Com a duplicação das rodovias no Paraná, o pedágio sofrerá um aumento de 40%! Empresários e entidades cobram transparência e cumprimento do contrato, enquanto consumidores temem os impactos nos preços dos produtos. Quer saber como isso afeta você? Confira todos os detalhes dessa polêmica!
O futuro das rodovias no Paraná está sendo moldado por mudanças significativas, principalmente no que diz respeito ao pedágio.
O que muitos motoristas não sabem é que a tão esperada duplicação das estradas trará consigo um aumento de 40% na tarifa de pedágio, algo que ainda gera debates e preocupações entre diferentes setores da sociedade.
A obra promete transformar a infraestrutura do estado, mas as implicações econômicas dessa transformação são um tema que precisa ser cuidadosamente analisado.
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A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) tem acompanhado de perto o processo de implantação do novo sistema de pedágio, com um olhar atento sobre os contratos e editais.
Segundo Edson Vasconcelos, presidente da Fiep, a entidade tem atuado ativamente para garantir que os interesses da população e da indústria sejam protegidos.
Vasconcelos explicou que a Fiep está em constante diálogo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e o Tribunal de Contas para assegurar que as mudanças no contrato sejam benéficas para a sociedade.
“Estamos acompanhando de perto todos os contratos e editais. Tentamos identificar qualquer desvio nos processos, como já fizemos no ado, principalmente em relação aos lotes 1 e 2, onde constatamos que o que foi apresentado nas audiências públicas nem sempre correspondeu ao que foi efetivamente incluído nos contratos, especialmente no que diz respeito à conectividade e aos serviços preliminares”, disse Vasconcelos.
Ele também mencionou que houve alterações nas penalidades para as empresas responsáveis pelas obras.
Nos lotes 3 e 6, por exemplo, foi estabelecida uma nova forma de penalização caso a obra não seja entregue dentro do prazo estipulado.
De acordo com o novo contrato, as empresas não poderão cobrar pedágio por rodovias duplicadas até que a obra seja completamente finalizada.
“Agora, a cobrança do pedágio só será permitida após a entrega total da obra, o que é uma mudança importante. Quando uma obra não for concluída no prazo, a empresa poderá ser ressarcida por parte da tarifa que foi cobrada enquanto a obra não estava pronta”, explicou Vasconcelos.
Ainda assim, a Fiep não está apenas observando, mas também atuando para garantir que a população tenha o à informação e que as obras avancem conforme o planejado.
Para isso, a federação está desenvolvendo o Observatório das Concessões, uma plataforma que permitirá o acompanhamento público das obras, oferecendo transparência e facilidade no o às informações.
“Queremos que toda a sociedade se envolva. O movimento precisa ser amplo, envolvendo mais do que uma única entidade. É importante que todos no estado se unam para cobrar o cumprimento dos cronogramas”, afirmou o presidente da Fiep.
A duplicação das rodovias: mais investimentos e novos desafios
A duplicação das rodovias no Oeste do Paraná, especialmente, é vista como uma oportunidade para o desenvolvimento econômico da região.
Para Siro Canabarro, presidente da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), a melhoria da infraestrutura viária é crucial para atrair mais indústrias e facilitar o escoamento da produção local.
“Com as duplicações, esperamos que a região receba um grande número de investimentos. A duplicação facilitará o transporte de mercadorias, o que é fundamental para a economia local”, afirmou Canabarro.
Além disso, ele destacou que a Acic acompanhará de perto o cumprimento das obras, principalmente no que diz respeito à construção de viadutos e arelas previstas no contrato de concessão.
“São previstas 100 obras, incluindo viadutos e arelas. Esse número é significativo e a empresa responsável pela obra tem a obrigação de cumprir os prazos. Caso contrário, estaremos prontos para cobrar a execução dos projetos”, disse o presidente da Acic.
No entanto, nem todos compartilham da mesma visão otimista em relação às consequências do aumento tarifário.
Canabarro lembrou que, uma vez concluídas as obras de duplicação, as tarifas de pedágio sofrerão um aumento de 40%, conhecido como degrau tarifário.
Embora os investimentos em infraestrutura sejam necessários, esse aumento poderá impactar diretamente o bolso dos motoristas e consumidores.
“É importante ressaltar que, após a duplicação, haverá esse aumento de 40% na tarifa de pedágio, o que sem dúvida afetará o valor pago pelos usuários”, alertou Canabarro.
Ele também ressaltou a magnitude dos investimentos necessários para a conclusão da obra, especialmente nas regiões do Sudoeste, onde a topografia exige mais trabalho devido à presença de rios e outras dificuldades naturais.
O impacto no setor de transporte e no consumidor final
Antônio Carlos Ruyz, presidente do Sintropar (Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Carga do Estado do Paraná), expressou preocupações em relação ao impacto das tarifas de pedágio no setor de transporte.
Segundo Ruyz, o aumento no valor do pedágio inevitavelmente resultará em custos operacionais mais altos para as transportadoras, o que, por sua vez, será reado aos consumidores finais.
“Quando o pedágio for realmente cobrado, nós, como consumidores, seremos os responsáveis por arcar com os custos. Isso afetará diretamente o preço dos produtos que compramos no supermercado, na farmácia, no posto de combustível, entre outros”, explicou Ruyz.
O presidente do Sintropar também destacou a importância de garantir que as obras previstas sejam entregues no prazo, já que a efetividade do novo sistema de pedágio depende diretamente da conclusão das obras de duplicação e das melhorias na infraestrutura rodoviária.
“É crucial que as obras de viadutos, arelas e outros itens previstos no contrato sejam cumpridas, pois isso ajudará a justificar o aumento nas tarifas. Estamos atentos para garantir que as empresas cumpram os seus compromissos”, afirmou Ruyz.
Expectativas para o futuro próximo
À medida que o prazo para a conclusão das obras se aproxima, a sociedade aguarda com expectativa as mudanças no sistema de pedágio e os impactos que elas terão tanto para os motoristas quanto para os consumidores.
A equipe da CGN tem acompanhado de perto o andamento da implantação das novas tarifas, que deverão começar a ser cobradas a partir de abril deste ano.
Enquanto isso, a Fiep, a Acic e o Sintropar continuam monitorando de perto os processos, sempre buscando garantir que os interesses dos cidadãos e das empresas paranaenses sejam respeitados e que os benefícios das obras de duplicação sejam efetivamente entregues à população.
A partir de abril, o Paraná verá um novo cenário nas suas rodovias, com pedágios mais caros, mas também com a promessa de uma infraestrutura viária mais moderna e eficiente.
Resta saber como essas mudanças afetarão o cotidiano dos motoristas e como os órgãos responsáveis garantirão que as obras e os aumentos nas tarifas sejam, de fato, justificados pela melhoria na qualidade das rodovias.