Segundo módulo da UPGN, no município de Itaboraí (RJ), eleva a capacidade da planta e reforça a presença da Petrobras no mercado nacional de gás natural.
A Petrobras iniciou a operação comercial do segundo módulo da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) localizada no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, no estado do Rio de Janeiro. Com a expansão, a planta a a processar até 21 milhões de metros cúbicos por dia, somando-se ao primeiro módulo, que já está em funcionamento desde o fim de 2024.
O avanço representa mais um o no fortalecimento da infraestrutura energética brasileira, com impacto direto na redução da dependência por gás importado e na ampliação do fornecimento para indústrias, distribuidoras e consumidores residenciais.
Gás natural do pré-sal e geração de derivados
A UPGN integra o Projeto Rota 3, desenvolvido para viabilizar o escoamento de gás extraído de importantes campos do pré-sal, como Búzios, Tupi e Sapinhoá.
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O processamento da matéria-prima gera três produtos principais: Gás Natural (GN), GLP (gás de cozinha) e C5+, utilizado como base na indústria petroquímica e na produção de combustíveis líquidos.
Segundo a diretoria da Petrobras, o início da operação do segundo módulo é estratégico para consolidar a empresa no novo ambiente de livre concorrência do setor de gás no Brasil.
“A Petrobras está empenhada em oferecer ainda mais confiabilidade de fornecimento aos clientes da indústria e das distribuidoras comprometidos em soluções sustentáveis e competitivas. A operação comercial do módulo 2 da UPGN é fundamental também para aumentar a competitividade da Petrobras no novo ambiente dinâmico e competitivo do mercado de gás nacional”, declarou Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade.
Complexo Boaventura se consolida como polo integrado de energia
O Complexo de Energias Boaventura vem sendo estruturado para concentrar múltiplas frentes de produção e geração de energia.
Além da UPGN, a Petrobras já projeta no local duas usinas termelétricas movidas a gás natural, com previsão de participação em leilão do setor elétrico em 2025, além de novas unidades de refino para produção de combustíveis e lubrificantes.
Essas iniciativas integram um esforço coordenado para garantir segurança energética, promover a industrialização regional e gerar empregos qualificados.
Estratégia da Petrobras alinhada à transição energética
A empresa reforça que o desenvolvimento da infraestrutura em Itaboraí está diretamente ligado à sua visão de longo prazo, que une viabilidade econômica e compromisso ambiental.
“O Projeto Integrado Rota 3 confere robustez ao escoamento de gás desde os campos de produção no pré-sal, garantindo que ele possa ser processado em diferentes unidades da Petrobras. A operação comercial na UPGN é mais uma demonstração da capacidade de a Petrobras entregar gás ao mercado”, explicou Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da estatal.
Com isso, a Petrobras segue avançando no plano de modernização de sua cadeia de gás, alinhando produção eficiente, geração de valor e apoio à transição energética nacional.