manutenções sérias podem surgir. Contudo, para alguns propulsores, problemas crônicos aparecem muito antes. A expressão popular “pedem água, pedem dinheiro” descreve bem motores propensos a superaquecimento (a “água”) e aqueles que geram gastos elevados com reparos (o “dinheiro”).
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Motor THP 1.6 Turbo (PSA/Stellantis): o “príncipe” dos problemas prematuros
Este motor equipou diversos modelos Peugeot (208 GT, 308, 3008, 408, RCZ), Citroën (C3 THP, C4 Lounge, C4 Picasso) e da linha DS. Apesar da promessa de desempenho, sua complexidade o tornou problemático. As falhas crônicas incluem carbonização excessiva (típica de injeção direta e agravada pela gasolina brasileira), falha da válvula termostática (muitas vezes antes dos 70.000 km, causando superaquecimento), problemas na bomba de alta pressão de combustível e desgaste prematuro da corrente de comando e seus tensionadores.
Sinais como perda de potência, superaquecimento, ruídos metálicos (“grilar”) e luz de “Defeito Motor” são comuns. Os reparos são caros nesses motores de carros, envolvendo descarbonização, troca da válvula termostática (que pode custar mais de R$ 1.400 só a peça original), bomba de alta e kit de corrente.
Motores VW TSI (EA211 e EA888): a eficiência que pode ter um preço alto
Os motores de carros TSI da Volkswagen (Up!, Polo, Virtus, Nivus, T-Cross, Golf, Jetta) são populares pelo desempenho e economia. Contudo, também apresentam vulnerabilidades. Problemas comuns incluem carbonização nas válvulas de issão (devido à injeção direta), consumo elevado de óleo (especialmente em algumas gerações do motor EA888 2.0 TSI) e falhas na válvula wastegate da turbina, causando ruídos e perda de pressão do turbo.
O motor EA888, em particular, tem histórico de falhas na bomba d’água e de combustível. Sintomas como perda de potência, ruídos no turbo e luz de injeção exigem atenção. A descarbonização e o reparo ou substituição da turbina são serviços caros. A manutenção de um EA888 para corrigir problemas crônicos pode custar em torno de R$ 10.000.
Motor Fiat E.torQ 1.8 16V: pistões frágeis e bloco que “não perdoa” retífica
Amplamente utilizado pela Fiat (Argo, Cronos, Toro, Strada antiga, Palio, Punto, etc.) e no Jeep Renegade flex, o motor E.torQ 1.8 16V acumulou um histórico preocupante. As falhas mais graves incluem quebra de pistões, mesmo com baixa quilometragem, e a crítica informação de que o bloco do motor 1.8 não foi projetado para aceitar retífica.
Isso significa que danos aos cilindros geralmente exigem a troca completa do bloco, um reparo extremamente oneroso. Vazamentos de óleo e problemas no sistema de arrefecimento (superaquecimento por falha na bomba d’água) também são relatados. Ruídos metálicos (“tec-tec”) são um sinal clássico de problemas nos pistões. O custo de um novo bloco ou motor completo eleva drasticamente a conta do reparo.
Motor Dodge Journey V6 2.7: o SUV sedento por cuidados (e dinheiro)
O Dodge Journey equipado com o motor V6 2.7 (aproximadamente modelos 2008-2012) é conhecido por problemas que “pedem água” e dinheiro. O superaquecimento é uma queixa central, frequentemente causado por trincas no vaso de expansão do radiador, falhas na bomba d’água ou na válvula termostática.
Este motor também tem propensão à formação de borra de óleo, especialmente se a manutenção for negligenciada, o que pode levar à falha catastrófica do motor. Trepidação precoce dos discos de freio e rompimento dos coxins do motor e câmbio também são comuns. Sinais de superaquecimento e ruídos no motor são alertas. Uma retífica completa deste motor V6 pode custar mais de R$ 11.000.
Motores Diesel 2.0 Multijet (Stellantis): a fuligem que “sufoca” o desempenho
Encontrados em modelos como Fiat Toro Diesel, Jeep Renegade e Com Diesel, esses motores são fortes e econômicos. No entanto, enfrentam desafios com os sistemas de controle de emissões. Os problemas principais são o acúmulo de fuligem (carbonização) no coletor de issão e na válvula EGR, e o entupimento do Filtro de Partículas Diesel (DPF), especialmente com uso predominantemente urbano, que dificulta a regeneração do filtro. Isso resulta em perda de potência, aumento do consumo e falhas na aceleração. A limpeza desses componentes ou a substituição do DPF são serviços caros.
Dicas para fugir de uma cilada com esses motores de carros
Evitar um motor de carro problemático exige diligência. Pesquise a fundo a reputação do motor específico do modelo desejado em fóruns, sites de reclamações e artigos especializados. Exija o histórico de manutenção completo, verificando o uso do óleo correto e o cumprimento das revisões.
A etapa mais crucial é realizar uma Inspeção Pré-Compra (IPC) completa com um mecânico de sua confiança, preferencialmente um especialista na marca. Peça para verificar a compressão do motor, vazamentos, ruídos e usar um scanner para ler códigos de erro. Durante o test drive, fique atento a qualquer sintoma anormal. Verifique também se há recalls pendentes. Desconfie de preços muito abaixo da média, pois podem indicar problemas ocultos.
O tipo de combustível NAO causa carbonizaçao das valvulas de issao nos veiculos com injeçao direta. O fenomeno é causado por blowby e a maldit4 valvula egr. Sugiro aos colunistas estudarem mais sobre i assunto.