Profissionais priorizam saúde mental e crescimento profissional em meio a salários baixos e ambientes tóxicos.
Os pedidos de demissão no Brasil atingiram um novo patamar: 38% dos desligamentos em 2023 foram iniciados pelos próprios trabalhadores, segundo dados do Ministério do Trabalho. O movimento, impulsionado por exaustão e busca por melhores condições, reflete uma mudança estrutural no mercado, com profissionais qualificados abandonando empregos precarizados.
Exaustão e busca por oportunidades impulsionam pedidos de demissão
A alta histórica nos pedidos de demissão não é fruto de impulsividade. Pesquisas apontam que 62% dos profissionais associam a decisão à exaustão mental, carga excessiva de trabalho e falta de reconhecimento. Setores como telemarketing, varejo e saúde registram os maiores índices, com rotatividade acima de 40% em 2023.
Dados do Dieese revelam que mulheres com ensino superior representam 44% dos pedidos de demissão no último trimestre. Jovens entre 25 e 34 anos também são maioria, exigindo salários 28% acima da média e modelos híbridos de trabalho. A recusa a ambientes tóxicos e jornadas inflexíveis explica a migração para startups e empresas com políticas de diversidade.
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Especialistas alertam: pedir demissão sem planejamento pode ampliar riscos financeiros
Apesar do cenário positivo, economistas reforçam cautela. O desemprego ainda atinge 7,8% da população, e 51% dos brasileiros não possuem reserva de emergência. Renato Meirelles, economista da FGV, orienta: “Negocie benefícios como home office ou cursos antes de pedir demissão. A transição requer planejamento”.
Plataformas de recrutamento registram aumento de 33% em cadastros de profissionais que buscam realocação. Especialistas sugerem três os: atualizar o LinkedIn com métricas de desempenho, participar de processos seletivos paralelos e negociar prazos de saída com o empregador atual.