Equipes de resgate retiram mais de 30 tripulantes após uma bola de fogo tomar conta do petroleiro Stena Immaculate, que transportava combustível de aviação. Autoridades temem impacto ambiental devastador no estuário de Humber, enquanto especialistas avaliam possíveis falhas na segurança marítima.
Na manhã desta segunda-feira, um petroleiro e um navio porta-contêineres colidiram na costa de Yorkshire, resultando em uma explosão seguida de um grande incêndio. O incidente ocorreu a aproximadamente 16 quilômetros do estuário de Humber, próximo à cidade de Hull. O petroleiro Stena Immaculate, de bandeira americana, foi atingido pelo Solong, embarcação de bandeira portuguesa, enquanto estava ancorado.
Imagens do local mostram colunas de fumaça negra subindo dos destroços, com chamas consumindo ambas as embarcações. As equipes de emergência, incluindo a Guarda Costeira, bombeiros e embarcações civis, foram mobilizadas para resgatar os tripulantes e controlar a situação. Testemunhas relataram que uma “enorme bola de fogo” foi vista logo após o impacto.
Resgate e evacuação das tripulações do petroleiro
Pelo menos 32 tripulantes foram retirados das embarcações e levados para terra firme, conforme informações do Porto de Grimsby East. No entanto, o número exato de tripulantes a bordo de cada embarcação ainda não foi confirmado, e algumas pessoas seguem desaparecidas. O helicóptero de resgate da Guarda Costeira foi acionado para auxiliar na busca por possíveis vítimas.
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A Stena Bulk, proprietária do petroleiro Stena Immaculate, afirmou que toda a sua tripulação está segura. No entanto, a gravidade do incêndio e a extensão dos danos ainda são desconhecidas. O Solong, por sua vez, transportava carga comercial e também sofreu danos estruturais significativos.
Risco de desastre ambiental na costa do Reino Unido
A colisão do petroleiro e do navio porta-contêineres causou um vazamento de combustível de aviação no mar, aumentando os temores de um desastre ambiental. O Stena Immaculate transportava querosene A-1, altamente inflamável, o que resultou em múltiplas explosões. O combustível derramado já foi avistado na água e pode afetar a fauna marinha e os ecossistemas da região.
A Guarda Costeira de Sua Majestade declarou que está conduzindo uma avaliação dos impactos ambientais e estudando medidas de contenção para evitar que o vazamento se espalhe. Especialistas alertam que a contaminação pode ser severa, exigindo uma resposta rápida para minimizar os danos ao meio ambiente.
Possíveis causas do acidente
O Departamento de Investigação de Acidentes Marítimos (MAIB) enviou uma equipe ao local para analisar as causas da colisão. Informações preliminares indicam que o Stena Immaculate estava ancorado no momento do impacto, o que reduz sua responsabilidade no incidente. Especialistas sugerem que uma falha de navegação do Solong pode ter sido o principal fator para o acidente.
Christopher Parry, almirante aposentado da Marinha Real, comentou que “todas as leis marítimas determinam que as embarcações devem manter uma vigilância constante para evitar colisões“. Caso se confirme que o petroleiro estava ancorado, a responsabilidade pode recair sobre a tripulação do navio de carga português.