Submarinos por refrigerante? Pepsi virou a sexta maior potencia naval do mundo, trocou toneladas de concentrado de refrigerante por submarinos e destróieres
Você já ouviu falar da vez em que a Pepsi se tornou, do nada, a sexta maior força naval do planeta? Pois é, parece roteiro de comédia, mas isso aconteceu de verdade. No final dos anos 80, em plena Guerra Fria, a marca de refrigerantes fechou um acordo comercial tão fora da curva que até hoje é lembrado como um dos episódios mais bizarros da história moderna: trocou toneladas de concentrado de refrigerante por submarinos e destróieres da União Soviética. Sim, navios de guerra mesmo.
O pano de fundo: um império em crise e uma marca sedenta por expansão
Lá pelos anos 70, a Pepsi já estava bem posicionada na União Soviética. Era uma das poucas empresas ocidentais com produtos circulando por lá. Mas quando a década de 80 chegou ao fim, a coisa complicou de vez: o rublo não valia nada fora do território soviético e isso inviabilizava qualquer transação internacional tradicional.
Foi aí que a criatividade capitalista entrou em cena. Com dificuldades para pagar o que devia à Pepsi em dinheiro, o governo soviético ofereceu algo diferente: uma frota de navios militares desativados.
-
De vendedora a dona de império: ela transformou empresa do marido em negócio de R$ 183 milhões
-
China decreta fim do maior boom de minério de ferro: Preços despencam com oferta recorde e mercado global em alerta sobre o futuro do aço
-
Carro da Peugeot que está fazendo sucesso no Brasil recebe nota um em segurança e acende sinal de alerta para os motoristas
-
Ferrovia do futuro no Brasil! Estrada de ferro que conecta estados amplia o uso de inteligência artificial e biodiesel para revolucionar operação de trens brasileira
Segundo apuração do The New York Times, o acordo incluiu 17 submarinos, um cruzador, uma fragata e um destróier, todos obsoletos, mas ainda assim representando um volume impressionante de material naval.
Uma marca de refrigerantes com submarinos? A loucura virou manchete
Por um breve instante, a Pepsi era mais do que apenas uma gigante das bebidas: ela tinha, no papel, uma frota maior do que muitas marinhas nacionais. E o mundo, claro, ficou chocado. A cena era tão absurda que o então CEO da empresa, Donald Kendall, chegou a brincar: “Estamos desarmando a União Soviética mais rápido do que vocês.”
A frase foi uma cutucada direta no Ocidente e nas negociações de desarmamento da época. Mas também refletia o que esse acordo simbolizava: a URSS estava derretendo economicamente, e nem os navios estavam salvos do colapso.
A Pepsi não montou um exército, mas o impacto foi real
Apesar do susto inicial, ninguém na sede da Pepsi estava planejando montar uma base naval. O objetivo era outro: recuperar o valor do acordo com lucro. Por isso, todos os navios foram rapidamente revendidos para uma empresa sueca especializada em sucata naval.
A negociação tinha um peso simbólico maior do que prático. E, mesmo que breve, marcou um dos momentos mais inesperados da história da Guerra Fria. Em termos puramente numéricos, a Pepsi realmente ficou à frente de países como Suécia, Polônia ou Turquia em quantidade de navios, nem que fosse por apenas alguns dias.
Capitalismo criativo ou delírio da Guerra Fria?
Esse episódio não foi só uma jogada de marketing genial, mas também uma amostra de como o capitalismo sabe se adaptar às situações mais improváveis. Num mundo dividido entre o bloco capitalista e o socialista, a Pepsi conseguiu transformar concentrado de refrigerante em hardware militar.
De acordo com a Smithsonian Magazine, o acordo da Pepsi é frequentemente lembrado como um exemplo de negociação criativa durante o fim do regime soviético, um regime que dois anos depois deixaria de existir.
A herança de um acordo impensável
Décadas se aram e esse episódio continua sendo relembrado com um misto de espanto e curiosidade. Afinal, quantas marcas de refrigerante podem dizer que já comandaram uma frota de guerra? Mesmo que só no papel, a Pepsi marcou presença numa das fases mais tensas da história mundial, não com soldados, mas com navios.
Hoje, o caso é estudado em escolas de negócios, citado em documentários e lembrado em listas de curiosidades históricas como um dos maiores absurdos comerciais do século XX. Um símbolo perfeito de como o imprevisível pode acontecer quando geopolítica e interesses corporativos se cruzam.
E você, já conhecia essa história? Deixe um comentário aqui embaixo ou compartilhe esse artigo com alguém que nunca imaginaria ver a Pepsi envolvida com submarinos soviéticos. Afinal, tem coisas que só a Guerra Fria explica.
Incrível, sou fã de histórias impactantes e reais deste planeta que e denominado como Terra o que discordo totalmente, o correto e “PLANETA AGUA” QUE EM BREVE POUCA TERRA RESISTIRA A SOBERANIA DA AGUA GRACAS AO AQUECIMENTO GLOBAL, “A CONFERIR” ADEMA BOA TARDE.
Essa descoberta desse artigo mostra que muitas vezes o capitalismo é o socialismo , fazem coisas que deixam brechas para as empresas se aportarem das fragilidades dos governos que atuam em uma geopolítica sem rumo, mas grandes empresas se apresentam dessa situação para levantar seu capital financeiro.
O Brasil pagou caças ingleses com algodão