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Petrobras listou oito empresas para disputar o contrato do FPSO P-88, que será implantado no campo de Albacora, na Bacia de Campos. O projeto prevê capacidade de produção de 120 mil barris por dia. Abertura das propostas está marcada para outubro de 2025.
O campo de Albacora, um dos mais promissores da Bacia de Campos, vai ganhar um novo impulso com a chegada do FPSO P-88. A Petrobras, dona da operação, acaba de lançar uma nova licitação para contratar a plataforma, apostando num modelo diferente do anterior e com um investimento de peso.
O processo marca a segunda tentativa da estatal de fechar esse contrato. A primeira, em modelo de afretamento, esbarrou em imes financeiros. Agora, a Petrobras aposta no formato BOT (Build, Operate and Transfer), no qual a empresa vencedora constrói, opera por um tempo e depois entrega tudo pronto de volta para a petroleira.
O que está em jogo na nova licitação da Petrobras
A licitação para o FPSO P-88 está movimentando gigantes do setor offshore. Foram pré-qualificadas oito empresas e consórcios de peso: Modec, SBM Offshore, Yinson, MISC, BW Offshore, Shapoorji, Ocyan e a t venture Altera & Ocyan.
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A abertura oficial das propostas está marcada para 1º de outubro de 2025, mas esse prazo pode ser prorrogado, caso haja necessidade de ajustes ou complementos no processo.
Capacidade e tecnologia de ponta
O FPSO P-88 terá capacidade para produzir 120 mil barris de petróleo por dia — o suficiente para abastecer mais de 6 milhões de carros em uma semana.
Instalado a cerca de 110 km da costa do Rio de Janeiro, o navio-plataforma será ancorado a 670 metros de profundidade e terá um layout submarino robusto: até 25 poços, sendo 15 de produção e 10 para injeção de água.
A vida útil projetada do FPSO é de pelo menos 20 anos, com exigência de 20% de conteúdo local — percentual alinhado com as diretrizes da Rodada Zero de concessões.
Por que o campo de Albacora é estratégico
O campo de Albacora é uma das grandes apostas da Petrobras para os próximos anos. A nova unidade vai permitir a exploração de reservas do pré-sal da região sul do campo, especialmente no reservatório conhecido como Forno — uma área que promete alto rendimento.
Atualmente, Albacora conta com duas plataformas em operação: a P-25 (semi-submersível) e a FPSO P-31. Com a entrada da P-88, a expectativa é aumentar de forma expressiva a produtividade da área.
Investimentos pesados na Bacia de Campos
A Petrobras já anunciou que pretende investir cerca de US$ 23 bilhões na Bacia de Campos até 2029. A meta é conectar cerca de 200 novos poços e garantir que 32% de toda a produção venha do pré-sal nos próximos cinco anos.
A companhia estuda a criação de hubs de captura e armazenamento de carbono (CCUS) no litoral do Rio e do Espírito Santo, com início previsto para 2027.
