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Pesquisadores desmontam baterias da Tesla e BYD

Publicado em 09/03/2025 às 09:42
Baterias, Tesla, BYD
Imagem adaptada de Tesla/BYD

Comparação entre baterias de Tesla e BYD revela detalhes sobre inovação, capacidade energética e vantagens de cada modelo

As baterias para veículos elétricos evoluíram rapidamente, com modelos modernos já competem em autonomia com veículos a gasolina. Mas a indústria ainda busca o equilíbrio entre desempenho, custo e segurança. Nesse cenário, duas gigantes lideram com soluções distintas: Tesla e BYD.

A Tesla aposta na célula 4680, um formato cilíndrico de alta densidade energética. A BYD segue outro caminho com a bateria Blade, uma célula prismática baseada em fosfato de ferro-lítio (LFP). Ambas representam inovação, mas adotam estratégias diferentes.

Para entender essas diferenças, os pesquisadores desmontaram e analisaram ambas as baterias. Os resultados ajudam a traçar os caminhos possíveis para a evolução dos veículos elétricos.

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Baterias da Tesla e BYD

O Tesla 4680 tem um design cilíndrico, com 46 mm de diâmetro e 80 mm de comprimento. A Blade da BYD, por outro lado, segue um formato prismático alongado. Mede 90 mm de altura, 965 mm de comprimento e 14 mm de espessura.

Essas diferenças estruturais refletem abordagens distintas. A Tesla busca maior densidade de energia, enquanto a BYD prioriza segurança e durabilidade.

Comparação de desempenho

Quando o assunto é armazenamento de energia, a Tesla leva vantagem. A célula 4680 tem densidade energética de 241 Wh/kg e 643 Wh/l. Em comparação, o Blade da BYD atinge 160 Wh/kg e 355 Wh/l. Isso significa que a Tesla pode fabricar menores baterias e mais níveis para fornecer a mesma energia.

Mas essa vantagem tem um custo. A Tesla usa um cátodo rico em níquel, que é caro. Já a BYD utiliza LFP, uma opção mais ível e estável. Essa química também tem benefícios térmicos. As células LFP são menos propensas ao superaquecimento ou à fuga térmica, o que as tornam mais seguras.

A segurança é um fator crítico no desenvolvimento de baterias. Eventos de superaquecimento podem comprometer um veículo inteiro. Por isso, os fabricantes precisam equilibrar eficiência com estabilidade térmica.

Estruturas e processos de fabricação

O design da bateria influencia diretamente sua produção. O Tesla 4680 adota uma configuração de “rolo de gelatina”. Isso significa que seus eletrodos estão enrolados dentro da célula cilíndrica. Esse método permite uma produção automatizada e simplificada.

A Blade da BYD, por sua vez, utiliza uma estrutura empilhada em “Z”. Isso melhora a resistência mecânica da bateria. Além disso, o formato prismático facilita o resfriamento e o gerenciamento térmico.

A Tesla também inovou ao remover abas tradicionais em sua bateria. A conexão dos eletrodos é feita por soldagem a laser, reduzindo perdas elétricas. A BYD combina soldagem ultrassônica e laser para otimizar sua produção.

Essas escolhas impactaram a eficiência e o custo. Métodos mais avançados podem melhorar o desempenho, mas também encarecem a fabricação.

Surpresas na análise das baterias

Os pesquisadores esperavam encontrar silicio nos ânodos da Tesla 4680. O silicio é amplamente estudado como uma forma de aumentar a densidade energética. No entanto, nenhuma das células estudadas continha esse material. Isso sugere que a Tesla e a BYD optaram por estratégias mais conservadoras para garantir estabilidade e confiabilidade.

Ficamos surpresos ao não encontrar nenhum conteúdo de silício nos ânodos de nenhuma das células, especialmente na célula de Tesla, já que o silício é amplamente considerado na pesquisa como um material essencial para aumentar a densidade de energia”, disse Jonas Gorsch.

Outra descoberta relevante foi a resistência interna do Tesla 4680. Por ter uma resistência maior, essa célula tende a aquecer mais sob carga alta. Isso pode afetar o carregamento rápido e a durabilidade a longo prazo.

Por outro lado, o Blade da BYD mostrou uma eficiência térmica superior. A química LFP naturalmente gera menos calor e tem melhor controle térmico. Isso reforça sua vantagem em segurança.

O impacto dos custos

O preço dos materiais também pesa na escolha da tecnologia. O cátodo de alto níquel da Tesla encareceu a produção. Os pesquisadores estimam que o 4680 tem um custo adicional de cerca de US$ 10/kWh em relação ao Blade.

Os preços do níquel e do cobalto são voláteis. Já os materiais usados ​​no LFP – ferro e fosfato – são mais abundantes em resultados. Isso torna a tecnologia da BYD uma alternativa mais ível para veículos elétricos de entrada.

Esse fator pode influenciar a adoção em larga escala. Enquanto a Tesla foca em modelos e de alto desempenho, a BYD atende a um segmento mais amplo. Sua estratégia busca viabilizar veículos elétricos íveis para o mercado em massa.

Com informações de ZME Science.

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Romário Pereira de Carvalho

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